sexta-feira, dezembro 09, 2011

Em 2012, IBGE prevê safra de grãos 0,6% maior



A décima primeira estimativa da safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas indica uma produção da ordem de 159,5 milhões de toneladas, superior em 6,6 % à safra recorde de 2010 (149,6 milhões de toneladas) e -0,1% menor que a estimativa de outubro. A área a ser colhida em 2011, de 48,6 milhões de hectares, apresenta acréscimo de 4,6% comparado a 2010, e decréscimo de 5.128 hectares (-0,0%) frente à informação do mês passado. As três principais culturas, que, somadas, representam 90,6% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, o arroz, o milho e a soja, respondem por 82,3% da área a ser colhida registrando, em relação ao ano anterior, variações de 1,7%, 3,4% e 3,3%, respectivamente. No que se refere à produção, o arroz, o milho e a soja mostram, nessa ordem, acréscimos de 19,0%, 0,3% e 9,2%.

O IBGE também realizou, em novembro, o segundo prognóstico de área e produção para a safra de 2012. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2012 é estimada em 160,5 milhões de toneladas, 0,6% superior à de 2011. A área a ser colhida (50,0 milhões de hectares) cresce 2,8%.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/agropecuaria/lspa/default.shtm.

Entre as grandes regiões, o volume da produção 2011 apresenta a seguinte distribuição: região Sul, 67,1 milhões de toneladas; Centro-Oeste, 56,0 milhões de toneladas; Sudeste, 17,4 milhões de toneladas; Nordeste, 14,6 milhões de toneladas; e Norte, 4,3 milhões de toneladas. Na comparação com 2010, houve incrementos em todas as regiões: Norte, 7,9%; Nordeste, 24,3%; Sudeste, 1,9%; Sul, 4,6%; e Centro-Oeste, 6,7%. O Paraná lidera a produção nacional de grãos, com uma participação de 19,8%, seguido pelo Mato Grosso, com 19,6%, e o Rio Grande do Sul, com 18,3%:





Estimativa de novembro em relação à produção obtida em 2010

Dentre os vinte e cinco produtos selecionados, dezesseis apresentam variação positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: algodão herbáceo em caroço (72,7%), amendoim em casca 1ª safra (27,3%), arroz em casca (19,0%), batata-inglesa 1ª safra (13,3%), batata-inglesa 2ª safra (5,5%), batata-inglesa 3ª safra (1,2%), cacau em amêndoa (6,2%), cevada em grão (7,4%), feijão em grão 1ª safra (29,6%), laranja (3,1%), mamona em baga (30,5%), mandioca (7,5%), milho em grão 1ª safra (3,1%), soja em grão (9,2%), sorgo em grão (29,5%) e triticale em grão (24,8%). Com variação negativa: amendoim em casca 2ª safra (-39,8%), aveia em grão (-10,8%), café em grão (-7,2%), cana-de-açúcar (-9,4%), cebola (-5,3%), feijão em grão 2ª safra (-7,1%), feijão em grão 3ª safra (-8,8%), milho em grão 2ª safra (-3,7%) e trigo em grão (-14,0%).

Destaques na estimativa de novembro em relação a outubro de 2011

CAFÉ (em grão) - Na comparação das estimativas mês a mês, a produção de 2,7 milhões de toneladas (44,5 milhões de sacas) teve um acréscimo de 0,3% em relação a outubro. A área total no país, em 2011, reavaliada este mês, aumentou 0,1% e o rendimento médio, 0,3%. Apenas a área colhida apresenta discreta redução, de -591 hectares. Minas Gerais, maior produtor brasileiro de café, apresenta, neste mês, em relação ao mês passado, acréscimo de 0,7% na produção esperada para 2011, totalizando 1,3 milhão de toneladas (22,3 milhões de sacas de 60 kg), considerando as duas espécies em conjunto (arábica e canephora), que representam 50,1% do total esperado para o país em 2011. A área a ser colhida está reavaliada em 1,0 milhão de hectares. O rendimento aumenta 0,8% em relação a outubro. Este aumento, em relação à estimativa do mês anterior, se deve às reavaliações em Araguari (Cerrado), Andradas (Sul) e Muriaé (Zona da Mata) e explicam, também, o acréscimo da produção nacional (0,3%). Nenhuma outra unidade da federação de peso na cafeicultura nacional (ES, SP e RO) apresentou variações em novembro, repetindo-se, nesta publicação, os números já divulgados em outubro.

FEIJÃO (em grão) Total - A produção nacional de feijão, considerando as três safras do produto, está avaliada em 3.525.854 toneladas, inferior 1,4% em relação ao mês anterior e está assim distribuída: 1.974.531 toneladas da 1ª safra (56,0%), 1.119.273 toneladas da 2ª safra (31,7%) e 432.050 toneladas da 3ª safra (12,3%). Comparativamente ao mês passado, o feijão 1ª safra apresentou acréscimo de 1,3% enquanto as produções dos feijões 2ª e 3ª safras registraram reduções de 5,4% e 3,0%, respectivamente. O ganho na produção do feijão 1ª safra se deve às reavaliações nos números finais de colheita, notadamente, a do estado de Pernambuco, que alterou positivamente a produção obtida em 38,0%. Para a segunda safra do produto, a redução na produção em relação ao mês anterior decorre, principalmente, das revisões nas informações efetuadas na Paraíba (-47,9%) e em Pernambuco (-76,7%). Na Paraíba a queda na produção se deve ao veranico ocorrido em março e abril no sertão e ao excesso de chuvas durante o ciclo da lavoura na parte leste do estado. Em Pernambuco houve redistribuição dos números em função de lançamentos indevidos de 2ª safra quando se tratavam, na realidade, de 1ª safra. Para a 3ª safra de feijão, a retração na produção é resultado das modificações nos dados de Minas Gerais que, comparativamente a outubro, diminuiu o rendimento médio em 5,7% em virtude de infestação por mosca branca nas lavouras do município de Unaí, o que resultou numa queda na produção de -5,9%.

MILHO (em grão) Total - A produção nacional do milho em grão em 2011, para ambas as safras, totaliza 56,2 milhões de toneladas, mostrando uma variação negativa de -0,3% frente à de outubro. A 1ª safra alcançou 34,1 milhões de toneladas, apresentando um decréscimo de -0,5%, comparando com a estimativa anterior. Está queda é decorrente de reavaliações nos dados finais de colheita de Pernambuco (-32,7%) e da Paraíba (-36,8%), cuja redução ocorreu por conta do excesso de chuvas em parte do leste e pela irregularidade pluviométrica no sertão do estado. A participação na produção nacional, segundo as três maiores regiões produtoras, encontra-se assim distribuída: Sul (45,4%), Sudeste (27,9%) e Nordeste (12,4%). Para a 2ª safra, estima-se uma produção de 22,1 milhões de toneladas, informação praticamente inalterada (variação negativa absoluta de 599 toneladas) frente à anteriormente divulgada. As regiões Centro-Oeste e Sul, que tem o Paraná como único representante, concentram 90,5% da produção nacional com participações individuais de 62,5% e 28,0%, respectivamente.

Perspectivas para a produção agrícola de 2012

O IBGE realizou, em novembro, o segundo prognóstico de área e produção para a safra de 2012, nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste e em Rondônia, Maranhão, Piauí e Bahia. No comparativo das safras 2011 e 2012, verificam-se retrações nos rendimentos de alguns produtos. Notadamente para a soja e para o milho 1ª safra, as condições climáticas, nos principais centros produtores, foram excelentes em 2011, sendo registrados recordes históricos de rendimentos médios para esses dois produtos. Assim, neste segundo prognóstico, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2012 é estimada em 160,5 milhões de toneladas, superando em 0,6% a safra de grãos constatada em 2011 devido aos ganhos esperados nas regiões Nordeste (4,5%), Sudeste (2,0%) e Centro-Oeste (3,6%), enquanto a área a ser colhida de 50,0 milhões de hectares cresce 2,8%, tendo em vista que houve incremento na maioria das unidades da federação, com exceção do Piauí, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. As informações da pesquisa do prognóstico representam 73,8% da produção nacional prevista, enquanto as projeções realizadas respondem por 26,2% do valor total.

Dentre os produtos analisados para a próxima safra de verão, foram registradas variações positivas na produção do algodão herbáceo (1,9%) e do milho 1ª safra (8,8%). Com variação negativa, amendoim em casca 1ª safra (14,3%), arroz em casca (8,6%), feijão em grão 1ª safra (8,1%) e soja em grão (1,3%). Com relação à área a ser colhida, à exceção do milho 1ª safra e soja em grão que apresentam, respectivamente, acréscimos de 9,7% e 2,1%, para os demais produtos verificam-se decréscimos nas áreas a serem colhidas: algodão herbáceo em caroço (-0,3%), amendoim em casca 1ª safra (-1,5%), arroz em casca (-6,7%) e feijão em grão 1ª safra (-4,6%).

ALGODÃO EM CAROÇO - O prognóstico da produção de algodão em caroço é da ordem de 5,2 milhões toneladas, maior 1,9% que a obtida em 2011. Isso reverte o quadro inicialmente apontado em outubro devido à inclusão das primeiras estimativas dos centros produtores da região Nordeste, que anteriormente eram projeções. Na Bahia, segundo maior produtor nacional, a produção esperada de 1.577.712 toneladas é apenas -0,1% menor que a desse ano. O Piauí, embora com pequena participação, apresenta ganhos de 45,0% na produção e de 26,9% na área plantada, constatado em levantamento direto com produtores do cerrado, em face da demanda do mercado e da instalação de novas indústrias de beneficiamento. Vale ressaltar que o Mato Grosso, maior produtor nacional, reajustou a produção em 0,6% comparativamente ao primeiro prognóstico. Por outro lado, neste estado, o plantio se estende por um longo período, de dezembro a fevereiro, havendo, portanto, possibilidade de novas áreas serem incorporadas ao processo produtivo.

ARROZ - No caso do arroz, a produção esperada de 12,3 milhões de toneladas é -8,6% inferior à obtida em 2011. Este decréscimo se deve, notadamente, ao Rio Grande do Sul, maior produtor, com participação de 66,8% da produção nacional. Esse estado mantém, neste segundo prognóstico, a produção esperada de 8.214.000 toneladas informada anteriormente, mostrando uma diminuição de -8,1% comparada com a de 2011. Confirmou-se a tendência inicial de uma área plantada ou a ser plantada de 1.110.000 hectares, menor -5,2% que a de 2011, como consequência dos baixos preços do produto e da falta de água nas barragens em parte do estado. Salienta-se ainda que o Mato Grosso, maior estado produtor deste cereal no Centro-Oeste, acentuou a perspectiva de queda, com uma diminuição na produção de -18,4% em relação à verificada no primeiro prognóstico. Esse dado vem corroborar com a informação do mês passado, quando se alertava para o fato do produto ser usualmente cultivado na região de cerrados em condição de sequeiro, utilizado para a renovação de pastagens e abertura de áreas, e vem enfrentando dificuldades de expansão devido à maior fiscalização por parte dos órgãos ambientais.

FEIJÃO 1ª safra - O prognóstico para a safra nacional de feijão 1ª safra em 2012 indica uma produção esperada de 1,8 milhão de toneladas, -8,1% aquém da produção alcançada em 2011. A área plantada ou a plantar, de 2,2 milhões hectares, apresenta redução de -4,6%. Os baixos preços praticados com o feijão, ao longo da última safra, e o fato de outros produtos como a soja e o milho apresentarem maiores perspectivas de rentabilidade, são apontados como principais causas que desestimularam os produtores a não ampliarem seus plantios. No Paraná, maior produtor nacional com participação de 23,7%, a área plantada de 255.787 hectares e a produção esperada de 430.063 toneladas são menores que as registradas em igual período do ano anterior, sendo estimadas em -25,7% e -19,4%, respectivamente. Em relação ao levantamento de outubro, com o plantio totalmente concluído em novembro, houve quedas na área (-5,4%) e na produção (-6,2%).

MILHO 1ª safra - Para o milho 1ª safra, espera-se uma produção de 37,1 milhões de toneladas, maior 8,8% que a observada em 2011 devido à expansão de 7,7% na área de cultivo, estimada em 8.267.756 hectares, com um rendimento médio 4.490 kg/ha, -0,8% inferior. O cenário favorável de recuperação dos preços do produto, que veio se consolidando ao longo do ano, fez com que muitos produtores o preferissem, nesse cultivo de verão, em detrimento de outras culturas como o feijão e a soja. Vale salientar que o Paraná, nessa segunda avaliação, consolida a posição, perdida para Minas Gerais em 2011, de maior produtor neste período de plantio com participação de 20,0%, apontando, relativamente a outubro, incrementos na área (1,6%) e produção (1,7%). O milho está sendo o principal responsável pelo aumento da produção esperada de grãos para 2012, mostrado neste levantamento, que passou a contribuir com 1.556.579 toneladas, 4,4% a mais que a informada no mês passado.

SOJA - A produção esperada em 2012 de 73,9 milhões de toneladas soja indica uma variação negativa de -1,3% em comparação ao volume atualmente informado para 2011, porém acrescida em 1,7% quando confrontada à informação de outubro. A área a ser colhida (24,6 milhões de hectares) mostra um crescimento de 2,1%, enquanto o rendimento esperado (3.007 kg/ha) apresenta um decréscimo de -3,4%. O Mato Grosso, maior produtor nacional, ampliou a área de cultivo em 6,9%, sendo estimados 6,9 milhões de hectares plantados para uma produção esperada de 22,0 milhões de toneladas, superior 5,6% à deste ano e 2,8% maior que a informação anterior. No Paraná, segundo produtor, a área plantada de 4.402.682 hectares e a produção esperada de 14.165.344 toneladas são inferiores às de 2011 em -3,8% e -8,2%, respectivamente, e praticamente inalteradas frente a outubro, registrando reduções na área e na produção de -0,1%.

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é uma pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas, cujas informações são obtidas por intermédio das Comissões Municipais (COMEA) e/ou Regionais (COREA); consolidadas em nível estadual pelos Grupos de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA) e posteriormente, avaliadas, em nível nacional, pela Comissão Especial de Planejamento Controle e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias (CEPAGRO) constituída por representantes do IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA).

Em atenção a demandas dos usuários de informação de safra, os levantamentos para Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale) foram realizados em estreita colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra, iniciado em novembro de 2007, para as principais lavouras brasileiras.

Estoques de soja, arroz e café crescem no primeiro semestre



Os resultados da Pesquisa de Estoques do primeiro semestre de 2011 indicam que houve crescimento de 8,9% nos estoques de produtos agrícolas, passando de 41.833.657 toneladas, em junho de 2010, para 45.541.770 toneladas, em junho de 2011.

Os maiores estoques registrados em 30 de junho de 2011 foram soja em grão (27.098.919 t), que cresceram 40,8 %, na comparação junho 2011/junho 2010; seguido pelo milho em grão (7.217.887 t), cujos estoques apresentaram queda de 40,6%, e arroz em casca (6.230.299 t), que teve crescimento de 31,5%. Trigo em grão (2.826.398 t) apresentou queda de 18,3%, nessa comparação, enquanto os estoques do café em grão (804.113 t) cresceram 7,9%.

A pesquisa mostra um acréscimo de 2,8% no número de estabelecimentos ativos, no final do primeiro semestre deste ano frente ao segundo semestre de 2010, contando a rede armazenadora de produtos agrícolas com 9.345 estabelecimentos ativos, dos quais 45,1% na região Sul, 22,5% na região Sudeste, 21,1% na Centro-Oeste, 8,1% na Nordeste e 3,2% na região Norte.

A capacidade útil dos armazéns convencionais, estruturais e infláveis somou 77.023.431 metros cúbicos, sendo que pouco mais de 70,0% estava concentrado nas regiões Sudeste e Sul. Os armazéns graneleiros e granelizados totalizaram 57.274.616 toneladas de capacidade útil, sendo que a região Centro-Oeste deteve 49,0% desta capacidade e a Sul, 33,0%. Os silos para grãos apresentaram 53.305.594 toneladas de capacidade útil total, detendo a região Sul 57,0% deste total e as regiões Centro-Oeste e Sudeste 25,1% e 13,1%, respectivamente.

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