quarta-feira, dezembro 28, 2011

Milho: Inoculantes são mais eficientes e econômicos

Procedimento aumenta produtividade do milho safrinha em até 50% e reduz o custo de produção em 20%


A fertilização é extremamente importante para o desenvolvimento da cultura. É dela que vêm os nutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas e que, eventualmente, se encontram com índices baixos no solo. São vários os tipos de fertilização, mas um deles tem chamado a atenção pelo baixo custo e ótima eficiência. A inoculação de sementes pode aumentar a produtividade do milho safrinha em até 50%, além de reduzir o custo de produção em 20%. Isso porque uma dose do material inoculante custa apenas R$8 por hectare em média.

O principal benefício do uso de inoculantes em gramíneas é a possibilidade de economia de nitrogênio que o inoculante pode oferecer às culturas. Sendo uma gramínea, o milho exige grande quantidade de nitrogênio e, com isso, eleva o custo de produção. O uso de inoculantes poderia suprir parte dessa necessidade de nitrogênio, levando com isso, além de uma possibilidade de economia, uma possibilidade também de incremento de produtividade — afirma Itacir Eloi Sandini, professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

Estudos mostram que o uso de inoculantes em milho safrinha pode gerar um incremento de até 50% na produtividade, dependendo da estirpe e do material genético utilizado. Segundo Sandini, pode ocorrer ainda uma redução de custo em torno de 20%.

A principal forma de utilização do inoculante é através da semente. Por outro lado, especificamente na cultura do milho, tem sido observado que o tratamento industrial da semente acaba beneficiando o produtor na questão de não precisar fazer o procedimento na propriedade, mas dificulta o uso do inoculante devido à baixa sobrevivência da bactéria — explica ele.

Dessa forma, o professor conta que novas pesquisas têm sido feitas sobre alternativas ao uso do inoculante na semente, que poderia ser feito também no sulco de semeadura. No caso da inoculação de sementes, é preciso que o tratamento seja feito em, no máximo, 24 horas antes da operação de plantio. Já a inoculação através do sulco de semeadura, deve ser feita com equipamentos especiais.

É preciso ainda utilizar alguns produtos que venham a proteger as bactérias, evitando assim a necessidade de fazer uma reaplicação dos inoculantes após o período de plantio. Além disso, é importante ressaltar ainda que a inoculação realizada em um período superior a 24 horas, não surte efeito — diz.

Sandini explica que na cultura do milho, uma das tecnologias mais baratas é a inoculação. Ele afirma que hoje, o custo de uma dose de inoculante gira em torno de R$8 por hectare. Portanto, esse investimento é extremamente baixo frente à possibilidade de redução do uso do nitrogênio aplicado em cobertura.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGOCIO

Algodão em produção integrada

Visando a garantia de qualidade dos produtos agropecuários, os mercados nacional e internacional têm exigido cada vez mais a demanda por alimentos seguros, aumentando a necessidade da implementação da chamada Produção Integrada (PI), sistema baseado em boas práticas agropecuárias

A PI pressupõe o monitoramento de todas as etapas de uma cadeia produtiva, desde a aquisição de insumos até a oferta do produto ao consumidor.

No Brasil, o sistema começou com a Produção Integrada de Frutas, em 2001, por exigência do mercado internacional. Na época, foi uma condição da Comunidade Europeia para a continuidade das importações de frutas, principalmente de maçãs brasileiras. Atualmente, as certificações de produção integrada no país começam a obter resultados promissores também na pecuária e na produção de grãos, oleaginosas, flores e plantas medicinais. Sendo que para cada cadeia produtiva, há orientações e normas técnicas específicas que devem ser seguidas pelos produtores que aderirem à PI. Para o milho, essas normas estão em fase de elaboração por uma equipe multidisciplinar da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG).

Mato Grosso participa de um projeto iniciado no ano passado pela Embrapa Algodão, denominado “Produção Integrada de Algodão”, que é uma demanda do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) junto à Embrapa. Um dos objetivos é a elaboração das normas técnicas da Produção Integrada de Algodão (FIALGO), a partir dos conhecimentos e tecnologias disponíveis nas diferentes áreas de conhecimento agronômico, visando disponibilizar para essa cultura um padrão de produção sustentável e de qualidade que possa atender a um mercado mundial cada dia mais exigente.

Nas reuniões de trabalho realizadas na Embrapa Transferência de Tecnologia (Escritório de Negócios de Goiânia), foram dados os primeiros passos na implantação do projeto, aprovado junto ao Mapa, com o apoio do CNPq. O projeto conta com a participação de pessoas de diferentes instituições de pesquisa, extensão e defesa sanitária vegetal dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além de representantes de produtores, associações, entre outros.

Participaram da reunião, profissionais das seguintes instituições: Embrapa Algodão, Embrapa Agropecuária Oeste, Secretaria de Agricultura do Estado de Goiás, Associação Sul-Mato-Grossense dos Produtores de Algodão, Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT), Fundação Goiás, Better Cotton Initiative (BCI/Abrapa), Ceres Consultoria, Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMA), Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agocopa), Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Embrapa Escritório de Negócios SNT Goiânia, Embrapa Arroz e Feijão, Fundação Chapadão, Fundação MT e Ministério da Agricultura Superintendência Federal de Goiânia.

Em Cuiabá, durante a Feira do Empreendedor, pequenos produtores de assentamentos e comunidades rurais de Poconé se encantaram ao ver implantado um modelo da tecnologia social Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais). Desenvolvida pelo Sebrae, a Fundação Banco do Brasil e o Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria de Programas Regionais, a tecnologia social PAIS é inspirada na atuação de pequenos produtores que optaram por fazer uma agricultura sustentável, sem uso de produtos tóxicos e com a preocupação de preservar o meio ambiente.

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Combinação de tecnologias deverá liderar mercado de cultivares transgênicas

Com o aumento cada vez mais expressivo da adoção de híbridos transgênicos – com projeção de área semeada superior a 9,9 milhões de hectares para a safra 2012/13 ou mais de 67% da área total – a tendência é que as tecnologias de genes combinados (ou stack genes, que agrupam as características de resistência a insetos e tolerância a herbicidas) assumam a liderança como a principal estratégia usada para aumento da produção e da produtividade entre os produtores de milho no Brasil. Somente para a safra de inverno, que iniciará em março, a projeção é de que mais de 82% da área seja plantada com cultivares transgênicas.

Outra vertente que vem sendo anunciada por empresas multinacionais é o crescimento cada vez mais significativo da adoção de híbridos com a tecnologia que permite a ação contra pragas de solo combinada com a proteção de pragas aéreas e com a tolerância a herbicidas. Em 2011, além dessa tecnologia, agricultores dos Estados Unidos já usaram híbridos com a combinação de oito genes capazes de oferecer o mais completo controle de pragas aéreas e do solo, além da resistência a herbicidas.

E desde setembro deste ano, agricultores norte-americanos ainda vêm experimentando um material que possibilita a característica de tolerância a herbicidas com refúgio na sacaria. Dessa forma, o milho a ser semeado já possui uma porcentagem de sementes com a tolerância a herbicidas. O principal benefício é que o agricultor não precisa reservar parte da sua lavoura para o plantio de milho convencional. No Brasil, segundo pesquisadores, essas últimas tendências deverão se concretizar principalmente em lavouras da região Sul, em decorrência da estação de inverno ser bem definida.

Futuro

Nesse cenário de buscas por aumentos de produção, produtividade e rentabilidade, multinacionais vêm anunciando para um futuro próximo o milho com tolerância à seca e com resistência a percevejos. A notícia foi divulgada durante o XI Seminário Nacional de Milho Safrinha, realizado em Lucas do Rio Verde-MT no final de novembro. Segundo a consultoria Céleres, especializada em agronegócio, a adoção da biotecnologia representa acréscimos de 32% em comparação com os 7,5 milhões de hectares semeados na última safra. Em relação às intenções de uso de transgênicos, “cerca de 60% dos agricultores pretendem plantar o milho RR (com resistência a herbicidas) na safrinha de 2012”, antecipa João Alberto Oliveira, gerente de tecnologia de uma multinacional participante do evento.

Segundo ele, os ganhos em produtividade proporcionados pela adoção da tecnologia RR chegam a 3%. “A maior vantagem é o controle das plantas daninhas. Comprovamos que a dessecação antecipada tem grande influência na produtividade”, defende. Diante de tantas projeções, o que já vem ocorrendo é uma intensa adoção dessas tecnologias, com 4,9 milhões de hectares que deverão receber cultivares com resistência a insetos na safra 2011/12, sendo que as cultivares com genes combinados já se aproximam da liderança, com 4,4 milhões de hectares. A previsão é de que os stack genes serão a principal tecnologia transgênica entre os produtores de milho no Brasil.

FONTE: EMBRAPA

Hora de fazer análise foliar

As plantas necessitam de um grupo de nutrientes classificados como "essenciais", ou seja, de forma geral, na falta de um deles a planta pode não completar o seu ciclo ou não produzir satisfatoriamente. Esses nutrientes são classificados como macronutrientes (nitrogênio - N, fósforo - P, potássio - K, cálcio - Ca, magnésio - Mg e enxofre - S e micronutrientes (boro - B, cloro - Cl, ferro - Fe, magnésio - Mg, zinco - Zn, cobre - Cu, molibdênio - Mo, manganês - Mn e níquel - Ni).

A análise foliar tem por objetivo: confirmar se há sintomas de deficiência; verificar a fome escondida, definida como o estágio da deficiência em que os sintomas ainda não são visíveis; confirmar sintomas de toxidez de nutrientes observados no campo e recomendar fertilizantes.

Quando fazer a análise

A análise foliar tem um momento ideal para ser realizada, segundo a cultura que se deseja analisar. Em plantas anuais, Pedro Roberto Almeida Viégas, professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), recomenda que a análise foliar seja feita no início do crescimento e antes do florescimento, pois, se houver alguma inconsistência, a programação de adubação mineral poderá ser revista, visando à solução do problema para a safra seguinte.

Para culturas perenes, a análise foliar deverá ser realizada após o término da colheita. Tal procedimento tem como finalidade verificar se houve inconsistência nas doses de fertilizantes aplicadas durante a fase vegetativa (fase anterior ao florescimento) e rever a programação para a nova fase vegetativa.

Antecipação das deficiências nutricionais

Na análise foliar podem ser verificadas tanto a deficiência nutricional quanto os níveis ótimos dos nutrientes, bem como se há toxidez. Todavia, esclarece Pedro Roberto, se o objetivo for verificar possíveis deficiências, a análise foliar pode ser feita para identificar sintomas de deficiência mineral, tanto para os macro quanto para os micronutrientes.

O professor destaca ainda a importância de ficar atento aos erros, como aplicação na época inapropriada; coleta da folha padrão errada, logo após pulverizações de fungicidas, inseticidas; plantas com idades diferentes e talhões que ocupam diferentes manchas de solo.

A coleta da folha

A coleta das folhas deve ser tão criteriosa quanto a amostragem do solo. Para que não haja erros e, com isso, o insucesso da análise, Pedro Roberto alerta para os seguintes critérios:

▪ As plantas devem ser da mesma espécie ou enxerto/porta-enxerto e ter a mesma idade;
▪ Devem estar no mesmo tipo de solo. Talhões em diferentes tipos de solos, mas com a mesma espécie cultivada, terão as suas amostras foliares separadas;
▪ Evitar plantas que receberam pulverizações para controle de pragas e doenças. As amostras devem ser retiradas, pelo menos, quinze dias após a aplicação dos defensivos agrícolas;
▪ Utilização de herbicidas: danos provocados por herbicidas de pré-emergência podem ser similares aos de deficiência mineral;
▪ Evitar folhas com sintomas de ataque de pragas ou lesões de doenças;
▪ Condições climáticas: falta de chuva em cultivos de sequeiro pode influenciar os resultados da análise foliar. Em cultivo irrigado, verificar o tipo de irrigação e o turno de rega;
▪ No campo, não confundir a senescência natural das folhas da espécie cultivada com os sintomas de deficiência mineral. A ocorrência natural da senescência das folhas provoca a modificação da coloração das mesmas. Entretanto, deficiências nutricionais poderão antecipar a senescência, como é caso do N.

Além desses critérios, para cada cultura o professor da UFS indica identificar qual a folha padrão a ser amostrada. "Essa folha tem como característica ser "madura" (nem velha, nem nova), ou seja, apresentar máxima atividade fotossintética", ele orienta, acrescentando ainda que para cada espécie existe uma quantidade específica de folhas/ha.

FONTE: REVISTA CAMPO E NEGÓCIOS

Centro de Tecnologia Canavieira lança duas variedades de cana resistentes ao clima seco e a doenças

Expectativa é de que a partir de 2013 os produtores comecem a ser beneficiados pelos produtos

Depois de dez anos de pesquisa o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) lança duas variedades de cana-de-açúcar resistentes ao clima seco e a uma série de doenças que afetam os canaviais brasileiros. A expectativa do setor é de que a partir de 2013 os produtores já comecem a ser beneficiados pelos novos produtos.

As duas novas variedades devem começar a ser plantadas só a partir do ano que vem. Mas já chegam com a missão de mudar o cenário que o setor canavieiro enfrenta desde 2008. Isso porque em termos de produtividade a safra atual é considerada pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a pior dos últimos 20 anos. A quebra na comparação com a temporada anterior chega a 12%.

Segundo o diretor da entidade, Sérgio Prado, o envelhecimento dos canaviais e as condições climáticas prejudicaram a produtividade. As perdas devem chegar a R$ 10 bilhões no faturamento.

Se os pesquisadores do CTC de Piracicaba, interior paulista, estiverem certos, a safra de 2013 pode ficar marcada na história do setor. As duas variedades, apresentadas no evento Cana Show, são resistentes ao clima seco e tem alta produtividade.

De acordo com o diretor de pesquisa e desenvolvimento do CTC, Tadeu Andrade, a variedade é resistente ao clima muito seco então se adapta melhor ao solo. Ele conta ainda que a cana contém alto teor de sacarose.

As variedades são chamadas de CTC 23 e CTC 24. Além de resistir ao clima adverso, são resistentes a ferrugem marrom, ferrugem alaranjada, escalcadura e ao amarelamento.

Para chegar as duas novas variedades foram 10 anos de pesquisas e mais de 80 testes. A expectativa do setor é de que São Paulo, considerado o maior produtor de cana-de-açúcar do Brasil, aumente sua participação no mercado.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

segunda-feira, dezembro 19, 2011

COTAÇÕES:

As cotações do milho em Chicago se estabilizaram durante a semana, sofrendo pouco efeito do relatório do USDA anunciado no dia 09/12. Na prática, o referido relatório não trouxe grandes novidades para o milho, sendo que os números anunciados estavam praticamente precificados na Bolsa. Assim, o fechamento desta quinta-feira (15) ficou em US$ 5,79/bushel, contra US$ 5,90 uma semana antes.

O relatório do USDA apontou, para os EUA, uma safra de 312,8 milhões de toneladas, sem modificações em relação a novembro. Já os estoques finais estadunidenses subiram levemente, ficando em 21,5 milhões de toneladas. Mesmo assim, o patamar de preços médios agora indicado passou a valores entre US$ 5,90 e US$ 6,90/bushel para 2011/12, perdendo 30 centavos de dólar em relação ao mês anterior. A média obtida pelo produtor dos EUA, no ano 2010/11 é de US$ 5,18, enquanto a de 2009/10 ficou em US$ 3,55/bushel.

Em termos mundiais, o relatório indicou um aumento no volume produzido, com o mesmo passando agora para 867,5 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais saltaram para 127,2 milhões, com ganho de quase 6 milhões de toneladas em relação a novembro. A futura produção brasileira foi mantida em 61 milhões de toneladas, enquanto a da Argentina seria de 29 milhões.

Dito isso, além do fator da especulação financeira, ligada à evolução da crise mundial, o mercado olha agora dois elementos centrais pelo lado da oferta e demanda: 1) o produtor dos EUA continua vendendo pouco, apostando numa demanda de inverno mais significativa, fato que segura um pouco os preços em Chicago; 2) o clima seco no sul do Brasil e na Argentina começa a preocupar, não havendo projeções de chuvas interessantes até o dia 28/12 no vizinho país. Isso poderá elevar as cotações logo adiante caso as perdas nas lavouras começam a se cristalizar, caso do Rio Grande do Sul por exemplo.

Em termos de preços, na Argentina e no Paraguai, a semana terminou com a tonelada FOB ficando em US$ 243,00 e US$ 185,00 respectivamente.

No Brasil, os preços aos produtores rurais subiram um pouco, com exceção dos mercados paulista, goiano e mineiro. Assim, o balcão gaúcho se manteve ao redor de R$ 25,39/saco, em média, enquanto os lotes, no norte do Estado, subiram para R$ 27,50/saco. Nas demais praças, a semana fechou entre R$ 15,50/saco em Sorriso (MT) e R$ 27,25/saco em Videira e Concórdia (SC).

Dois elementos passam, agora, a serem potenciais elementos de reversão de uma tendência de baixa de preços, já detectada semanas atrás. Em primeiro lugar, o mercado está atento às perdas que se confirmam no Rio Grande do Sul, devido a falta de chuvas. Em segundo lugar, as exportações continuam aumentando. Nesse sentido, as nomeações de navios para dezembro indicam um potencial de 800.000 toneladas, o que levaria o acumulado do ano a 8,4 milhões de toneladas (cf. Safras & Mercado), indicando um volume final, em 31/01/2012 (ano comercial 2011/12) acima de 9 milhões de toneladas. Isso seria entre 2 a 3 milhões de toneladas acima do inicialmente previsto.

Enfim, a semana terminou com a importação, no CIF indústrias brasileiras, valendo R$ 39,22 e R$ 35,25/saco, respectivamente para o produto oriundo dos EUA e da Argentina, em dezembro. Para janeiro, o produto argentino ficou também em R$ 35,25/saco. Na exportação, o transferido via Paranaguá registrou, para dezembro, R$ 25,59/saco; para janeiro, R$ 25,66; para fevereiro, R$ 25,50; para março, R$ 25,58; para maio, R$ 25,51; para junho, R$ 25,40; para julho, R$ 24,96; e para setembro, R$ 25,19/saco. Houve elevação dos preços na importação e até fevereiro para a exportação, acompanhada de recuo a partir de março na exportação.

FONTE: Cepea/Esalq

Agricultores familiares podem renegociar dívidas do Crédito Fundiário

O mutuário tem até 30 de setembro de 2012 para manifestar formalmente o interesse em firmar o acordo e apresentar a documentação necessária

O MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário divulgou, no final deste ano, resolução que autoriza a renegociação de operações do Crédito Fundiário. A informação foi confirmada pela Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, por meio da UTE – Unidade Técnica Estadual. O documento expedido pelo Banco Central do Brasil disponibiliza aos agricultores familiares novo parcelamento das dívidas oriundas dos contratos ao amparo do ‘Fundo da Terra e da Reforma Agrária’.

Segundo informações da Coordenadoria de Crédito Fundiário da Subsecretaria de Assentamentos e Pequenas Propriedades, os débitos são de até seis parcelas para cada mutuário-associação. Para conseguir o benefício, as associações precisam aderir alguns requisitos como: regularizar o quadro societário; pagar 20% (vinte por cento) do valor da última parcela vencida; entre outras recomendações.

Para o coordenador de Crédito Fundiário, José das Crianças da Costa, a iniciativa é uma oportunidade para renegociar suas dívidas, com igualdade para todos. “É uma grande para pagarem suas contas e voltar a acessar o crédito, podendo voltar a produzir e consequentemente gerar renda no campo”, informou.

A coordenação do Crédito esclarece também que o Tocantins tem 80 associações, com aproximadamente três mil agricultores familiares, que podem se beneficiar com a renegociação do Crédito Fundiário. O mutuário tem até 30 de setembro de 2012 para manifestar formalmente o interesse em firmar o acordo e apresentar a documentação necessária.

Setor

A UTE – Unidade Técnica Estadual do Crédito Fundiário está à disposição dos mutuários e associações para prestar mais esclarecimentos. O setor está localizado na Secretaria da Agricultura e o telefone é 3218-7607.

(Com informações do MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário)

Próxima safra de café vai ser menor, mas de preços altos

São Paulo - Impactado por um mês de outubro de seca nas regiões produtoras, o próximo ciclo de alta do café, entre julho de 2012 e junho de 2013, pode ser menor do que o anterior, sendo produzido no Brasil algo entre 52 e 55 milhões de sacas. Mas o preço dessa commodity, que se mantém aquecido por diversos fatores, entre os quais está a forte demanda mundial, deve garantir o crescimento da rentabilidade do setor.

Estimativas de mercado indicavam neste ano que a próxima safra de café poderia ser excepcional, com até 60 milhões de sacas. A falta de chuva, porém, atrapalhou a produção no cerrado mineiro e na mogiana paulista e causou atrasos da florada do grão, contrariando as expectativas iniciais. "O potencial produtivo da lavoura ficou comprometido. A safra ainda vai ser grande, mas não será uma supersafra", afirmou o analista Gil Barabach, da Safras & Mercado.

Quanto à safra atual (2011/2012), a consultoria prevê que fechará com 47 milhões de sacas. Antes de setembro, quando terminou a colheita, o preço da medida já estava acima de R$ 500, o que revela a firmeza do mercado. "Na metade de 2010, o preço da saca estava abaixo de R$ 300. Em 2011, houve alta e acomodação da produção, mas ainda assim os preços se mantiveram pelo menos R$ 100 acima dos do ano anterior", observou Barabach.

No primeiro semestre deste ano, durante a entressafra, a saca custava R$ 565. Depois do pico produtivo de maio, quando os preços costumam cair devido à oferta, essa queda não foi como se esperava. "O mercado indicava uma redução de preços", disse o analista, mas o menor nível do ano ficou entre R$ 430 e R$ 435 por saca. "A queda de preços foi atenuada."

No último ciclo de alta do café, entre 2010 e 2011, a produção ficou em 54 milhões de sacas. O volume representava uma safra recorde, que, segundo Barabach, se prolongou para o ano seguinte, "consolidando o quadro positivo". Na melhor das hipóteses, a próxima colheita superará esta marca; porém, devido às adversidades climáticas que atrasaram a formação do grão, há risco de a safra ser menor - embora os preços tendam a garantir a rentabilidade dos produtores rurais.

Exportações

A grande incerteza atual do setor se refere à crise internacional, ou à "incógnita financeira", como disse o especialista da Safras & Mercado. Uma ruptura na zona do euro pode provocar uma queda abrupta de consumo de café, como já vem acontecendo no leste da Europa, além da fuga de investidores dessa commodity. Contudo, as exportações vão de vento em popa, favorecidas por três anos de baixa produtiva na Colômbia, o maior concorrente externo do Brasil nessa área.

"Estamos aproveitando o espaço deixado pela Colômbia para nos consolidar no mercado de café com alto valor agregado", afirmou Barabach. Ou seja, na escassez do produto colombiano, que geralmente tem qualidade elevada, os produtores brasileiros têm-se ocupado em preencher a demanda por cafés especiais.

De acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), as exportações do grão do Brasil fecharam os onze meses de 2011 (janeiro a novembro) com uma receita cambial 59% maior do que a registrada no mesmo período de 2010 - US$ 7,8 bilhões, contra US$ 4,9 bilhões - e 30,4 milhões de sacas exportadas. Em novembro, a receita cambial (US$ 834,9 milhões) foi 34,6% superior à do mesmo mês no ano passado (US$ 620,4 milhões).

"A receita cambial esperada para 2011 é de US$ 8,4 bilhões, 48% maior que a de 2010, apesar de o volume esperado ser praticamente o mesmo do ano passado. A razão que contribuiu para este resultado foram os preços, que se mantiveram em patamares mais altos", disse o diretor-geral do CeCafé, Guilherme Braga.

FONTE: Diário do Comércio & Indústria

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Ambiente protegido = rentabilidade na horticultura

Em 2007, o Brasil possuía 13 mil hectares de ambiente protegido. Estima-se que hoje sejam 17 mil hectares deste tipo de ambiente, conhecido popularmente como estufas agrícolas, segundo dados do Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura (Coblapa). Isto corresponde a um crescimento de aproximadamente 31% em quatro anos. Se juntarmos estes dados aos nove mil hectares com cobertura de solo (mulching) resulta em 26 mil hectares de ambiente protegido, ou seja, 100% de aumento nos últimos quatro anos.

No Brasil, pode-se verificar tal ocorrência principalmente nos Estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Mas, em outros locais sua utilização já mostra tendência de incremento. É o caso do Amazonas, principalmente na região de Manaus, onde pesquisadores observaram significativo aumento na área cultivada com hortaliças em condições protegidas, em especial pimentão, alface e coentro.

Também hortaliças como tomate, pepino e rúcula, além de melão e morango, são bastante produzidas no sistema em questão. Há, inclusive, uma tendência de que até as grandes culturas passem a adotar o cultivo protegido, em larga escala, em determinado estágio da planta.

De acordo com os resultados dessa mesma pesquisa, cerca de 70% dos produtores da região nunca tinham produzido hortaliças anteriormente, e a maioria utiliza ambiente protegido com área média cultivada de 0,68 ha por produtor. Esta situação é semelhante à observada em outras regiões brasileiras, onde o cultivo protegido de hortaliças despertou o interesse tanto de agricultores experientes quanto daqueles sem nenhuma experiência agrícola.

Tipos de sistemas

O sistema, que antes era chamado ripado, atualmente foi substituído pelo telado, acompanhado pelas estufas, que induzem ao efeito guarda-chuva e, por fim, a casa de vegetação, que apresenta controle quase total sobre os fatores produtivos.

O objetivo de todos eles é, como o próprio nome sugere, proteger a cultura e produzir com qualidade visando preços diferenciados no mercado. Mesmo com tantas vantagens, o sistema ainda é pouco utilizado, comparando-o ao cultivo a céu aberto. "Em algumas culturas seu uso chega a 5% ou até menos, o que é lamentável visto o potencial da técnica", informa Antonio Bliska Júnior, engenheiro agrônomo, especialista em plasticultura na Unicamp.

Para ele, falta informação para o produtor, que fica às margens da tecnologia, sem muito que fazer.

Utilidade regional

Por ser um país com variações de clima em cada região, a aplicabilidade do cultivo protegido também muda. Por outro lado, em cada situação o sistema exercerá uma função diferente. Na região Sudeste, por exemplo, é desejável a função guarda-chuva. Em outras regiões pode ser objetivo a proteção contra insolação, pragas, doenças, condições de ventos excessivos, entre outros.

"O produtor, e muitas vezes o técnico, não têm conhecimento suficiente para saber de todo o potencial que essa ferramenta possibilita no controle do ambiente. É como ter uma máquina de última geração e utilizar apenas uma ou duas funções dela", compara Bliska.

Como exemplo, no verão, a professora doutora da Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP, Rumy Goto, aponta o aumento da temperatura a ponto de provocar alguns distúrbios fisiológicos nas plantas, provocando abortos de flores e frutos, má formação de frutos, bem como a baixa temperatura no inverno. "Contudo, todos esses fatores podem ser bem monitorados se houver um bom manejo das cortinas, utilização de nebulizadores, sempre com acompanhamento de pelo menos um termômetro de máxima e mínima e também com registro de umidade relativa do ambiente. É o mínimo para que a produção possa ocorrer sem muitos erros", define.

Vantagens

O cultivo em ambiente protegido tem diversas vantagens em relação ao cultivo tradicional, como a proteção das plantas contra as adversidades climáticas (chuvas, granizos e geadas), o aumento da produtividade e a maior eficiência na utilização de água (economia de até 50%) e fertilizantes.

Observa-se também, nesses ambientes de cultivos, redução considerável do ataque de pragas e da incidência de doenças. Além do controle parcial das condições edafoclimáticas, estes ambientes permitem o cultivo em épocas que normalmente não seriam escolhidas para a produção em campo aberto.

FONTE: REVISTA CAMPO E NEGÓCIO

Receita com exportação de grão de café verde cresce 59% até novembro

Cafés solúvel, torrado e moído também apresentaram aumento da receita com exportação

A receita cambial com exportação de café verde apresentou elevação de 59,43% no ano, até novembro, em comparação com o mesmo período de 2010. O faturamento alcançou US$ 7,256 bilhões, ante US$ 4,551 bilhões, conforme relatório da Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O volume embarcado no período teve alta de 1,39%, para 1.633.477 toneladas ante 1.611.037 nos primeiros 11 meses de 2010.

O preço médio de exportação teve elevação de 57,24% no período, de US$ 2.825/t para US$ 4.442/t. A receita cambial cresceu entre todos os 15 principais destinos do café verde brasileiro até novembro. Os destaques de alta, em termos porcentuais, foram: Rússia (82,65%), Coreia do Sul (78,97%) e Japão (72,85%).

O principal comprador de café verde brasileiro em 2011, até novembro, em volume, são os Estados Unidos, que apresentaram aumento de 9,18% ante os primeiros 11 meses de 2010. O segundo principal importador foi a Alemanha (queda de 4,17%). Entre os principais compradores, teve crescimento porcentual significativo o volume embarcado para Rússia (16,96%), Coreia do Sul (13,98%) e Países Baixos (13,80%). Em termos porcentuais, houve queda no volume vendido para sete destinos, além da Alemanha: Suécia (-10,61%), França (-7,46%), Reino Unido (-2,24%), Argentina (-1,75%), Canadá (-1,48%), Finlândia (-1,14%) e Itália (-0,79%).

Café torrado e moído

A receita cambial com exportação brasileira de café torrado e moído apresentou elevação de 14,88% no ano, até novembro, em relação ao mesmo período do ano passado. Os industriais faturaram US$ 22,719 milhões, em comparação com US$ 19,776 milhões em 2010.

O país exportou no período 3,188 mil toneladas do produto, com redução de 18,17% em relação ao ano anterior (3.896 t). O preço médio da tonelada no período ficou em US$ 7.126/t, ante US$ 5.076/t, representando elevação de 40,39%.

Os Estados Unidos foram o principal destino do café processado brasileiro, com aumento de 25,67%, em termos de receita. O segundo principal mercado é a Itália (+30,67%), seguida de Japão (+9,44%) e Argentina (-18,23%).

Café solúvel

A receita cambial com exportação de café solúvel apresentou elevação de 23,63% no ano, até novembro, em relação ao mesmo período de 2010. Os industriais faturaram US$ 590,408 milhões, em comparação com US$ 477,555 milhões entre janeiro e novembro do ano passado.

O país exportou no período 70,735 mil toneladas, com aumento de 2,04% em relação a 2010 (69.321 t). O preço médio da tonelada ficou em US$ 8.347/t, ante US$ 6.889/t em 2010, representando elevação de 21,16%.

Os Estados Unidos foram o principal do destino do café processado brasileiro nos primeiros 11 meses do ano, com elevação de 33,30% em termos de receita sobre 2010. Mas também foi significativo o aumento da receita, em termos porcentuais, para Finlândia (286,63%), Indonésia (131,79%) e Coreia do Sul (104,73%). Entre os 15 principais destinos do café processado brasileiro, apenas três países tiveram redução em receita cambial. O desempenho foi negativo para Reino Unido (-37,96%), Mianmar (-2,48%) e Chile (-2,28%).

O principal comprador de café solúvel brasileiro nos primeiros 11 meses do ano, em volume, também foram os Estados Unidos, que apresentaram queda de 0,72% ante 2010. O segundo principal importador foi a Rússia (-6,73%). Em termos porcentuais, houve aumento significativo no volume vendido para Finlândia (185,14%), Indonésia (93,50%) e Coreia do Sul (63,77%). O volume embarcado reduziu para quatro destinos (além de Rússia e Estados Unidos), entre os 15 principais mercados: Reino Unido (-50,30%), Mianmar (-21,58%), Chile (-21,54%) e Alemanha (-8,50%).

FONTE: AGENCIA ESTADO

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Em 2012, IBGE prevê safra de grãos 0,6% maior



A décima primeira estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas indica uma produção da ordem de 159,5 milhões de toneladas, superior em 6,6 % à safra recorde de 2010 (149,6 milhões de toneladas) e -0,1% menor que a estimativa de outubro. A área a ser colhida em 2011, de 48,6 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 4,6% comparado a 2010, e decréscimo de 5.128 hectares (-0,0%) frente à informação do mês passado. As três principais culturas, que, somadas, representam 90,6% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, o arroz, o milho e a soja, respondem por 82,3% da área a ser colhida registrando, em relação ao ano anterior, variações de 1,7%, 3,4% e 3,3%, respectivamente. No que se refere à produção, o arroz, o milho e a soja mostram, nessa ordem, acréscimos de 19,0%, 0,3% e 9,2%.

O IBGE também realizou, em novembro, o segundo prognóstico de área e produção para a safra de 2012. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2012 é estimada em 160,5 milhões de toneladas, 0,6% superior à de 2011. A área a ser colhida (50,0 milhões de hectares) cresce 2,8%.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa/default.shtm.

Entre as grandes regiões, o volume da produção 2011 apresenta a seguinte distribuição: região Sul, 67,1 milhões de toneladas; Centro-Oeste, 56,0 milhões de toneladas; Sudeste, 17,4 milhões de toneladas; Nordeste, 14,6 milhões de toneladas; e Norte, 4,3 milhões de toneladas. Na comparação com 2010, houve incrementos em todas as regiões: Norte, 7,9%; Nordeste, 24,3%; Sudeste, 1,9%; Sul, 4,6%; e Centro-Oeste, 6,7%. O Paraná lidera a produção nacional de grãos, com uma participação de 19,8%, seguido pelo Mato Grosso, com 19,6%, e o Rio Grande do Sul, com 18,3%:





Estimativa de novembro em relação à produção obtida em 2010

Dentre os vinte e cinco produtos selecionados, dezesseis apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (72,7%), amendoim em casca 1ª safra (27,3%), arroz em casca (19,0%), batata-inglesa 1ª safra (13,3%), batata-inglesa 2ª safra (5,5%), batata-inglesa 3ª safra (1,2%), cacau em amêndoa (6,2%), cevada em grão (7,4%), feijão em grão 1ª safra (29,6%), laranja (3,1%), mamona em baga (30,5%), mandioca (7,5%), milho em grão 1ª safra (3,1%), soja em grão (9,2%), sorgo em grão (29,5%) e triticale em grão (24,8%). Com variação negativa: amendoim em casca 2ª safra (-39,8%), aveia em grão (-10,8%), café em grão (-7,2%), cana-de-açúcar (-9,4%), cebola (-5,3%), feijão em grão 2ª safra (-7,1%), feijão em grão 3ª safra (-8,8%), milho em grão 2ª safra (-3,7%) e trigo em grão (-14,0%).

Destaques na estimativa de novembro em relação a outubro de 2011

CAFÉ (em grão) - Na comparação das estimativas mês a mês, a produção de 2,7 milhões de toneladas (44,5 milhões de sacas) teve um acréscimo de 0,3% em relação a outubro. A área total no país, em 2011, reavaliada este mês, aumentou 0,1% e o rendimento médio, 0,3%. Apenas a área colhida apresenta discreta redução, de -591 hectares. Minas Gerais, maior produtor brasileiro de café, apresenta, neste mês, em relação ao mês passado, acréscimo de 0,7% na produção esperada para 2011, totalizando 1,3 milhão de toneladas (22,3 milhões de sacas de 60 kg), considerando as duas espécies em conjunto (arábica e canephora), que representam 50,1% do total esperado para o país em 2011. A área a ser colhida está reavaliada em 1,0 milhão de hectares. O rendimento aumenta 0,8% em relação a outubro. Este aumento, em relação à estimativa do mês anterior, se deve às reavaliações em Araguari (Cerrado), Andradas (Sul) e Muriaé (Zona da Mata) e explicam, também, o acréscimo da produção nacional (0,3%). Nenhuma outra unidade da federação de peso na cafeicultura nacional (ES, SP e RO) apresentou variações em novembro, repetindo-se, nesta publicação, os números já divulgados em outubro.

FEIJÃO (em grão) Total - A produção nacional de feijão, considerando as três safras do produto, está avaliada em 3.525.854 toneladas, inferior 1,4% em relação ao mês anterior e está assim distribuída: 1.974.531 toneladas da 1ª safra (56,0%), 1.119.273 toneladas da 2ª safra (31,7%) e 432.050 toneladas da 3ª safra (12,3%). Comparativamente ao mês passado, o feijão 1ª safra apresentou acréscimo de 1,3% enquanto as produções dos feijões 2ª e 3ª safras registraram reduções de 5,4% e 3,0%, respectivamente. O ganho na produção do feijão 1ª safra se deve às reavaliações nos números finais de colheita, notadamente, a do estado de Pernambuco, que alterou positivamente a produção obtida em 38,0%. Para a segunda safra do produto, a redução na produção em relação ao mês anterior decorre, principalmente, das revisões nas informações efetuadas na Paraíba (-47,9%) e em Pernambuco (-76,7%). Na Paraíba a queda na produção se deve ao veranico ocorrido em março e abril no sertão e ao excesso de chuvas durante o ciclo da lavoura na parte leste do estado. Em Pernambuco houve redistribuição dos números em função de lançamentos indevidos de 2ª safra quando se tratavam, na realidade, de 1ª safra. Para a 3ª safra de feijão, a retração na produção é resultado das modificações nos dados de Minas Gerais que, comparativamente a outubro, diminuiu o rendimento médio em 5,7% em virtude de infestação por mosca branca nas lavouras do município de Unaí, o que resultou numa queda na produção de -5,9%.

MILHO (em grão) Total - A produção nacional do milho em grão em 2011, para ambas as safras, totaliza 56,2 milhões de toneladas, mostrando uma variação negativa de -0,3% frente à de outubro. A 1ª safra alcançou 34,1 milhões de toneladas, apresentando um decréscimo de -0,5%, comparando com a estimativa anterior. Está queda é decorrente de reavaliações nos dados finais de colheita de Pernambuco (-32,7%) e da Paraíba (-36,8%), cuja redução ocorreu por conta do excesso de chuvas em parte do leste e pela irregularidade pluviométrica no sertão do estado. A participação na produção nacional, segundo as três maiores regiões produtoras, encontra-se assim distribuída: Sul (45,4%), Sudeste (27,9%) e Nordeste (12,4%). Para a 2ª safra, estima-se uma produção de 22,1 milhões de toneladas, informação praticamente inalterada (variação negativa absoluta de 599 toneladas) frente à anteriormente divulgada. As regiões Centro-Oeste e Sul, que tem o Paraná como único representante, concentram 90,5% da produção nacional com participações individuais de 62,5% e 28,0%, respectivamente.

Perspectivas para a produção agrícola de 2012

O IBGE realizou, em novembro, o segundo prognóstico de área e produção para a safra de 2012, nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e em Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia. No comparativo das safras 2011 e 2012, verificam-se retrações nos rendimentos de alguns produtos. Notadamente para a soja e para o milho 1ª safra, as condições climáticas, nos principais centros produtores, foram excelentes em 2011, sendo registrados recordes históricos de rendimentos médios para esses dois produtos. Assim, neste segundo prognóstico, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2012 é estimada em 160,5 milhões de toneladas, superando em 0,6% a safra de grãos constatada em 2011 devido aos ganhos esperados nas regiões Nordeste (4,5%), Sudeste (2,0%) e Centro-Oeste (3,6%), enquanto a área a ser colhida de 50,0 milhões de hectares cresce 2,8%, tendo em vista que houve incremento na maioria das unidades da federação, com exceção do Piauí, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. As informações da pesquisa do prognóstico representam 73,8% da produção nacional prevista, enquanto as projeções realizadas respondem por 26,2% do valor total.

Dentre os produtos analisados para a próxima safra de verão, foram registradas variações positivas na produção do algodão herbáceo (1,9%) e do milho 1ª safra (8,8%). Com variação negativa, amendoim em casca 1ª safra (14,3%), arroz em casca (8,6%), feijão em grão 1ª safra (8,1%) e soja em grão (1,3%). Com relação à área a ser colhida, à exceção do milho 1ª safra e soja em grão que apresentam, respectivamente, acréscimos de 9,7% e 2,1%, para os demais produtos verificam-se decréscimos nas áreas a serem colhidas: algodão herbáceo em caroço (-0,3%), amendoim em casca 1ª safra (-1,5%), arroz em casca (-6,7%) e feijão em grão 1ª safra (-4,6%).

ALGODÃO EM CAROÇO - O prognóstico da produção de algodão em caroço é da ordem de 5,2 milhões toneladas, maior 1,9% que a obtida em 2011. Isso reverte o quadro inicialmente apontado em outubro devido à inclusão das primeiras estimativas dos centros produtores da região Nordeste, que anteriormente eram projeções. Na Bahia, segundo maior produtor nacional, a produção esperada de 1.577.712 toneladas é apenas -0,1% menor que a desse ano. O Piauí, embora com pequena participação, apresenta ganhos de 45,0% na produção e de 26,9% na área plantada, constatado em levantamento direto com produtores do cerrado, em face da demanda do mercado e da instalação de novas indústrias de beneficiamento. Vale ressaltar que o Mato Grosso, maior produtor nacional, reajustou a produção em 0,6% comparativamente ao primeiro prognóstico. Por outro lado, neste estado, o plantio se estende por um longo período, de dezembro a fevereiro, havendo, portanto, possibilidade de novas áreas serem incorporadas ao processo produtivo.

ARROZ - No caso do arroz, a produção esperada de 12,3 milhões de toneladas é -8,6% inferior à obtida em 2011. Este decréscimo se deve, notadamente, ao Rio Grande do Sul, maior produtor, com participação de 66,8% da produção nacional. Esse estado mantém, neste segundo prognóstico, a produção esperada de 8.214.000 toneladas informada anteriormente, mostrando uma diminuição de -8,1% comparada com a de 2011. Confirmou-se a tendência inicial de uma área plantada ou a ser plantada de 1.110.000 hectares, menor -5,2% que a de 2011, como consequência dos baixos preços do produto e da falta de água nas barragens em parte do estado. Salienta-se ainda que o Mato Grosso, maior estado produtor deste cereal no Centro-Oeste, acentuou a perspectiva de queda, com uma diminuição na produção de -18,4% em relação à verificada no primeiro prognóstico. Esse dado vem corroborar com a informação do mês passado, quando se alertava para o fato do produto ser usualmente cultivado na região de cerrados em condição de sequeiro, utilizado para a renovação de pastagens e abertura de áreas, e vem enfrentando dificuldades de expansão devido à maior fiscalização por parte dos órgãos ambientais.

FEIJÃO 1ª safra - O prognóstico para a safra nacional de feijão 1ª safra em 2012 indica uma produção esperada de 1,8 milhão de toneladas, -8,1% aquém da produção alcançada em 2011. A área plantada ou a plantar, de 2,2 milhões hectares, apresenta redução de -4,6%. Os baixos preços praticados com o feijão, ao longo da última safra, e o fato de outros produtos como a soja e o milho apresentarem maiores perspectivas de rentabilidade, são apontados como principais causas que desestimularam os produtores a não ampliarem seus plantios. No Paraná, maior produtor nacional com participação de 23,7%, a área plantada de 255.787 hectares e a produção esperada de 430.063 toneladas são menores que as registradas em igual período do ano anterior, sendo estimadas em -25,7% e -19,4%, respectivamente. Em relação ao levantamento de outubro, com o plantio totalmente concluído em novembro, houve quedas na área (-5,4%) e na produção (-6,2%).

MILHO 1ª safra - Para o milho 1ª safra, espera-se uma produção de 37,1 milhões de toneladas, maior 8,8% que a observada em 2011 devido à expansão de 7,7% na área de cultivo, estimada em 8.267.756 hectares, com um rendimento médio 4.490 kg/ha, -0,8% inferior. O cenário favorável de recuperação dos preços do produto, que veio se consolidando ao longo do ano, fez com que muitos produtores o preferissem, nesse cultivo de verão, em detrimento de outras culturas como o feijão e a soja. Vale salientar que o Paraná, nessa segunda avaliação, consolida a posição, perdida para Minas Gerais em 2011, de maior produtor neste período de plantio com participação de 20,0%, apontando, relativamente a outubro, incrementos na área (1,6%) e produção (1,7%). O milho está sendo o principal responsável pelo aumento da produção esperada de grãos para 2012, mostrado neste levantamento, que passou a contribuir com 1.556.579 toneladas, 4,4% a mais que a informada no mês passado.

SOJA - A produção esperada em 2012 de 73,9 milhões de toneladas soja indica uma variação negativa de -1,3% em comparação ao volume atualmente informado para 2011, porém acrescida em 1,7% quando confrontada à informação de outubro. A área a ser colhida (24,6 milhões de hectares) mostra um crescimento de 2,1%, enquanto o rendimento esperado (3.007 kg/ha) apresenta um decréscimo de -3,4%. O Mato Grosso, maior produtor nacional, ampliou a área de cultivo em 6,9%, sendo estimados 6,9 milhões de hectares plantados para uma produção esperada de 22,0 milhões de toneladas, superior 5,6% à deste ano e 2,8% maior que a informação anterior. No Paraná, segundo produtor, a área plantada de 4.402.682 hectares e a produção esperada de 14.165.344 toneladas são inferiores às de 2011 em -3,8% e -8,2%, respectivamente, e praticamente inalteradas frente a outubro, registrando reduções na área e na produção de -0,1%.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é uma pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas, cujas informações são obtidas por intermédio das Comissões Municipais (COMEA) e/ou Regionais (COREA); consolidadas em nível estadual pelos Grupos de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA) e posteriormente, avaliadas, em nível nacional, pela Comissão Especial de Planejamento Controle e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias (CEPAGRO) constituída por representantes do IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA).

Em atenção a demandas dos usuários de informação de safra, os levantamentos para Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) foram realizados em estreita colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra, iniciado em novembro de 2007, para as principais lavouras brasileiras.

Estoques de soja, arroz e café crescem no primeiro semestre



Os resultados da Pesquisa de Estoques do primeiro semestre de 2011 indicam que houve crescimento de 8,9% nos estoques de produtos agrícolas, passando de 41.833.657 toneladas, em junho de 2010, para 45.541.770 toneladas, em junho de 2011.

Os maiores estoques registrados em 30 de junho de 2011 foram soja em grão (27.098.919 t), que cresceram 40,8 %, na comparação junho 2011/junho 2010; seguido pelo milho em grão (7.217.887 t), cujos estoques apresentaram queda de 40,6%, e arroz em casca (6.230.299 t), que teve crescimento de 31,5%. Trigo em grão (2.826.398 t) apresentou queda de 18,3%, nessa comparação, enquanto os estoques do café em grão (804.113 t) cresceram 7,9%.

A pesquisa mostra um acréscimo de 2,8% no número de estabelecimentos ativos, no final do primeiro semestre deste ano frente ao segundo semestre de 2010, contando a rede armazenadora de produtos agrícolas com 9.345 estabelecimentos ativos, dos quais 45,1% na região Sul, 22,5% na região Sudeste, 21,1% na Centro-Oeste, 8,1% na Nordeste e 3,2% na região Norte.

A capacidade útil dos armazéns convencionais, estruturais e infláveis somou 77.023.431 metros cúbicos, sendo que pouco mais de 70,0% estava concentrado nas regiões Sudeste e Sul. Os armazéns graneleiros e granelizados totalizaram 57.274.616 toneladas de capacidade útil, sendo que a região Centro-Oeste deteve 49,0% desta capacidade e a Sul, 33,0%. Os silos para grãos apresentaram 53.305.594 toneladas de capacidade útil total, detendo a região Sul 57,0% deste total e as regiões Centro-Oeste e Sudeste 25,1% e 13,1%, respectivamente.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Área de transgênicos deve crescer 21% no país

Gerson Freitas Jr.

A área cultivada com sementes geneticamente modificadas no Brasil deve chegar a 31,8 milhões de hectares na safra 2011/12, que começa a ser colhida em janeiro. Trata-se de um aumento de 20,9% em relação à safra passada. O número consta de levantamento realizado pela consultoria Céleres, com empresas de biotecnologia. Esse é o segundo levantamento feito pela Céleres neste ano. Em agosto, a consultoria havia previsto uma área de 30,4 milhões de hectares.

A Soja ainda é, de longe, a cultura na qual a tecnologia está mais difundida. Ao todo, serão 21,4 milhões de hectares cultivados com sementes transgênicas, um aumento de 16,7% em relação ao plantio do ano passado. A extensão corresponde ainda a 85,3% de toda a área dedicada à cultura - um recorde. No ano passado, essa participação foi de 76%.

A Soja é a cultura pela qual a transgenia foi introduzida no Brasil, ainda em meados dos anos 1990 e de maneira ilegal, com o contrabando de sementes da Argentina. A liberação pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) ocorreu em 2005.

Mas o milho é a cultura em que o avanço dos transgênicos mais impressiona. Apenas quatro anos depois de as variedades geneticamente modificadas terem sido aprovadas no Brasil, estas deverão responder por mais de dois terços (67,3%) da produção total (somando-se as áreas de verão e inverno) da safra 2011/12. De acordo com a Céleres, elas serão cultivadas em 9,9 milhões de hectares, uma expansão de 32% em relação à temporada anterior.

No algodão, as lavouras convencionais ainda são a maioria. Apenas 469 mil hectares (33% de um total de 1,45 milhão) serão ocupados com transgênicos. Trata-se de um aumento nada desprezível de 26,1% em relação à safra passada, mas ainda considerado aquém do potencial. Segundo a Céleres, o avanço dos transgênicos no segmento ainda esbarra na disponibilidade de variedades adaptadas às diferentes regiões produtoras do país e na falta de um transgênico que ajude no controle do bicudo, a principal praga do algodão.

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de transgênicos, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo o Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (Isaaa, na sigla em inglês). A maioria das variedades usadas no país garante às lavouras tolerância ao glifosato, um agrotóxico usado para combater plantas invasoras nas lavouras. Nas lavouras de milho e algodão, também é grande a participação de plantas tolerantes a insetos.

FONTE: VALOR ONLINE

Embrapa anuncia variedades de soja resistentes à ferrugem asiática

Cultivares podem ser alternativa no combate ao fungo em todo o país

A luta contra a ferrugem asiática nas lavouras de soja pode estar perto de um final favorável aos produtores. A Embrapa anuncia, pela primeira vez, ter desenvolvido variedades resistentes ao fungo, que devem ser disponibilizadas nas próximas safras. Conforme o pesquisador da entidade Vanoli Fronza, as novidades são resultado de mais de 10 anos de estudos. Ele revela que após testes com dezenas de linhagens resistentes à ferrugem, duas se mostraram produtivas e adaptáveis. E já estão em fase de testes em 28 regiões do Brasil Central. Em Uberaba, Minas Gerais, o plantio é escalonado e controlado, para um acompanhamento preciso dos resultados.

– Escolhemos entre as linhagens que tinham fonte de resistência à ferrugem duas novas cultivares. Uma convencional, cujo nome será BRS MG 771 F e outra chamada BRS MG 780 F RR. Se conseguirmos alavancar com maior velocidade o processo de multiplicação dessas sementes na safra 2012/2013, poderemos ter alguma disponibilidade para os produtores que quiserem experimentar – explica.

Fronza afirma que, apesar de resistentes, as cultivares não são imunes ao fungo. Entretanto, garante que o produtor não deve ter prejuízo por causa da ferrugem.

– Com uma cultivar comum, caso o produtor faça tudo errado ou tenha problemas e não faça aplicação de fungicida conforme o indicado, ele produzirá entre 10 e 20 sacas por hectare, dependendo da intensidade da ferrugem. Já nas novas, com resistência ao fungo, ele terá um rendimento de, pelo menos, 50 sacos por hectare. Ou seja, se tudo der errado, haverá a segurança de que a produção estará garantida até um certo teto. Não vai expressar o máximo do potencial produtivo, mas vai produzir – aponta.

A ferrugem da soja entrou do Brasil na safra 2000/2001. O fungo deixou um rastro de prejuízos em todo o país. De acordo com o pesquisador da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) Neylson Arantes, desde então, houve alto custo no combate químico e a situação se tornou um tormento para os produtores.

– Muitos produtores chegaram ir à falência por causa de ferrugem. Até hoje eu ouço de agricultores dizendo ter quebrado. A partir de então, foram identificados alguns fungicidas. Alguns com mais, outros com menos eficiência, mas o leque de produtos no início era muito pequeno – diz.

FONTE: CANAL RURAL

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