segunda-feira, setembro 05, 2011

Pesquisa avalia impactos da expansão do setor sucroenergético





Motivadas pelo aumento da demanda por combustíveis alternativos ao petróleo, novas empresas sucroenergéticas vem sendo criadas no Brasil, principalmente na região Centro-Oeste, expandindo a área cultivada de cana-de-açúcar e criando oportunidades para o desenvolvimento local


Analisando os impactos sócio-econômicos dessa expansão nos municípios de Rio Brilhante e Nova Alvorada do Sul (MS), Micheli Mitie Assato, egressa do curso de Ciências Econômicas da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP), ganhou o Prêmio Corecon-SP de Excelência em Economia de 2011.

A Instituição premia, desde 1996, os autores dos três melhores trabalhos de graduação em economia. Não é a primeira vez que um aluno da ESALQ ganha o concurso. No ano passado, Caio Marcos Mortatti teve sua monografia “Determinantes do comércio Brasil-China de commodities e produtos industriais: uma aplicação do modelo VAR” premiada. Em 2002, foi a vez de Daniela Bacchi Bartolomeu, com o trabalho “Potencial da Negociação de Crédito de Carbono a partir da avaliação de trajetos alternativos para uma mesma rota rodoviária: Um estudo de caso no Estado de São Paulo”. No ano seguinte, em 2003, Renata Marconato levou o prêmio pela monografia “Análise da ocupação econômica do Estado de Rondônia nos anos 90 à luz do Modelo de Krugman” e, em 2009, Nathalia Sbarai, com o trabalho “Aplicação de medidas antidumping: proteção necessária ou criação de barreiras?”.

Micheli Assato optou por analisar os municípios de Rio Brilhante e Nova Alvorada do Sul, que foram escolhidos devido às áreas serem de forte expansão da cana-de-açúcar e não possuírem outras indústrias de porte significativo, de modo a evidenciar o impacto da instalação das unidades produtoras sucroenergéticas.

A pesquisa, orientada pela professora Márcia Azanha, do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES), verificou que, com a instalação das empresas, houve o aumento da receita, dos empregos formais, da população, da capacitação profissional, da renda agregada e da dinâmica do comércio em ambas as cidades. Quanto à educação, houve melhoria na escolaridade média devido às parcerias entre as escolas com as empresas. De acordo com o estudo, no município de Nova Alvorada do Sul, as usinas mais novas vêm cumprindo obrigações trabalhistas, ambientais e de impostos de forma mais adequada do que as empresas antigas, oriundas da época do Proálcool.

Os impactos diretamente relacionados com a implantação das usinas foram o aumento dos empregos formais contratados pelo setor sucroenergéticos, a diminuição dos conflitos entre empresas e a agricultura familiar, além do crescimento da renda regional, do comércio, do setor imobiliário e dos empregos indiretos e induzidos.

No que tange aos aspectos negativos da chegada das usinas, pode ser citada a piora da condição de algumas estradas e a sobrecarga da demanda dos serviços prestados pelo sistema público de saúde, mesmo que os funcionários sejam cobertos pelos planos de saúde fornecidos pelas empresas. Ainda no plano negativo, a pesquisa verificou que, com o crescimento da população, houve aumento dos gastos e ocorre uma defasagem nas receitas recebidas do Governo Federal, além da desaceleração no processo de reforma agrária - com o cultivo de cana e a instalação das usinas, as terras deixaram de ser improdutivas. De outro lado, conforme relato de representante dos assentados, a chegada das empresas cria oportunidades de trabalho para os filhos dos assentados.

De acordo com a pesquisadora, os impactos positivos parecem suplantar os negativos. “Além verificarmos o aumento da renda, do número de empregos e maior dinamização do comércio, houve melhoria de indicadores como saúde e qualificação de mão de obra, que indicam melhoria da qualidade de vida da população”, afirma. A pesquisadora ainda conclui que “a expansão do setor sucroenergético para o interior dos Estados é positiva e que a instalação das usinas colaborou para o desenvolvimento de Nova Alvorada do Sul e Rio Brilhante”.

Análise de Mercado - 05 de Setembro de 2011

Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, entre eles, frango, suíno e ovos




Suíno vivo

São Paulo deve absorver quase 100 mil toneladas a mais de carne suína este ano, vindas de estados como o Rio Grande do Sul, que aprovou ontem a prorrogação da isenção de impostos aos suinocultores. Com isso, a guerra fiscal entre os estados e os efeitos do embargo russo ampliam ainda mais os prejuízos do setor.

O estado paulista que consome aproximadamente 700 mil toneladas de suínos por ano, ou seja, 16,5 quilos por pessoa, começa a ser invadido pelo excesso de carnes destes animais vindos de outros estados. A produção paulista está em torno de 280 mil toneladas. A expectativa do presidente da Associação Paulista da Cadeia Suinícola (APCS), Valdomiro Ferreira Júnior, é que São Paulo receba 520 mil toneladas este ano. "Estamos sofrendo a pressão dos outros estados que despejam suínos aqui mais baratos. Eles possuem uma grande produção de grãos mais baratos. Além disso, ainda são isentos de impostos. Isso gera uma concorrência desleal", afirmou.

Com o maior custo de produção de suínos entre os estados brasileiros, São Paulo, que já abate animais mais magros, iniciou o abate de matrizes, fato que pode gerar um forte desequilíbrio no mercado. O quilo do suíno ao produtor está em média R$ 2,35, sendo que o custo de produção ultrapassa a casa dos R$ 3,7 por quilo. "A situação no estado é extremamente preocupante, pois nosso maior problema, além do embargo russo, é o custo elevado de produção. Estamos perdendo em média R$ 60 por animal abatido", garantiu Ferreira Júnior. (Suino.com)

GO R$3,25
MG R$2,60
SP R$2,56
RS R$2,68
SC R$2,45
PR R$2,15
MS R$2,30
MT R$2,15

Frango vivo

Um ano atrás, forçado pelo aumento abrupto do milho, mas favorecido por uma entressafra particularmente atípica da carne bovina, o frango vivo conseguiu obter em setembro, valorização de 19,26% sobre o mês anterior, agosto/10, registrando então a maior variação mensal do ano que passou.

Em setembro de 2011, os mesmos fundamentos se encontram presentes: o milho continua caro, a oferta de boi em pé apresenta as características típicas da entressafra e, além disso, a produção de frangos destinados especificamente ao mercado independente permanece extremamente ajustada. Apesar de tudo, o mês está sendo aberto com um preço médio quase 4% inferior ao do mês anterior, agosto/11.

Não que inexistam indícios de melhores preços. Minas Gerais, por exemplo, já obteve dois ajustes de cinco centavos nos últimos sete dias. E onde o frango vivo de Minas vai, o de São Paulo vai atrás. Ou vice-versa. Mas, desta v ez, parece haver outro elemento maior impedindo a valorização do frango vivo paulista: o consumo. Reflexo da recessão econômica?

Se for, a situação solicita maior reflexão. Ainda que os números preliminares da SECEX/MDIC indiquem, para agosto passado, um volume elevado nas exportações de carne de frango, o preço médio recebido, em visível retrocesso, foi o menor dos últimos nove meses e chegou a ficar (em determinados momentos de agosto) igual ao preço praticado internamente.

Até aí nada demais, não fosse o custo continuar extremamente elevado. E, neste caso, o produto exportado torna-se oneroso para seu exportador que, não há dúvida, tende a deixar parte do produto internamente. E aí é que está o risco – geral e irrestrito.

No momento, pelo menos, o mercado interno proporciona alguma remuneração ao setor. Que pode se perder rapidamente se o mercado interno for inflado com produto originalmente destinado ao mercado externo.

Ao mesmo tempo está claro, também, qu e essa "alguma remuneração" é devida à redução da produção. Ou seja: o setor deveria ser proibido de ir além de onde se encontra hoje, pois ainda que esteja plenamente ajustada, mesmo a produção atual enfrenta riscos de colocação. (Avisite)

SP R$2,00
CE R$2,30
MG R$2,05
GO R$1,80
MS R$1,80
PR R$1,90
SC R$1,80
RS R$1,80

Ovos

O ovo iniciou setembro com a aparência de que vai repetir o mesmo comportamento dos dois meses anteriores, qual seja, passar pelo período mais ativo de vendas do mês sem ser beneficiado com maiores vendas ou melhores preços.

Falando em preços, aliás, o produto registra, neste início de mês, ganho de 13,27% sobre o preço médio alcançado em setembro do ano passado, mas uma perda de 8,77% sobre o mês anterior, agosto de 2011. Como essa perda ocorre pelo terceiro mês consecutivo, o preço médio atual se encontra quase 13% abaixo daquele registrado no fechamento do primeiro semestre.

Mas não só isso: o valor médio ora pago pelo ovo corresponde ao segundo menor de 2011 e só não está aquém da média registrada em janeiro. Tudo calculado, o valor médio das primeiras 35 semanas do ano, embora 21% superior ao obtido no ano anterior, está apenas 5% acima da média alcançada três anos atrás, em 2008. Ou seja: não cobre sequer a inflação, muito menos a forte elevação dos custos de produção. (Avisite)

Ovos brancos

SP R$43,00
RJ R$47,50
MG R$48,00

Ovos vermelhos

MG R$51,00
RJ R$50,50
SP R$46,00

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 99,70 com a variação em relação ao dia anterior de -0,02%. A variação registrada no mês de Setembro é de -0,35%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 60,94.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo - base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Triangulo MG R$89,00
Goiânia GO R$91,00
Dourados MS R$94,00
C. Grande MS R$94,00
Três Lagoas MS R$97,00
Cuiabá MT R$86,50
Marabá PA R$85,00
Belo Horiz. MG R$92,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 52,42. O mercado apresentou uma variação de 1,35% em relação ao dia anterior. O mês de Setembro apresentou uma variação de 1,53%.

O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 32,04. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação).

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor

R. Grande do Sul (média estadual) R$50,00
Goiás - GO (média estadual) R$46,50
Mato Grosso (média estadual) R$46,50
Paraná (média estadual) R$52,42
São Paulo (média estadual) R$48,00
Santa Catarina (média estadual) R$45,50
M. Grosso do Sul (média estadual) R$45,00
Minas Gerais (média estadual) R$47,50

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 31,25 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,26% em relação ao dia anterior e de 0,77% no acumulado do mês de Setembro.

Ovalor da saca em dólar fechou a semana em US$ 19,10.

OIndicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais. (Jornalismo Integrado - Assessoria de Comunicação)

Físico - saca 60Kg - livre ao produtor

Goiás (média estadual) R$24,00
Minas Gerais (média estadual) R$27,50
Mato Grosso (média estadual) R$22,50
M. Grosso Sul (média estadual) R$23,50
Paraná (média estadual) R$28,00
São Paulo (média estadual) R$31,25
Rio G. do Sul (média estadual) R$32,00
Santa Catarina (média estadual) R$30,50



FONTE: www.portaldoagronegocio.com.br

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