segunda-feira, setembro 26, 2011

Nova tecnologia verde amarela ajudará produção de feijão com segurança

Uma das doenças mais importantes da cultura do feijoeiro, no Brasil, é o mosaico dourado. Essa doença é causada por um vírus que é transmitido por um inseto-praga chamado mosca branca, a qual coloniza também muitas espécies de plantas cultivadas e selvagens.

Somente no Brasil as perdas devido a essa praga é estimada entre 90 e 280 mil toneladas de grãos anualmente, quantidade que seria suficiente para alimentar entre 6 e 20 milhões de brasileiros adultos. Além disso, pelo menos 200.000 hectares estão atualmente inviabilizados para o cultivo do feijoeiro.

A Embrapa desenvolveu, com a utilização da engenharia genética, um feijão resistente a essa doença. Devido ao fato de não haver no Brasil sistemas de cultivo ou feijoeiros convencionais que possam prover níveis adequados de resistência ao mosaico dourado, a Embrapa buscou uma alternativa biotecnológica para desenvolver feijoeiros resistentes.

Para isso foi utilizada uma técnica revolucionária, ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina de 2006, chamada de RNA interferente. Esse mecanismo que levou à resistência ao mosaico dourado não é baseado em proteínas, e já é muito bem conhecido pelos pesquisadores.

Esse feijão foi desenvolvido em um período de 10 anos e estudado por quase uma centena de pesquisadores brasileiros em dez instituições públicas. Os estudos foram conduzidos em condições de solo e clima representativo das áreas em que se cultiva 90% do feijoeiro comum no Brasil. Foi feita uma comparação nutricional com 5 tipos de feijão cultivados por 5 anos nas regiões Centro Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste. Os resultados obtidos mostram que esse feijoeiro é tão seguro para o meio ambiente ou para o consumo por humanos quanto os feijões que já são cultivados no Brasil. Essa tecnologia deverá reduzir sobremaneira a necessidade de aplicação de inseticidas no controle do inseto transmissor da doença (mosca branca), com ganhos econômicos e ambientais importantes.

Entendendo que os estudos de biossegurança realizados com o feijão resistente ao mosaico dourado são suficientes para demonstrar sua segurança para o meio ambiente brasileiro e para a saúde humana, a Embrapa requereu à Comissão Técnica Nacional de Biosegurança (CTNBio) a sua aprovação para cultivo comercial. Um dos valores que pautam a conduta da Embrapa é a responsabilidade socio-ambiental, que garante que as tecnologias por ela geradas visem sempre o benefício da agricultura , com o necessário cuidado à sustentabilidade do meio ambiente, e o benefício da sociedade brasileira. O feijoeiro trangenico da Embrapa não é uma exceção a esta regra. A Embrapa acredita firmemente que esta nova ferramenta trará grandes benefícios para produtores e consumidores deste alimento, que não pode faltar na mesa dos brasileiros.

FONTE: EMBRAPA

Distorções tributárias afetam a cadeia produtora de café

Por mais que as autoridades se esmerem em modelar predições, usando sofisticados métodos computacionais, dificilmente se terá certeza dos resultados no mundo real.

A possibilidade de mudanças na legislação do PIS/Cofins para a cadeia de café tem provocado controvérsias e um grande debate no setor.

Sabe-se que em um mundo de incertezas é impossível prever todas as implicações de uma política pública.

Por mais que as autoridades se esmerem em modelar predições, usando sofisticados métodos computacionais, dificilmente se terá certeza dos resultados no mundo real.

Em primeiro lugar, tem-se a dificuldade de prever todos os efeitos sistêmicos derivados de uma política. No caso de uma tributação, as peculiaridades de cada setor representam um empecilho.

Qual a alíquota que deve ser imposta de forma que os ganhos de receita sejam maiores que os custos da tributação? Qual a possibilidade de as empresas repassarem o tributo para os consumidores? Se essa possibilidade existir, será que haverá isonomia de efeito entre as empresas que compõem o setor? Diz a teoria que as empresas com maior poder de mercado têm mais capacidade de repassar aumentos tributários para os consumidores. Isso pode criar um impacto indesejado para a economia?

Outro conjunto de incertezas se refere ao ambiente externo. A modificação de uma política nos países desenvolvidos, por exemplo, pode afetar as taxas de juros, o câmbio no Brasil e, indiretamente, modificar os resultados esperados da tributação e na competitividade do setor.

Por fim, um terceiro efeito pode surgir: o rearranjo natural das empresas à restrição imposta pela política visando diminuir o ônus da tributação.

Isso pode ocorrer por meio do aproveitamento de brechas na legislação ou pelo uso de artifícios fraudulentos de difícil verificação.

Um exemplo da dissintonia entre o resultado esperado e o obtido foi a medida que instituiu a cobrança do PIS/Cofins sobre as vendas de café verde e estabeleceu créditos presumidos para as empresas exportadoras.

Com o propósito de incentivar as exportações, a tributação gerou efeitos considerados perversos para a cadeia produtiva.

O próprio setor admite que foi necessário um tempo considerável para perceber essas distorções.

De um lado, se ressentem as empresas exportadoras de café verde que só atuam no mercado internacional, pois têm dificuldade de reaver os créditos tributários. Isso leva à diminuição das vantagens competitivas das empresas apenas exportadoras.

De outro lado, se ressentem as torrefadoras que só atuam no mercado brasileiro, pois têm desvantagens ao pagar os tributos.

Aqui, o forte processo de concentração no mercado brasileiro de torrado e moído seria a principal prova dessa realidade.

Dessa forma, sabendo que toda política tributária tem caráter distributivo e considerando as distorções da política atual, resta saber o que se deseja para o setor: a manutenção do status quo ou a realização de reformas, embora a incerteza impeça que os impactos das mudanças sejam totalmente previstos.

Milho: Inicia safra 11/12 com boas expectativas ao produtor


Satisfeitos com os resultados deste ano e na expectativa de preços atrativos para a nova safra, produtores brasileiros consultados pelo Cepea devem aumentar a área de milho tanto na temporada de verão quanto na segunda safra de 2011/12.



Segundo dados da equipe de custos agrícolas do Cepea, já estão ocorrendo negociações de insumos para a segunda safra do ano que vem, especialmente nas regiões do Cerrado e, em grande parte, baseadas na troca do cereal pelo adubo.

Tradicionalmente, a compra de fertilizantes para o milho era efetivada a partir de outubro. Neste início de setembro, no mercado interno, a demanda segue firme e a oferta, relativamente baixa. Segundo pesquisas do Cepea, produtores buscam negociar seus estoques apenas quando há oportunidades de preços, focando-se no cultivo da nova safra nos principais estados produtores de verão.

Entre 5 e 12 de setembro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas-SP; valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa de desconto CDI) subiu 1,24%, fechando a R$ 31,72/saca de 60 kg na segunda-feira. Se considerada a taxa de desconto NPR, na região de Campinas, o preço médio à vista foi de R$ 31,12/sc de 60 kg na segunda, aumento de 1,47% no mesmo período.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

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