sexta-feira, setembro 23, 2011

Alta do dólar neutraliza queda de preços do café no mercado internacional

São Paulo- A disparada da cotação do dólar em relação ao real permitiu aos produtores e exportadores agrícolas compensar as quedas de preços no mercado internacional de commodities e, no caso do café, não foi diferente. Mas a alta não deve se sustentar por muito tempo. Segundo estimativa do diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga, o valor da moeda norte-americana vai cair, “não para o mesmo nível que estava, em torno de R$ l,60, mas deve ficar próximo de R$ l,75”.

No início do dia, a cotação atingiu R$ l,95, mas, em uma hora, baixou para R$ 1,87 após as intervenções do Banco Central, que fez operações de swap cambial (compra e venda de moeda no mercado futuro). A autoridade monetária vendeu US$ 2,7 bilhões em contratos futuros, de um total ofertado de US$ 5,6 bilhões. Só este mês, até às 14h20 de hoje, o dólar se valorizou 15,95%.

Na avaliação do dirigente do Cecafé , uma crise de liquidez dos bancos europeus “pode levar à busca de proteção no mercado do dólar”, alimentando a valorização da moeda norte-americana. No entanto, conforme ponderou, o dólar já estava bastante desvalorizado no Brasil. “Nesse momento em que os preços internacionais do café e de outras commodities tiveram forte queda, a desvalorização da moeda [real] vai permitir a manutenção dos preços internos e compensar um pouco a queda dos preços internacionais”, disse Guilherme Braga.

De acordo com ele, em razão da crise econômica que atinge os Estados Unidos e os países da zona do euro, os preços do café chegaram a cair 3,5% ontem. Apesar do ceticismo dos analistas em relação às medidas tomadas pelos Estados Unidos para evitar uma recessão e das incertezas referentes ao endividamento da Grécia, de Portugal e da Itália, estão mantidas as projeções de crescimento de 10% da receita de exportação do café brasileiro. O valor deverá passar de US 7,4 bilhões para US$ 8,2 bilhões, com 32 milhões de sacas embarcadas, ante 33 milhões no ano passado.

Edição: Vinicius Doria

Soca seca: período ideal para herbicidas

Momento permite aplicação na pré-emergência de plantas daninhas, eliminando a competição em quase 100%

As plantas daninhas podem causar perdas de até 80% na produtividade do canavial, dependendo da pressão de infestaçao. Nesse contexto, a soca seca é um momento oportuno para realizar o manejo dessas plantas, já que nesse caso, a aplicação dos herbicidas seria feita em pré-emergência, eliminando em praticamente 100% a competição causada pelas plantas daninhas. Como mais uma alternativa para o produtor rural, a Bayer CropScience oferece o herbicida pré-emergente Provence, que promete controlar com eficiência a digitaria nuda, uma espécie de capim colchão que se tornou importante nos últimos anos, além das demais gramíneas que infestam a cultura.

Segundo João Pivetta, gerente de cana-de-açúcar da Bayer CropScience, o manejo das plantas daninhas pode ser feito ao longo de todo o ciclo da cultura, seja nas épocas chuvosas ou nas secas. Nas épocas chuvosas, o manejo é feito geralmente na pós-emergência das plantas daninhas, o que oferece o risco da mato competição. No período seco, todas as aplicações são feitas na pré-emergência, eliminando esse risco em até 100%, praticamente.

Antes da aplicação de herbicidas, é importante que o produtor tenha um histórico muito claro sobre sua área, como conhecer profundamente quais plantas infestam sua região e aquelas que predominam na sua cultura. Ele deve saber também sobre a pressão de infestaçao com a qual essas plantas se manifestam na área, conhecer o tipo de solo com o qual está trabalhando, além de noções sobre tecnologia de aplicação — afirma o gerente.

Pivetta diz que sempre que o produtor trabalhar com produtos químicos é importante que ele tenha cuidados básicos com relação ao manuseio desses produtos, como a utilização de equipamentos de segurança. Outros pontos importantes na questão da aplicação que envolvem a segurança do aplicador e a eficácia da colocação do produto no campo são as condições climáticas. De acordo com ele, o produtor deve evitar ventos fortes e baixa umidade relativa, por exemplo.

O gerente conta ainda que a premissa básica para o manejo de plantas daninhas é que o produto seja aplicado uma única vez. No entanto, como ele explica, existem situações onde haverá a necessidade de realizar uma catação no sentido de controlar as plantas daninhas que por ventura possam ter escapado do controle principal.

Como mais uma alternativa disponível no mercado para controlar o problema de plantas daninhas que afetam o canavial, Pivetta cita o Provence, um herbicida pré-emergente produzido pela Bayer CropScience.

Ele conta com excelente ação graminicida, sendo um dos poucos produtos que controlam com eficiência a digitaria nuda, uma espécie de capim colchão que se tornou importante nos canaviais, além de outras espécies de plantas daninhas que atacam a cultura — afirma.

FONTE: WWW.PORTALDOAGRONEGOCIO.COM.BR

Pesquisa aponta aumento no custo de produção da cana-de-açúcar

Produtores de São Paulo devem ter acréscimos entre 10% e 15% na comparação com a safra 2010/2011

O custo de produção de cana-de-açúcar está maior no país de acordo com uma pesquisa feita pelo Centro de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege) da Esalq, a pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O Estado de São Paulo, que concentra a maior parte da produção nacional, apresentou a maior valorização. O preço da cana na região de Piracicaba passou de R$ 57 para R$ 67 por tonelada, de uma safra para outra.

O produtor rural José Adailton Butini produz cana na região de Piracicaba (SP) e arrendou 90% dos 1,1 mil hectares que plantou. Na safra que está sendo colhida agora, ele espera tirar 80 mil toneladas de cana. De acordo com o produtor, o custo para produzir está maior. Na safra passada ficou, em média, R$ 57 por tonelada. No período atual ele calcula o custo em R$ 65 por tonelada.

O custo maior não é uma realidade só da região de Piracicaba. Em todo o Brasil está mais caro produzir e todos estão sujeitos as mesmas variações de preço no mercado. A diferença de resultado está na forma como esse custo de produção é administrado em cada propriedade.

Eficiência é a palavra chave, afirma o pesquisador da Pecege/Esalq Leonardo Zilio. Ele participou do estudo feito pelo Pecege. Na média nacional, ficou entre 2% e 2,5% mais caro produzir cana, comparando as safras 2010/2011 e 2009/2010. Em Estados como Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul o custo foi 5% mais baixo. Na região Nordeste a queda foi de 2,5%. No Estado de São Paulo o custo de produção aumentou 5%.

A valorização da terra, a mão de obra e a queda na produtividade estão entre os fatores de maior impacto no custo. No entanto, em propriedades com maior uso de tecnologias e maior área, o custo é menor. De acordo com Zilio, a tendência é de a cana manter o preço em alta e os custos de produção também. Nesta safra, só em São Paulo, o pesquisador calcula que o custo deve ser de 10% a 15% maior em relação a safra 2010/2011.

FONTE: WWW.PORTALDOAGRONEGOCIO.COM.BR

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