quarta-feira, dezembro 14, 2011

Ambiente protegido = rentabilidade na horticultura

Em 2007, o Brasil possuía 13 mil hectares de ambiente protegido. Estima-se que hoje sejam 17 mil hectares deste tipo de ambiente, conhecido popularmente como estufas agrícolas, segundo dados do Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura (Coblapa). Isto corresponde a um crescimento de aproximadamente 31% em quatro anos. Se juntarmos estes dados aos nove mil hectares com cobertura de solo (mulching) resulta em 26 mil hectares de ambiente protegido, ou seja, 100% de aumento nos últimos quatro anos.

No Brasil, pode-se verificar tal ocorrência principalmente nos Estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais. Mas, em outros locais sua utilização já mostra tendência de incremento. É o caso do Amazonas, principalmente na região de Manaus, onde pesquisadores observaram significativo aumento na área cultivada com hortaliças em condições protegidas, em especial pimentão, alface e coentro.

Também hortaliças como tomate, pepino e rúcula, além de melão e morango, são bastante produzidas no sistema em questão. Há, inclusive, uma tendência de que até as grandes culturas passem a adotar o cultivo protegido, em larga escala, em determinado estágio da planta.

De acordo com os resultados dessa mesma pesquisa, cerca de 70% dos produtores da região nunca tinham produzido hortaliças anteriormente, e a maioria utiliza ambiente protegido com área média cultivada de 0,68 ha por produtor. Esta situação é semelhante à observada em outras regiões brasileiras, onde o cultivo protegido de hortaliças despertou o interesse tanto de agricultores experientes quanto daqueles sem nenhuma experiência agrícola.

Tipos de sistemas

O sistema, que antes era chamado ripado, atualmente foi substituído pelo telado, acompanhado pelas estufas, que induzem ao efeito guarda-chuva e, por fim, a casa de vegetação, que apresenta controle quase total sobre os fatores produtivos.

O objetivo de todos eles é, como o próprio nome sugere, proteger a cultura e produzir com qualidade visando preços diferenciados no mercado. Mesmo com tantas vantagens, o sistema ainda é pouco utilizado, comparando-o ao cultivo a céu aberto. "Em algumas culturas seu uso chega a 5% ou até menos, o que é lamentável visto o potencial da técnica", informa Antonio Bliska Júnior, engenheiro agrônomo, especialista em plasticultura na Unicamp.

Para ele, falta informação para o produtor, que fica às margens da tecnologia, sem muito que fazer.

Utilidade regional

Por ser um país com variações de clima em cada região, a aplicabilidade do cultivo protegido também muda. Por outro lado, em cada situação o sistema exercerá uma função diferente. Na região Sudeste, por exemplo, é desejável a função guarda-chuva. Em outras regiões pode ser objetivo a proteção contra insolação, pragas, doenças, condições de ventos excessivos, entre outros.

"O produtor, e muitas vezes o técnico, não têm conhecimento suficiente para saber de todo o potencial que essa ferramenta possibilita no controle do ambiente. É como ter uma máquina de última geração e utilizar apenas uma ou duas funções dela", compara Bliska.

Como exemplo, no verão, a professora doutora da Faculdade de Ciências Agronômicas - UNESP, Rumy Goto, aponta o aumento da temperatura a ponto de provocar alguns distúrbios fisiológicos nas plantas, provocando abortos de flores e frutos, má formação de frutos, bem como a baixa temperatura no inverno. "Contudo, todos esses fatores podem ser bem monitorados se houver um bom manejo das cortinas, utilização de nebulizadores, sempre com acompanhamento de pelo menos um termômetro de máxima e mínima e também com registro de umidade relativa do ambiente. É o mínimo para que a produção possa ocorrer sem muitos erros", define.

Vantagens

O cultivo em ambiente protegido tem diversas vantagens em relação ao cultivo tradicional, como a proteção das plantas contra as adversidades climáticas (chuvas, granizos e geadas), o aumento da produtividade e a maior eficiência na utilização de água (economia de até 50%) e fertilizantes.

Observa-se também, nesses ambientes de cultivos, redução considerável do ataque de pragas e da incidência de doenças. Além do controle parcial das condições edafoclimáticas, estes ambientes permitem o cultivo em épocas que normalmente não seriam escolhidas para a produção em campo aberto.

FONTE: REVISTA CAMPO E NEGÓCIO

Receita com exportação de grão de café verde cresce 59% até novembro

Cafés solúvel, torrado e moído também apresentaram aumento da receita com exportação

A receita cambial com exportação de café verde apresentou elevação de 59,43% no ano, até novembro, em comparação com o mesmo período de 2010. O faturamento alcançou US$ 7,256 bilhões, ante US$ 4,551 bilhões, conforme relatório da Secretaria de Produção e Agroenergia, do Ministério da Agricultura, com base em números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O volume embarcado no período teve alta de 1,39%, para 1.633.477 toneladas ante 1.611.037 nos primeiros 11 meses de 2010.

O preço médio de exportação teve elevação de 57,24% no período, de US$ 2.825/t para US$ 4.442/t. A receita cambial cresceu entre todos os 15 principais destinos do café verde brasileiro até novembro. Os destaques de alta, em termos porcentuais, foram: Rússia (82,65%), Coreia do Sul (78,97%) e Japão (72,85%).

O principal comprador de café verde brasileiro em 2011, até novembro, em volume, são os Estados Unidos, que apresentaram aumento de 9,18% ante os primeiros 11 meses de 2010. O segundo principal importador foi a Alemanha (queda de 4,17%). Entre os principais compradores, teve crescimento porcentual significativo o volume embarcado para Rússia (16,96%), Coreia do Sul (13,98%) e Países Baixos (13,80%). Em termos porcentuais, houve queda no volume vendido para sete destinos, além da Alemanha: Suécia (-10,61%), França (-7,46%), Reino Unido (-2,24%), Argentina (-1,75%), Canadá (-1,48%), Finlândia (-1,14%) e Itália (-0,79%).

Café torrado e moído

A receita cambial com exportação brasileira de café torrado e moído apresentou elevação de 14,88% no ano, até novembro, em relação ao mesmo período do ano passado. Os industriais faturaram US$ 22,719 milhões, em comparação com US$ 19,776 milhões em 2010.

O país exportou no período 3,188 mil toneladas do produto, com redução de 18,17% em relação ao ano anterior (3.896 t). O preço médio da tonelada no período ficou em US$ 7.126/t, ante US$ 5.076/t, representando elevação de 40,39%.

Os Estados Unidos foram o principal destino do café processado brasileiro, com aumento de 25,67%, em termos de receita. O segundo principal mercado é a Itália (+30,67%), seguida de Japão (+9,44%) e Argentina (-18,23%).

Café solúvel

A receita cambial com exportação de café solúvel apresentou elevação de 23,63% no ano, até novembro, em relação ao mesmo período de 2010. Os industriais faturaram US$ 590,408 milhões, em comparação com US$ 477,555 milhões entre janeiro e novembro do ano passado.

O país exportou no período 70,735 mil toneladas, com aumento de 2,04% em relação a 2010 (69.321 t). O preço médio da tonelada ficou em US$ 8.347/t, ante US$ 6.889/t em 2010, representando elevação de 21,16%.

Os Estados Unidos foram o principal do destino do café processado brasileiro nos primeiros 11 meses do ano, com elevação de 33,30% em termos de receita sobre 2010. Mas também foi significativo o aumento da receita, em termos porcentuais, para Finlândia (286,63%), Indonésia (131,79%) e Coreia do Sul (104,73%). Entre os 15 principais destinos do café processado brasileiro, apenas três países tiveram redução em receita cambial. O desempenho foi negativo para Reino Unido (-37,96%), Mianmar (-2,48%) e Chile (-2,28%).

O principal comprador de café solúvel brasileiro nos primeiros 11 meses do ano, em volume, também foram os Estados Unidos, que apresentaram queda de 0,72% ante 2010. O segundo principal importador foi a Rússia (-6,73%). Em termos porcentuais, houve aumento significativo no volume vendido para Finlândia (185,14%), Indonésia (93,50%) e Coreia do Sul (63,77%). O volume embarcado reduziu para quatro destinos (além de Rússia e Estados Unidos), entre os 15 principais mercados: Reino Unido (-50,30%), Mianmar (-21,58%), Chile (-21,54%) e Alemanha (-8,50%).

FONTE: AGENCIA ESTADO

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