terça-feira, janeiro 31, 2012

Agronegócio acredita que 2012 será melhor que 2011

A pesquisa foi feita há cerca de dez dias com uma amostra de 100 pessoas ligadas à cadeia do agronegócio, sendo 55% produtores, 25% consultores e 20% fornecedores de insumos e distribuidores


A 1ª Sondagem de Expectativas para o Agronegócio, divulgada nesta segunda-feira (30) pela Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), aponta otimismo do setor para o ano de 2012: 67% dos entrevistados acham que o ano será melhor do que 2011.

A pesquisa foi feita há cerca de dez dias com uma amostra de 100 pessoas ligadas à cadeia do agronegócio, sendo 55% produtores, 25% consultores e 20% fornecedores de insumos e distribuidores.

O diretor técnico da SNA, Fernando Pimentel, disse que a manutenção dos preços e as condições de clima favoráveis para a safra de verão justificam o otimismo. “Salvo o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, o sul de Mato Grosso do Sul e o oeste do Paraná, basicamente o Brasil, de uma maneira geral, está produzindo muito bem. Vai ser uma safra muito boa, embora com redução de soja e milho”, declarou. Ele ponderou, contudo, que os preços agrícolas estão se mantendo, permitindo que a renda no campo também se mantenha.

Pimentel lembrou que o governo federal já sinalizou a possibilidade de estender alguns benefícios, como renegociação e alongamento de dívidas. “Se você olhar no cômputo geral a safra brasileira, ela sinaliza um ambiente de otimismo, independentemente desses problemas de clima localizados”. Eles podem trazer preocupação par a safra de inverno de trigo, de aveia e milho segunda safra. “Mas, de maneira geral, os sinais são bem positivos”.

A infraestrutura e a logística de transporte e a comercialização são os principais obstáculos para o desenvolvimento do setor nacional, de acordo com 97% dos consultados. “Somos muito eficientes da porteira para dentro, mas nossa infraestrutura não acompanhou o ritmo de crescimento da produção”, avaliou o presidente da SNA, Antonio Alvarenga. Para ele, isso prejudica a competitividade do produto brasileiro no exterior e contribui para diminuir a renda dos produtores.

Um total de 71% dos representantes da cadeia do agronegócio brasileiro demonstrou preocupação também com o cenário internacional, em especial a Europa e China, para onde são destinados, respectivamente, 25% e 17% das exportações do setor nacional. Fernando Pimentel ressaltou que em função da crise mundial, poderá ocorrer problemas na oferta de recursos para a agricultura no Brasil, “principalmente nas linhas de financiamento à exportação”. Mas não será nada de grande envergadura porque as commodities agrícolas são essenciais, “principalmente as que o Brasil produz”.

Ele analisou que a crise vai afetar o ambiente de crédito e de consumo de bens de capital, “mas eu não vejo ninguém deixando de comer na Europa ou na China”. Pimentel destacou que mesmo na crise de 2008, o produtor brasileiro não sofreu reflexos negativos. Como a agricultura trata de bens essenciais, admitiu que poderá haver um pequeno recuo na curva de crescimento das exportações de alimentos brasileiros para a União Europeia ou China, mas assegurou que “não há como abrir mão dos insumos essenciais que o Brasil produz para a alimentação”.

Câmbio (80%), burocracia (82%) e juros (68%) também foram apontados na sondagem entre os obstáculos ao desenvolvimento do agronegócio, superando as tradicionais reclamações do setor, entre as quais falta de crédito e de apoio do governo. A pesquisa traz como novidade a crescente preocupação do setor com a falta de mão de obra qualificada, citada por 66% dos entrevistados.

FONTE: AGROLINK

sexta-feira, janeiro 27, 2012

Quebra na safra de verão chega a R$ 2,89 bi no RS

Perdas do milho são irreversíveis, mas ainda há esperança para soja

Na tarde dessa quinta-feira (26), o presidente da Emater/RS, Lino de David, e o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do RS (SRD), Ivar Pavan, divulgaram a estimativa de safra das principais culturas de verão no Estado. Segundo os dados levantados pela Gerência de Planejamento da entidade, os produtores de feijão, milho, arroz e soja contabilizaram perdas de R$ 2.892.889.801,03 em relação à estimativa inicial, e R$ 4.559.355.890,67 em relação à safra passada.

As estimativas se baseiam em dados coletados entre os dias 16 e 25 de janeiro, em um universo que abrange 97% da área cultivada com milho e soja no Estado, 87% da área de arroz e 75% de feijão. Pavan destacou que a abrangência da pesquisa - 411 municípios -, somada à experiência da Emater no levantamento de informações, procedimento realizado quinzenalmente desde a década de 70, reforça a precisão dos números divulgados. “Estes são os dados oficiais do governo”, disse.

Milho
Como a estiagem começou no mês de novembro, quando as espigas estão se desenvolvendo, as lavouras de milho foram as mais atingidas. A produção não deve ultrapassar 3,08 milhões de toneladas, o que representa queda de 46,63% em relação à safra passada (5,78 milhões t). Com quebra de até 69% na região administrativa de Ijuí (10,64% da produção do RS) e 59% na região administrativa de Passo Fundo (25,97% da produção estadual), o grão contabilizou um prejuízo R$ 988.305.344,50 em relação à estimativa anterior. Para Pavan e David, as perdas são irreversíveis.
Hoje, 20% das lavouras de milho estão em desenvolvimento vegetativo, 16% em floração, 29% em enchimento de grãos, 18% maduras e 17% já colhidas.
Uma das alternativas encontradas pelos produtores para a cultura é aproveitar as sementes e os insumos que ainda têm para plantar o grão e usar na alimentação animal.

Soja
Já a situação da oleaginosa pode melhorar. Diferente da estiagem de 2005, quando ocorreu durante os meses do desenvolvimento da soja, este ano ela atingiu o Estado antes desta fase. As precipitações das próximas semanas determinarão a produtividade final da cultura, já que 13% da área cultivada está em fase de enchimento de grãos e 47% em floração. “As maiores perdas estão nas variedades precoces, que já estão aflorando”, avalia o presidente da Emater/RS.
Na soja, a quebra é de 22,33% em relação à estimativa inicial. A produtividade média, até o momento, é de 1.948 kg/ha, e a produção não vai ultrapassar oito milhões de toneladas. A região administrativa de Ijuí (23,3% da produção estadual) teve quebra de 26,4%, e Santa Maria (18,96% da produção do RS) contabilizou -32,7%. O impacto econômico foi de R$ 1.627.452.878,33 em relação à estimativa inicial.

Feijão 1a safra
O feijão da primeira safra registrou uma queda de 6,47% em relação à estimativa inicial, e não deve passar de 76.357 toneladas. De acordo com os técnicos, essa diferença poderia ser maior se não fosse a alta de 65,21% esperada na região administrativa de Caxias do Sul (19,73% da produção estadual). Atualmente, 62% da área já foi colhida, tendo ainda 28% já maduras e por colher.
A região administrativa de Santa Maria (15,45% da produção estadual) teve 39,77% de quebra, além de Lajeado e Porto Alegre (8,82% e 8,88% da produção do RS respectivamente), que perderam 41,49% e 48,37%. O impacto econômico foi de R$ 7.450.261,00.

Arroz
A cultura menos impactada pelo clima é a do arroz, que, devido à irrigação, mantém a produtividade média em 6.861 kg/ha, rendimento que projeta uma produção total de 7,53 milhões de toneladas para esta safra, marcando uma diferença de –6,62% em relação à estimativa inicial. O secretário adjunto de Agricultura, Pesca e Cooperativismo, Cláudio Fioreze, destaca que a redução na produção em 2012 ocorre basicamente nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Bagé e Santa Maria (8,94% e 9,01% respectivamente). “Em Bagé houve uma redução na área plantada, e, em Santa Maria, a estiagem provocou queda na reserva de água em algumas bacias”, pondera.

Ações
Entre as ações do governo para reduzir os prejuízos está o repasse de R$ 51 mil a todos os municípios que decretaram situação de emergência, para ações emergenciais de abastecimento de água para as comunidades, através de caminhões pipa, revitalização de poços e cestas básicas para as famílias em situação de insegurança alimentar.

FONTE: AGROLINK

CMN autoriza renegociação de crédito rural para custeio

Regras ampliam prazos para agricultores afetados pela seca nos estados do Sul

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira, 26 de janeiro, durante reunião ordinária, a renegociação de operações de crédito rural de custeio e a ampliação de prazos para quitação de parcelas de investimentos. Os beneficiados com as novas regras são os produtores dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, atingidos pela estiagem.

Foi autorizada a renegociação de operações de crédito rural de custeio e investimento para produtores rurais que tiveram prejuízos em decorrência da estiagem no Sul. Assim, os produtores rurais situados nos municípios com decretação de situação de emergência ou calamidade pública, reconhecida pelo governo federal e cuja renda, preponderantemente, de milho, soja e feijão seria utilizada para pagar dívidas de crédito rural, terão postergado o prazo de pagamento para 31 de julho de 2012. Isso apenas será possível para as parcelas com vencimento entre 1º de janeiro e 30 de julho deste ano, referentes a operações de custeio da safra 2011/2012, de custeios prorrogados de safras anteriores, desde que não cobertos por seguro agropecuário, e parcelas de investimentos. Para os produtores com perdas acima de 30%, o prazo será definido em função do percentual de perdas efetivas apresentadas por cada produtor.

O segundo voto instituiu a linha emergencial de crédito, no valor de R$ 200 milhões, para as cooperativas refinanciarem as dívidas de produtores rurais. A medida vale para aqueles que estão situados nos municípios com decretação de situação de emergência ou calamidade pública reconhecida pelo governo federal em decorrência da estiagem e cuja renda preponderantemente de milho, soja e feijão seria utilizada para pagamento de insumos. Isso será feito por meio do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro), utilizando recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O crédito terá prazo de até cinco anos, com taxas de juros de 6,75% ao ano e limitado a R$ 10 milhões para cooperativas, não podendo ultrapassar R$ 40 milhões por associado ativo.

Outra medida importante do pacote antisseca que foi aprovada diz respeito ao reembolso do financiamento destinado à aquisição de implementos agrícolas isolados novos, de quatro anos para oito anos, previsto no Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Para o diretor do departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, as medidas são importantes porque dão tranqüilidade aos produtores na condução das suas atividades. “Ameniza o problema do produtor, evitando decisões precipitadas ao melhorar a sua liquidez para o cultivo das safras futuras”, enfatizou o diretor.

FONTE: MINISTERIO DA AGRONEGOCIO

Field Tour 2012

O segundo Field Tour 2012 foi realizado ontem (dia 26/01/2012) na região de Araguari/MG. Agradeçemos a filial de Araguari pelo desempenho, aos 15 produtores de auto nível que compareceram e ao Alan Pagnoncelli (marketing soja da Syngenta) que esteve presente.

Segue abaixo as fotos.

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Mamata no campo

Xico Graziano

O baque financeiro da Europa está, obviamente, afetando seus negócios produtivos. Sabe-se que haverá um empobrecimento generalizado por lá. Pode-se imaginar, porém, que a agricultura europeia, acomodada historicamente pelos subsídios, se rejuvenescerá nesse doloroso processo. Crise, sempre, abre novas oportunidades de progresso.

Criada como um dos três pilares iniciais da então Comunidade Europeia, a Política Agrícola Comum (PAC) vigora desde 1962. Sua formulação básica oferecia subsídios variados aos produtores rurais visando a assegurar o abastecimento e, ademais, garantir a renda rural. Fazia todo o sentido. A segurança alimentar representava um desejo básico da população, obrigada durante a guerra a dividir o bife do almoço. Quando ele existia.

Apoiando fortemente os seus agricultores, os europeus viram florescer o campo. As políticas de bem-estar social puderam contar com a fartura da mesa, e ainda sobrava comida. Cresceram os estoques de leite em pó e manteiga, açúcar de beterraba e cereais. Os rebanhos bovino e ovino multiplicaram-se. A horticultura deslanchou. E a Europa tornou-se uma grande exportadora agrícola.

No final da década de 1980, entretanto, o protecionismo agrícola europeu começou, por várias razões, a ser questionado. Primeiro, no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), recebia contestação dos países emergentes, como o Brasil, que queriam derrubar as barreiras comerciais e abrir os mercados para vender seus produtos. Segundo, internamente, os subsídios e os estoques oneravam em demasia o orçamento público comum, representando até 70% de seus gastos. Terceiro, os consumidores europeus perceberam que produtos do exterior poderiam, sem as barreiras, chegar mais baratos ao supermercado.

A política europeia para a agricultura começou a ser revisada em 1992. Alguns mecanismos regulatórios foram afrouxados, abrindo frestas para importações - frutas, carnes, açúcar - que favoreciam os consumidores. Mas as transferências diretas de recursos, que ainda representavam metade do orçamento da União Europeia (UE), contavam com a ferrenha defesa das entidades rurais, lideradas por França e Alemanha. E na opinião pública do Primeiro Mundo, ao contrário do Brasil, quando os ruralistas se manifestam, recebem simpatia da população.

A razão é simples: ao permanecerem pastoreando e cultivando suas terras, como ancestralmente o faziam, os antigos camponeses deixam de migrar para competir com o saturado emprego urbano. Com a população estabilizada, permanecer na terra equilibra a sociedade. Assim, e recheando os valores tradicionais com a modernidade da questão ecológica, os formuladores da nova PAC europeia bolaram o conceito da "multifuncionalidade rural".

Significa o quê? Um reconhecimento de que os agricultores, além de produzirem alimentos e matérias-primas, são importantes também por preservarem os costumes do campo e manterem a paisagem rural. Dessa forma, além dos subsídios na produção, os agricultores passaram a ser remunerados pelo serviço que prestam ao ambiente, natural e modificado, do interior de sua nação. Valor das comunidades locais.

Boa parte da população da Europa vive fora dos grandes centros urbanos. Tais regiões onde o campo se urbanizou, denominadas por alguns estudiosos como rurbanas, são adoradas pelos moradores das cidades, que as defendem politicamente. O bucolismo do campo favorece o turismo e a culinária, valoriza o modo de vida típico do europeu tradicional, agrega as benesses da modernidade e da comunicação.

As modificações na política agrícola protecionista mostraram-se relativamente positivas. Rebaixaram o custo dos subsídios para o nível médio de 42% do orçamento comum da UE. Excluíram a garantia de preços mínimos, substituída por pagamentos diretos aos produtores. Os estoques caíram, pois, afinal, os agricultores passaram a receber uma ajuda de custo - justificada pela multifuncionalidade - sem correspondência com o nível da produção. E se acostumaram com isso.

Esse acabou se tornando um grande problema da agricultura europeia. Seus excelentes produtores rurais envelheceram e se tornaram, em certo sentido, preguiçosos. Se a vaca dá pouco ou muito leite, pouco importa, ele recebe ajuda de custo por animal, do mesmo jeito. Há um agravante: os subsídios distribuem-se desigualmente entre os pequenos agricultores e os mais ricos, integrados nas grandes corporações do setor de alimentos.

Resultado: com o passar do tempo a UE tornou-se uma grande importadora de alimentos. Agora, com a crise financeira cortando as regalias da economia, tornar-se-á mais difícil manter os subsídios agrícolas, que, embora protejam o sistema agroambiental, sustentam um sistema produtivo ineficiente, incapaz de concorrer no mundo globalizado.

Um choque de gestão começa a varrer a agricultura europeia. Algo parecido acomete a agricultura russa, animada após uma década de fracasso desencadeada com o fim da União Soviética. Em Cuba também se procuram formas de estimular a produção rural, aniquilada pelo decadente socialismo castrista. Na China a modernização do campo vai a fórceps.

No Brasil, enquanto os europeus se acomodavam, os agricultores viravam-se por conta própria para vencer as agruras da lide rural. Alguns permaneceram reclamando contra o governo, e quebraram. A maioria investiu em tecnologia e se tornou empreendedora, na marra. Venceu na dificuldade.

Em Vozes da Seca cantava o saudoso Luiz Gonzaga: "Seu dotô, uma esmola a um homem qui é são/ ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão". Não apenas no campo, mas alhures, a mamata pública destrói a inovação. Compromete o futuro.

FONTE: NOTICIAS DO DIA

Field Tour 2012

Ontem (dia 24/01/2012) começamos o Field Tour 2012, com a finalidade de divulgar os materiais que foram plantados na região. A primeira região foi a de Capinópolis/MG.
Agradecemos aos consultores, colaboradores da filial de Capinópolis e aos mais de 35 produtores que estavam presentes.

Segue abaixo as fotos.

Aumenta a ocrrência de acaro na região dos chapadões

O pesquisador Dr. Germison Tomquelski, responsável pelo setor de entomologia da Fundação Chapadão, afirma que nesta safra 2011/2012 uma das pragas que vem sendo observada com maior frequência nas lavouras de soja são os ácaros, um problema novo para alguns produtores, no entanto com ocorrência, já há alguns anos em algumas regiões do Brasil




De modo geral os ácaros perfuram as células e se alimentam do líquido exsudado, através da bomba faringeana que promove a sucção do líquido para o seu interior. O início do ataque pode ocorrer próximo às nervuras dependendo o tipo de ácaro, ou mesmo quando do aumento da população entre as nervuras. Normalmente na face inferior dos folíolos das plantas de soja, provocam alterações fisiológicas nas folhas e plantas, desfolha prematura, e levando a queda em produtividade. O pesquisador cita que a praga quando não controlada no momento oportuno poderá causar percas de 5 à 30%, em infestações de 11 à 30 ácaros por folíolo no estádio de R5.1.

Tomquelski afirma que o manejo de ácaros é muito difícil, por que quando são detectadas normalmente se encontram em altas populações, dificultando o controle, e aliado a este fato, os acaricidas não conseguem eliminar totalmente a população, por outro lado os ácaros apresenta alta taxa de reprodução podendo voltar a altas infestações, e dependendo das condições climáticas que podem aumentar e muito a população. Aplicações desordenadas de piretróides e outros organofosforados podem resultar em altas populações dos ácaros, assim o seu uso deve estar condicionado às fases finais do cultivo, após o florescimento, visto que são bons produtos para o controle de percevejos, no intuito de preservar os ácaros predadores como fitoseideos e outros. Os resultados têm demonstrado que aplicações sequenciais têm proporcionados bons controles dependendo do acaricida. Alguns podem ainda quebrar o ciclo da praga por agir em diversas fases do ciclo dos ácaros. Vale lembrar ainda que poucos são os acaricidas registrados para a cultura da soja. A tecnologia de aplicação é fundamental no sucesso do manejo destas pragas.

FONTE: FUNDAÇÃO CHAPADÃO

terça-feira, janeiro 24, 2012

As melhores opções para plantio da safrinha

As culturas exploradas na safrinha são: o milho, em maior predominância, o sorgo granífero, o sorgo forrageiro, o sorgo duplo propósito, o girassol, o feijão, a canola, o amendoim, o arroz e o milheto, variando de região para região a percentagem de área ocupada por cada uma.

O milho "safrinha" é definido como milho de sequeiro cultivado extemporaneamente, de janeiro a abril, quase sempre depois da soja precoce, na região centro-sul brasileira, envolvendo basicamente os estados de PR, SP, GO, MT, MS e, mais recentemente, MG. Também já existem alguns resultados bem sucedidos do plantio de milho safrinha em Tocantins, Maranhão e Piauí.

Os pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, José Carlos Cruz e Israel Alexandre Pereira Filho, informam que o plantio da safrinha apresenta como vantagens a possibilidade do uso mais racional dos fatores de produção (terra, máquinas, equipamentos e mão de obra) em período ocioso do ano; preço geralmente maior do cereal na safrinha do que na safra normal; menor custo de produção, além de falta de alternativas mais seguras e rentáveis para a época.

Contudo, em relação ao último plantio de safrinha no País, "os produtores tinham a expectativa que as chuvas se estendessem na mesma proporção do atraso do período chuvoso. Com isso, as lavouras semeadas fora da janela, após o final de fevereiro, enfrentaram as adversidades climáticas para a cultura, embora normais para a época do ano", avaliam os especialistas da Embrapa.

Fatores que afetam a produção e a produtividade da safrinha

Basicamente, apontam José Carlos e Israel Filho, os fatores de clima e solo que afetam o rendimento da safrinha são:

Ocorrência de geada: quanto mais ao sul do Brasil, maior o risco de perdas por geadas a partir do final de maio, principalmente nas regiões de maior altitude, em que o milho safrinha deve ser semeado primeiro (até janeiro ou primeira quinzena de fevereiro). Ressalte-se que em semeaduras realizadas muito cedo (dezembro e janeiro), em decorrência de temperaturas muito elevadas e/ou veranicos frequentes em abril/maio, podem aumentar os riscos de frustração de safra.

Seca: nas regiões mais ao norte (Goiás e Mato Grosso, por exemplo), o fator mais crítico é a disponibilidade de água no solo nos estádios finais de desenvolvimento devido ao inverno mais seco, sendo o efeito da altitude inverso ao relatado anteriormente: quanto mais alto, mais amenas as temperaturas e, consequentemente, menores as perdas de água por evapotranspiração, permitindo semeaduras um pouco mais tardias (geralmente até o final de fevereiro).

Características do solo: como um dos fatores mais críticos para a safrinha é a disponibilidade de água no solo nos estádios finais de desenvolvimento devido ao inverno seco, a época de semeadura é menos flexível nos solos arenosos em comparação aos argilosos, devido à menor capacidade de água disponível.

Acrescenta-se que os solos argilosos geralmente têm melhor fertilidade natural, permitindo o desenvolvimento mais vigoroso das raízes. Obviamente, sistemas de manejo de solo como o plantio direto, que promove maior disponibilidade de água para as plantas, favorecem o plantio de milho safrinha.

O efeito das geadas é proporcional à época de ocorrência, ou seja, o estádio de desenvolvimento em que se encontra a cultura. Depende também da intensidade (temperatura mínima) e duração do frio (número de horas com temperatura abaixo de 1 a 2ºC no abrigo meteorológico).

"Obviamente que dentro da mesma microrregião, o efeito das geadas pode ser mais intenso nas baixadas e/ou proximidades de córregos devido ao acúmulo de ar frio, exceto em áreas adjacentes às represas, porque a água fornece calor para o ar ambiente", avaliam os pesquisadores.

Sementes - por onde tudo começa

A escolha das sementes é uma das principais etapas para o sucesso da lavoura. Por isso, Glauber Silveira da Silva, presidente da Aprosoja Brasil, atenta para os seguintes itens:

· Procedência da sementeira: verificar se as sementes advêm de empresas credenciadas para a venda - fator esse tido como primordial.


· Qualidade da semente: observar os resultados dos testes de qualidade fornecidos pelo sementeiro, presentes no Atestado de Garantia de Semente.

· Armazenamento das sementes: verificar como as sementes estão armazenadas e se o local apresenta perfeitas condições de umidade e temperatura.

"Ao chegar à propriedade, o produtor deve manter as sementes nas mesmas condições adequadas para manter a qualidade e, claro, realizar testes de qualidade. O produtor deverá analisar as sementes antes de plantá-las, podendo encaminhar a um laboratório de análises ou fazer o simples teste do canteiro, plantando algumas fileiras a campo para verificar a emergência", ensina o presidente da Aprosoja.

Opções variadas

Segundo os pesquisadores da Embrapa, José Carlos e Israel Filho, todas as cultivares de milho safrinha, com raríssimas exceções, também são cultivadas em condições de verão. "Mas, apenas parte das cultivares presentes do mercado é adaptada às condições ambientais de safrinha. O ciclo é uma característica importante a ser considerada na escolha das cultivares", pontuam.

Aliadas ao ciclo, características fundamentais a serem também consideradas são: maior estabilidade produtiva e resistência às principais doenças prevalecentes na região, maior tolerância ao acamamento e quebramento de plantas e maior sanidade de grãos.

Obviamente que todos esses fatores devem estar atrelados ao potencial produtivo. De acordo com dados levantados pela Embrapa Milho e Sorgo, há predomínio da utilização de híbridos simples de alto potencial genético que representam cerca de 60% das sementes, plantadas tanto na safra como na safrinha. No entanto, é fundamental utilizar um sistema de produção com nível tecnológico adequado para que essas sementes possam mostrar o seu potencial produtivo e o agricultor obtenha maior lucro.

Geralmente, à medida que a semeadura é atrasada, menor será o potencial produtivo e maior o risco de perdas, devendo-se reduzir os investimentos em cultivares, optando-se pelos híbridos triplos e duplos de menor custo.

FONTE: REVISTA CAMPO E NEGOCIOS

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Café: Consumo mundial deve manter crescimento de 1,5% ao ano em 2012

A OIC (Organização Internacional do Café) informou que o consumo mundial por café não deverá ser reduzido por conta da desaceleração de algumas importantes economias mundiais e que manterá o crescimento anual de 1,5% em 2012. Em 2011, o consumo do produto foi de 137 milhões de sacas, já em 2010, foram consumidas 135 milhões de toneladas.

"Nós vimos o café muito resistente à atual crise", disse diretor executivo da OIC, Robério Oliveira Silva. Para o diretor, o café vem registrando um crescimento "fenomenal" da demanda no longo prazo, com o impulso de países produtores e mercados emergentes, como a Índia, por exemplo.

A estimativa é de que a produção mundial também registre um incremento, por conta do ano de safra cheia no Brasil, e chegue a 132,4 milhões de sacas.

No Brasil, a colheita deverá crescer para 50,6 milhões de sacas no ciclo 2012/13, acima das 43,5 milhões de sacas vistas em 2011/12. Desse volume, quase 33 milhões de sacas devem ser exportadas.

Porém, mesmo com isso, o nível dos estoques mundiais não deve subir acentuadamente em 2012/13 por causa da safra melhor esperada para o Brasil, explicou Silva.

"Eles, o Brasil, virão ao mercado com uma safra que fica absolutamente dentro das necessidades do mercado", informou o executivo da OIC. "Eu discordo totalmente das visões sobre um salto forte dos estoques, ainda que o mercado venha dizendo isso há algum tempo."

FONTE: NOTICIAS AGRICOLAS

Projeto obriga governo a dar preferência a produtos da agricultura familiar

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2588/11, apresentado pelo deputado Marcon (PT-RS), que obriga órgãos públicos que fazem compras regulares de alimentos a adquirirem no mínimo 30% desses produtos de agricultores familiares. O projeto dispensa licitação para a compra desses alimentos, desde que os preços sejam compatíveis com os vigentes no mercado local.

As compras de merenda escolar feitas com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) já são feitas dessa maneira, e o deputado quer estender a medida, criada pela Lei 11.947/09, a outros órgãos, como, por exemplo, quartéis e estabelecimentos prisionais. “As compras governamentais constituem instrumento frequentemente usado, inclusive em outros países que também adotam economia de mercado, para incentivar setores considerados prioritários para o desenvolvimento econômico e social”, defende o parlamentar.

A dispensa de licitação é justificada nos dois casos pela burocracia que poderia afastar os agricultores e suas associações.

O percentual de alimentos a ser comprado só poderá ser reduzido ou ignorado caso não seja possível o fornecimento regular dos produtos, os produtores não possam emitir notas fiscais, ou se os alimentos não tiverem condições sanitárias apropriadas.

A proposta altera a Lei 11.326/06, que estabelece a Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais.

Tramitação

A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será analisada pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Íntegra da proposta:

PL-2588/2011

FONTE: AGÊNCIA CÂMARA DE NOTICIAS

sexta-feira, janeiro 20, 2012

Excesso de chuva compromete plantações de soja em MG

O excesso de chuva está comprometendo as plantações de soja em algumas propriedades de Minas Gerais. A umidade favoreceu o ataque de fungos, como o mofo branco, em lavouras do sudoeste do estado.
A soja plantada há dois meses e meio pelo agricultor João Martins em Lagoa Formosa, no Alto Paranaíba, está na fase de enchimento dos grãos. O produtor, que ficou surpreso com a quantidade de vagens por planta, esperava colher cerca de 60 sacas por hectare. Mas, por causa do excesso de chuva nos últimos dias, a plantação está sofrendo com o ataque do mofo branco, o que deve provocar queda na produtividade.
De acordo com o agrônomo Bruno Fernandes, a praga causa mais prejuízos na etapa de enchimento dos grãos. “Esse excesso de chuva tem prejudicado a gente a entrar na lavoura para fazer o controle químico. O excesso de umidade no chão é favorável para a presença do mofo branco, que começa no caule e vai estendendo na vagem. Como a gente tem uma presença muito grande de vagens, isso está causando um dano muito grande”, explica.
O agrônomo diz ainda que as lavouras também estão sofrendo com a falta de sol. “Em um mês choveu mais de 600 milímetros. O que a gente precisava em todo o ciclo da soja choveu praticamente em um mês. Esse excesso de chuva reflete na falta de luminosidade, que é muito importante para a cultura da soja”, completa Fernandes.
A situação ocorre nos 170 hectares que o produtor Henrique Borges, plantou há pouco mais de um mês. A falta de luminosidade deixa as folhas amarelas e a planta não se desenvolve bem.
O excesso de chuva causa problemas às lavouras de soja do Mato Grosso. A colheita atrasou porque, com o solo encharcado, as máquinas ficam paradas.
A colheita começou no inicio de janeiro na fazenda em Primavera do Leste, mas como o tempo não ajudou muito as máquinas ficaram pelo menos duas semanas paradas. Apenas 80 dos 500 hectares foram colhidos. Apesar do atraso, a expectativa é de um bom resultado da lavoura, em torno de 55 sacas por hectare.
A soja da propriedade de Frankie Martagnari já foi dessecada e o maquinário entrou em campo com atraso de uma semana. O produtor espera retirar 45 mil sacas dos 750 hectares cultivados. “A gente pegou um preço na faixa de R$ 40 e foi comercializado 30% da safra”, diz.
O início do ano foi de muitas chuvas na região sul do estado. Os produtores esperam que o sol apareça para que a colheita prossiga. A região da Grande Primavera, da qual fazem parte sete municípios, deve produzir cerca de 70 mil toneladas nesta safra dos 587 mil hectares plantados.

FONTE: NOTICIA DO DIA

Brasil pode se tornar líder mundial na produção de alimentos, dizem especialistas

A Agência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) afirma que pode faltar alimento no mundo em 2050, a menos que a produção de grãos aumente em um bilhão de toneladas e a de carne em 200 milhões de toneladas. Especialistas apontam que o Brasil tem potencial para suprir parte da demanda e, caso amplie os investimentos em áreas estratégicas, poderá se tornar líder na produção mundial de alimentos. A estimativa do governo federal é de crescimento de 23% na produção de grãos e 26% na de carnes no país até 2050, conforme o coordenador de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasquez.

"Os agricultores estão fazendo a parte deles, fazendo grandes investimentos. Aquilo que depende deles, então fazendo, em termos de conservação de estradas. Mas o governo vai ter que fazer a parte dele também", aponta.

Em 2011, o mundo alcançou sete bilhões de habitantes. Até 2050, a estimativa é chegar a nove bilhões. De acordo com o economista Newton Marques, a falta de uma política concreta de preços mínimos é um dos entraves para o crescimento da produção.

"É preciso ter uma política que leve em conta a questão dos estoques reguladores. Sai muito caro para o governo fazer estoques e mais caro para a sociedade, se não fizer", explica.

O sociólogo Sérgio Sauer lembra ainda que a alta na produção depende de um melhor aproveitamento das terras disponíveis.

"O Brasil tem uma extensão enorme e metade das terras é usada para a pecuária, com nível baixo de utilização ou de produtividade. Seria fundamental repensar a pecuária como atividade e a liberação de parte destas terras para a produção de alimentos", diz.

No campo, a escassez pode virar oportunidade. O produtor rural Derci Cenci afirma ter visto a safra de grãos crescer 15% em sua propriedade no último ano. Os lucros, no entanto, poderiam ser maiores, segundo ele.

"Por não termos estrada de melhor qualidade, a produção chega a ficar até 10 dias nos armazéns. Ou você vai colher um produto perecível. Ficando três ou quatro dias na roça com essa quantidade de chuvas que temos aqui, o produto é prejudicado e você acaba perdendo na quantidade da produção e na qualidade", salienta.

FONTE: NOTICIA DO DIA

sexta-feira, janeiro 13, 2012

Produtores redobram monitoramento contra ferrugem asiática

A Aprosoja/MT alerta todos os produtores quanto ao aumento diário de casos da ferrugem asiática nas lavouras de soja no estado. Em apenas uma semana os números de focos aumentaram significativamente e nesta quinta (12.01) o sistema de alerta do Consórcio Nacional Antiferrugem já havia registrado 24 casos em todo o Mato Grosso

Preocupada com a disseminação da doença e os impactos que ela pode trazer à safra de soja, a Aprosoja ampliou o Projeto Antiferrugem, com a instalação de mais um mini-laboratório instalado em Campos de Júlio.

De acordo Nery Ribas, gerente técnico da Aprosoja, diante do aumento do número de focos da ferrugem asiática, o produtor precisa estar atento ao combate e prevenção em meio às chuvas neste período de início da colheita. “A palavra chave nesse momento é monitoramento. O produtor precisa fazer um monitoramento efetivo, com acompanhamento diário da lavoura para evitar maiores prejuízos.”

Em Mato Grosso, os "estádios" da doença variam dos níveis R-1 ao R-5, essa nomenclatura representa a fase do desenvolvimento do fungo na planta atingida.

Para o vice-presidente da Aprosoja na Região Oeste, Alex Utida, a aplicação incorreta do fungicida está diretamente ligada à proliferação da ferrugem nas lavouras mato-grossenses. “É preciso ter cuidado. O produtor tem que fazer as aplicações corretamente e tomar todas as precauções para evitar que essa doença se espalhe ainda mais”.

Ainda de acordo com Utida, produtores que economizaram na aplicação do defensivo estão registrando prejuízos na produtividade do grão. “Já temos registrado algumas perdas em relação à produtividade na colheita. Se compararmos áreas em que o produtor economizou na aplicação com locais onde a aplicação foi feita corretamente temos dados que apontam queda de aproximadamente 15 a 20 sacas por hectare.”

PROJETO ANTIFERRUGEM

Nesta safra, o Projeto Antiferrugem possui 11 mini-laboratórios instalados em cidades núcleos da Aprosoja. O intuito é monitorar da incidência da ferrugem da soja, auxiliando o produtor na identificação da doença. Os mini-laboratórios são equipados com lupas digitais de aumento de 200X e conta ainda com um técnico capacitado para identificar as doenças.

O Projeto Antiferrugem da Aprosoja/MT conta nesta safra 2011/2012 com a parceria da Embrapa, do Consórcio Antiferrugem e com a Basf, que cederá as lupas digitais (Digilab).

Municípios Participantes: Querência, Canarana, Nova Xavantina, Gaúcha do Norte, Campo Verde, Jaciara, Rondonópolis, Alto Taquari, Tapurah, Vera e Campus de Júlio.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGOCIO

quarta-feira, janeiro 11, 2012

Café: número de propriedades certificadas em Minas aumenta 19%

A cafeicultura mineira teve mais um ano de resultados positivos, principalmente com as vendas externas, e o setor procura se fortalecer para exportar mais e atender ao mercado interno com produtos de qualidade. O número de propriedades cafeeiras aprovadas para certificação no Estado subiu para 1.438, um aumento de 19% em relação ao ano anterior, informa a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Conforme explica o assessor especial de Café da Seapa, Níwton Castro Moraes, a certificação de propriedades cafeeiras é realizada por meio do Certifica Minas Café. “Trata-se de um Programa Estruturador do governo estadual, executado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e pela Emater-MG, instituições vinculadas à Secretaria, com o objetivo de possibilitar o crescimento da participação da produção nos mercados nacional e internacional”, diz Moraes.

A certificação atesta a conformidade das fazendas produtoras com as exigências do comércio mundial, possibilitando ao café mineiro consolidar sua posição e conquistar novos mercados. De acordo com o assessor, “a crescente adesão ao programa confirma o interesse dos produtores em introduzir nas lavouras as boas práticas recomendadas pelos técnicos, que resultam em safras maiores, de alta qualidade e, por isso, mais valorizadas, dentro de um processo produtivo com sustentabilidade ambiental, social e econômica.”

Moraes explica que a Emater, em suas unidades que cobrem praticamente todo o Estado, faz o registro das propriedades interessadas e dá as orientações para a adequação às boas práticas. O IMA realiza as auditorias preliminares para checar os ajustes de acordo com os padrões internacionais. Concluindo o processo, uma certificadora de reconhecimento internacional faz a auditoria final e concede a certificação às propriedades aprovadas.

Qualidade comprovada

Para Marco Vale, gerente de Certificação do IMA, o sistema desenvolvido pelo Certifica Minas Café representa um diferencial de grande importância. " Com a certificação é possível comprovar a qualidade de todo o processo produtivo", observa. "as propriedades integradas ao programa adotam práticas de produção que, além de possibilitar safras maiores e melhores, atendem às normas ambientais e trabalhistas", enfatiza o gerente.

Atualmente, há propriedades certificadas em 211 municípios mineiros, ou seja, a cobertura é de 25% do mapa do Estado, acrescenta. As lavouras incluídas no programa estão localizadas em regiões tradicionais de café como a Zona da Mata, Cerrado, Sul e agora também na Chapada de Minas com a inclusão de Capelinha, além da região Norte, com propriedades em Rio Pardo e Taiobeiras.

“As propriedades certificadas passam a integrar um cenário novo, pois aumenta o compromisso com a utilização de boas práticas de produção e de aperfeiçoamento da gestão do negócio”, acrescenta o gerente. “O conjunto de ações necessárias para obter e manter a certificação, além de melhorar a qualidade do produto, leva à redução de custos. Aumenta a aceitação do café de Minas no mercado interno e externo”, finaliza.
No quadro das exportações totais do Estado, o café fica atrás apenas do minério de ferro, posição confirmada em 2011. Entre janeiro e novembro deste ano, a receita das exportações mineiras de café alcançou US$ 5,2 bilhões, cifra 44,9% superior à registrada em idêntico período de 2010. Foi de 58,4% a participação do produto nas exportações totais do agronegócio nos onze meses, que atingiram US$ 8,9 bilhões.

Os negócios com café procedente de Minas Gerais, realizados exclusivamente em novembro de 2011, responderam por 61,7% da cifra total de US$ 1,0 bilhão obtida no mês pelos produtos agrícolas e pecuários do Estado. A cotação média do produto foi de U$ 5,1 mil a tonelada, valor 48,9% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Liderança na produção

Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil. O Estado responde por 50,2% da safra nacional, pois a produção mineira prevista para este ano deve alcançar 22,1 milhões de sacas, segundo o IBGE. Os dez municípios que apresentam maior produção de café em Minas Gerais, segundo o IBGE, somam colheitas de 3,7 milhões de sacas, ou 16,9% da safra mineira de café. Esta é a relação: Patrocínio (alto Paranaíba), 523,9 mil sacas; Três Pontas (Sul de Minas), 444,0 mil sacas; Manhuaçu (Zona da Mata), 435,6 mil sacas; Monte Carmelo (Alto Paranaíba), 412,5 mil sacas; Nepomuceno, Carmo da Cachoeira e Boa Esperança (Sul de Minas), respectivamente 367,9 mil sacas, 360,0 mil sacas, e 320,0 mil sacas; Rio Paranaíba (Alto Paranaíba), 291,9 mil sacas; Nova Resende (Sul de Minas), 290,2 mil sacas; e Araguari (Triângulo), 288,4 mil sacas.

Uma das características do Certifica Minas Café é a crescente inserção depequenas propriedades. "A agricultura familiar já responde por 90% das fazendas de café no Estado e aquelas que ainda não obtiveram a certificação têm a oportunidade de aderir e assim ampliar as condições de comercialização do produto no mercado interno, além de participar das exportações", explica Vale.

FONTE: SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Convênio reforça sistemas de vigilância sanitária animal e vegetal em Minas

As ações do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) receberam um importante reforço nesta sexta-feira (23). É que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), liberou, através da Superintendência Federal de Agricultura de Minas Gerais, recurso de R$ 8.224.366,00 referente a dois convênios assinados com o órgão. O objetivo destes convênios é fortalecer os sistemas de vigilância sanitária animal e vegetal.

Essas ações têm reflexo sobre todos os municípios mineiros, garantem a condição sanitária dos rebanhos e o acesso das cadeias pecuárias aos mercados. O valor citado é o recurso para ser utilizado no ano de 2011, com a com a compra de veículos, computadores, capacitação dos servidores, custeio das ações de fiscalização, dentre outras atividades. Os convênios são plurianuais, com duração de cinco anos, ou seja, de 2011 a 2015. Além disso, preveem metas obrigatórias, estabelecidas pelo MAPA.

O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, ressaltou a importância da parceria do Instituto com a Superintendência Federal de Agricultura de Minas. “A defesa agropecuária mineira possui grande importância e reconhecimento no cenário nacional. Prova disso, são os convênios firmados, que não deixam a defesa sanitária mineira desassistida”, informa.

O primeiro convênio de R$23.385.166,32 mais a contrapartida do IMA de R$6.271.217,68 será para a manutenção do sistema unificado de atenção à sanidade animal, visando à prevenção, o controle e a erradicação de doenças animais. Serão combatidas enfermidades como febre aftosa, peste suína clássica, brucelose e tuberculose, influenza aviária e raiva dos herbívoros, entre outras.

Já o segundo, no valor de R$6.293.999,00 mais R$2.188.725,00 de contrapartida do Instituto será destinado para estruturar e manter o sistema unificado de atenção à sanidade vegetal para a prevenção e controle de pragas, tendo em vista a vigilância e fiscalização do trânsito interestadual de vegetais.

Para o diretor-geral do IMA a formalização desse convênio representa um esforço especial do MAPA em relação a Minas Gerais. “É muito difícil conseguir um convênio com esse valor, mas o superintendente Federal de Agricultura de Minas Gerais, Antônio do Vale, foi sensível à necessidade de equipar a defesa agropecuária no Estado. Esses recursos também darão sequência ao fortalecimento da sanidade animal e vegetal em Minas”, afirma.

O IMA é responsável pela manutenção da sanidade animal e vegetal, inspeção animal e vegetal do Estado, desenvolvendo ações na área de vigilância, fiscalização, inspeção, normatização e educação sanitária. Está presente nos 853 municípios de Minas Gerais, com 212 Escritórios Seccionais de atendimento às comunidades, 20 coordenadorias regionais e 16 barreiras sanitárias. Atualmente, a frota do Instituto conta com 649 veículos.

FONTE: MINAS SUSTENTÁVEL

segunda-feira, janeiro 09, 2012

MG: Incra contrata assistência técnica para mais de 4,6 mil famílias

O Incra de Minas Gerais firmou três contratos para prestação de Assessoria Técnica à 4.637 famílias de trabalhadores rurais em 73 assentamentos do estado. O soma total dos contratos ultrapassa R$5 milhões. A publicação dos extratos dos contratos foi feita no Diário Oficial da União desta sexta-feira (6).

As três empresas, Emater/MG, Agrolago e CAA foram contratadas por meio de chamada pública realizada no final de 2011. Outras 1.159 famílias já estão sendo atendidas por prestadoras de assistência técnica em outros 26 assentamentos.

O Programa de Assessoria Técnica do Incra tem por objetivo possibilitar às famílias assentadas o desenvolvimento rural sustentável, o fortalecimento da agricultura, a adoção de novos enfoques metodológicos, como a agroecologia, a melhoria da qualidade de vida, a viabilidade econômica, a segurança alimentar e o estímulo à organização social nos assentamentos.

FONTE: PORTAL DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

Multiplicação de alhos livres de vírus é a grande novidade do setor

Limpando a semente de alho do vírus, consegue-se um material de alto potencial, podendo aumentar a produtividade em até 50% para alhos nobres roxos.

No Brasil, a cultura do alho se estende por quase todo o território nacional, concentrando-se principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Com uso intensivo de mão de obra, tecnologia e capital, a cultura do alho tem viabilizado a pequena e média propriedade nessas regiões produtoras, sendo, portanto, de grande importância sócio-econômica.

Além da produção nacional, o abastecimento no Brasil é feito majoritariamente com alhos da China e da Argentina. A área colhida e a produção das safras brasileiras mostram que a cultura vem perdendo espaço desde o início da década de 1990, quando o alho chinês desembarcou no Brasil.

A consequência disso, destacada por Renato Luís Vieira, engenheiro agrônomo e pesquisador da EPAGRI - Estação Experimental de Caçador, é a descapitalização de parte dos produtores, inviabilizando dessa forma a permanência na atividade. "Acreditamos que a baixa produtividade, o alto custo de produção, resultando em um baixo poder de concorrência com o produto importado e, sobretudo, a falta de ações efetivas do governo em prol do setor, estão entre as causas que mais contribuem para agravar esta crise", aponta.

Sementes contaminadas

Em termos de capacidade de produção das lavouras, a contaminação tem sido a grande vilã dos produtores, pois o uso de sementes infectadas com virose afeta diretamente a produtividade e, consequentemente, o lucro do produtor.

Isso acontece, segundo Francisco Vilela Resende, doutor em Fitotecnia e pesquisador da Embrapa Hortaliças, porque a maioria dos produtores utiliza alho-semente de suas próprias lavouras comerciais, e muitos selecionam os bulbos e dentes pequenos, que são inviáveis para comercialização, para formar a lavoura do ano seguinte.

Ele avalia que as lavouras desses produtores tem-se apresentado com alto grau de perdas de rendimento ocasionadas por deficiências nutricionais, pragas e principalmente infecções virais. "A degenerescência se deve à propagação exclusivamente vegetativa do alho, que em cultivos sucessivos, tende a perpetuar e agravar os sintomas advindos da infecção viral. Os vírus são considerados o principal agente indutor desta anormalidade A degenerescência tem como principais consequências a redução gradual da produção e a perda da qualidade e da capacidade de conservação do alho no armazenamento", aponta.

Prejuízos

Os prejuízos causados por vírus dependem da cultivar. Nas cultivares de alho nobre Francisco Vilela estima em 30 a 40%. Nas cultivares de alho comum ou tropical, os prejuízos chegam a mais de 50%.

Benefícios

O principal benefício da técnica de limpeza de vírus em laboratório é a obtenção de sementes que irão garantir o desenvolvimento de plantas sadias, livres de doenças, e com maior capacidade para produção de bulbos com melhor qualidade comercial.

Multiplicação de alhos livre de vírus

Segundo Renato Luís, não há diferença de manejo da lavoura em relação ao plantio com o uso de semente convencional. Entretanto, ao plantar uma lavoura de alho utilizando sementes livres de vírus o produtor deverá escolher uma área isolada, longe de lavouras formadas com sementes contaminadas.

É necessário também ter um melhor controle de insetos nas lavouras, principalmente pulgões e ácaros que são os principais transmissores de vírus. "Estas práticas evitam a reinfestação das sementes que, portanto, poderão ser utilizadas com maior segurança nos próximos plantios", afirma.

A tecnologia pode ser aplicada a qualquer tipo de alho, sem restrição. Entretanto, as variedades "nobres" roxas, por terem maior valor de mercado, são os principais alvos dessa técnica.

Na Cooperalho, em Curitibanos (SC), o engenheiro agrônomo Gerson Cecconello conta que a opção foi por comprar semente livre de vírus e reproduzir na propriedade por durante as gerações um, dois e três, ou enquanto for mantido o teto produtivo. "Ao mesmo tempo, todo ano buscamos semente básica, para manter a maior área possível com plantas livres de vírus", relata.

Segundo ele, o custo inicial foi bastante alto, mas se diluiu em dois ou três anos, viabilizando o investimento. Atualmente, a Cooperalho tem alcançado produtividades entre 15 e 17 ton/ha, de acordo com o híbrido plantado.

FONTE: REVISTA CAMPO E NEGOCIO

sexta-feira, janeiro 06, 2012

Inmet alerta para chuva forte na região Sudeste

Aviso prevê acumulado significativo de chuvas nas áreas de divisa com Minas Gerais, região serrana, norte e Noroeste Fluminense

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para as condições meteorológicas favoráveis à ocorrência de pancada de chuva moderada a forte, com acumulado significativo de chuva nas áreas de divisa com Minas Gerais, Região Serrana, norte e Noroeste Fluminense. As informações estão no Aviso Especial no. 03 válido para esta sexta-feira, 6 de janeiro.

A meteorologia prevê tempo fica nublado com pancadas de chuva e trovoadas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Na região Centro-Oeste, pancadas de chuva e trovoadas atingem Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

No Norte, pancadas de chuva e trovoadas atingem Amazonas e Pará. Também há previsão de chuva no Acre, Tocantins, Amapá, Roraima e Rondônia. No Sul, o tempo fica parcialmente nublado com pancadas de chuva no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

No Nordeste, pancadas de chuva e trovoadas atingem Maranhão, áreas isoladas do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia. Há possibilidade de chuva na Paraíba e Alagoas. O sol aparece entre nuvens em Sergipe.

FONTE: MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

quinta-feira, janeiro 05, 2012

AGROTÓXICOS: MÍDIA DIVULGA MATÉRIAS POSITIVAS E ESCLARECEDORAS SOBRE O ASSUNTO.

Depois de divulgado o resultado das análises da ANVISA, a mídia brasileira, em geral, estigmatizou os agrotóxicos como "vilões". No entanto, algumas matérias fugiram do senso comum e investigaram o uso dos defensivos e sua metodologia, esclarecendo os mit

Em dezembro de 2011, a ANVISA divulgou os resultados do seu Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos nos Alimentos (PARA), destacando a ocorrência de contaminação em 28% das frutas, vegetais e hortaliças analisadas.

Porém, como é sabido no meio agrícola, no pacote dos “contaminados”, a ANVISA não discrimina a informação do que é resíduo elevado (3,6%) e do que é uso indevido (produtos não registrados para a cultura analisada, representando 96,4% dos casos), ocasionando um número alto e induzindo ao pânico.

A mídia brasileira, no geral, vendeu a informação da ANVISA e ajudou a propagar o medo, sem realizar uma análise aprofundada e técnica, necessária para esclarecer a população.

Porém, dentre a “enxurrada” de informações que novamente tornaram o agrotóxico o grande vilão, destacamos algumas matérias que, ao nosso ver, fugiram do senso comum e investigaram o uso de agrotóxicos e sua metodologia, esclarecendo os mitos sobre o assunto.

- Revista Veja, 04/01/2012 – “A verdade sobre os Agrotóxicos” (clique aqui para ler). Matéria de Daniela Macedo e Gabriella Sandoval.
- Programa Bem Estar, Rede Globo, 22/12/2011 – “Agrotóxicos não afetam a qualidade dos alimentos” (clique aqui para assistir).

Parabenizamos aos jornalistas e veículos de ambas as matérias, por prestarem um grande serviço à população: a de esclarecer e dissolver a erronia imagem que possuem os agrotóxicos, tão importantes na produção de alimentos.

FONTE: ANDAV

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Novas tecnologias de aplicação levam ao sucesso agrícola

O tratamento de sementes com fungicidas (de contato e sistêmico) é uma das medidas de controle preventivas mais eficazes quando aliado à utilização de sementes certificadas e de alta qualidade fisiológica, genética e física. Dentre as grandes culturas, Ademir Assis Henning, Ph.D. em Patologia de Sementes e pesquisador da Embrapa Soja destaca que o milho é seguramente a espécie em que quase a totalidade das sementes do sistema oficial é tratada, seguido pela soja, atualmente em torno de 95%, e pelo trigo.

No caso particular da semente de algodão, devido à presença do línter, a semente é importante veículo de disseminação de patógenos, que podem comprometer o sucesso da cultura. Hoje, com a prática do deslintamento, particularmente com o ácido sulfúrico, verificou-se melhoria significativa na qualidade das sementes utilizadas, além de propiciar melhores índices de plantabilidade.

Em sementes olerícolas, os avanços em termos de qualidade e melhoria do desempenho em campo foram marcantes, destacando-se: o condicionamento fisiológico ou "priming", que propicia uma maior uniformidade e velocidade de germinação; técnicas de peliculização, recobrimento e de peletização, resultando na uniformização do tamanho das sementes; tratamento de sementes com fungicidas, inseticidas e reguladores de crescimento, e ainda embalagens herméticas.

Na cultura da soja, particularmente, estudou-se a viabilidade técnica e agronômica do encapsulamento das sementes com polímeros sintéticos viabilizando seu armazenamento nas condições mais adversas de temperatura e umidade relativa do ar elevadas. A tecnologia mostrou-se viável, segundo o pesquisador Ademir Henning.

Todavia, ele justifica que seu custo seria muito alto, o que praticamente a inviabilizou entre os produtores. Na continuidade dos estudos, procuraram-se alternativas como a utilização de embalagens plásticas (semi-impermeáveis) que restringem a absorção de umidade do ar.

Em campo

Diversos experimentos foram conduzidos no Brasil juntamente com a ENGOPA (Porangatu, GO), Embrapa Meio Norte (Terezina, PI), UFMT (Cuiabá, MT) e FAPCEN (Balsas, MA). Em síntese, a tecnologia mostrou-se viável técnica e agronomicamente desde que as sementes sejam secadas a 9% de umidade e embaladas em sacos plásticos selados.

Essa metodologia tem potencial de ser empregada em Cuba, onde devido à elevada umidade relativa do ar durante o ano todo, compromete o armazenamento da semente em embalagens convencionais.

A possibilidade de tratar fungos e insetos com a plântula já se desenvolvendo só aconteceu depois da disponibilidade de defensivos agrícolas sistêmicos, que são absorvidos e translocados para a parte aérea, protegendo o estágio inicial de desenvolvimento da lavoura. "Esta foi uma evolução considerável, pois antes só se controlavam os insetos e pragas que estavam na semente ou no solo. Foi um grande ganho para a agricultura", considera José Otávio Machado Menten, engenheiro agrônomo e professor da ESALQ/USP.

Tecnologia de aplicação

A aplicação de produtos na semente de soja e milho, inicialmente, era realizada na caixa da plantadeira, um trabalho que não exigia tecnologia alguma. Tempos depois os produtores passaram a adotar os tambores giratórios, onde eram colocadas as sementes, água, e os produtos em pó seco, em rotação, até que cobrissem as sementes.

Segundo Ademir Henning, esta operação levava intoxicação a muitos operadores desavisados que não utilizavam os equipamentos de proteção individual (EPI). Melhorando um pouco mais, a utilização passou a ser de betoneiras, as mesmas da construção civil, para fazer massa de cimento.

As máquinas de tratar sementes começaram a ser desenvolvidas na década de 90, e trabalhavam entre 70 e 90 sacas de sementes por hora, um avanço para a época, que tratava apenas 5% da produção, devido às dificuldades de se fazê-lo.


Atualmente, algo em torno de 95% da semente de soja já é plantada tratada, graças à evolução dos fungicidas e das máquinas de tratar sementes. "Já temos, inclusive, máquinas de tratamento industrial, que trabalham com até 20 ton/hora, na unidade de sementes. Além disso, foram desenvolvidos também os polímeros, que facilitaram ainda mais a vida dos produtores", ressalta o pesquisador da Embrapa Soja.

O tratamento de sementes

O tratamento de sementes é a primeira camada de produto colocado no material, o que geralmente acontece com defensivos, seguido de micronutrientes e por fim o inoculante, que é o rizóbio.

O professor Otávio Menten esclarece que a maior parte dos defensivos são aplicados de forma líquida, os quais já contam com equipamentos dotados de alta tecnologia para aplicar desde pequenas até grandes quantidades de produtos. Estes, geralmente, ficam dentro das Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS).

FONTE: REVISTA CAMPO E NEGOCIOS

terça-feira, janeiro 03, 2012

Preços de alimentos devem recuar com desaceleração econômica-FAO

Os preços de alimentos não vão subir drasticamente em 2012 como em anos recentes e uma queda acentuada também não é esperada como resultado da desaceleração da economia, disse o novo diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

José Graziano da Silva, o brasileiro que substituiu Jacques Diof, do Senegal, na liderança da FAO, disse que a volatilidade dos mercados de alimentos deve continuar diante da instabilidade econômica e das flutuações dos mercados.

"Os preços não vão subir como nos últimos dois, três anos, mas também não vão cair. Pode haver algumas reduções, mas não drásticas", disse Graziano em entrevista à imprensa.

Ele disse que não espera que a desaceleração econômica na Europa impacte o fundo da FAO para projetos, mas afirmou que o fato deve aumentar o número de pessoas passando fome no mundo.

FONTE: AGROLINK

segunda-feira, janeiro 02, 2012

Mofo Branco da soja é preocupação no centro do Brasil


Enquanto a maioria das notícias nos últimos dias foi sobre o tempo seco no sul do Brasil, os agricultores de Goiás e Minas Gerais, têm o problema oposto ? tempo muito chuvoso e céu muito nublado


Sua preocupação é que o tempo chuvoso possa aumentar o registro de doenças na cultura da soja. Nas últimas semanas um sistema está parado sobre a região com constante condições de nebulosidade. A preocupação é que a falta de sol e condições secas promova o crescimento e a propagação de doenças fúngicas.

Em pesquisa do CenárioMT, descobrimos que o Mofo branco já foi identificado nos campos de soja de Goiás e a continuidade do tempo úmido pode ajudar na propagação da doença. A outra doença que eles estão preocupados é com a ferrugem da soja. Até agora, houve apenas três casos de ferrugem registrados no estado de Goiás, mas isso pode mudar rapidamente.

O problema com o clima úmido e o controle da ferrugem é o fato de que os fungicidas de contato são usados para manter a doença sob controle, o que significa que deve ser reaplicado em intervalos definidos, geralmente de 20 a 30 dias. Durante os períodos de tempo chuvoso, os intervalos entre as aplicações precisam ser reduzidos para, em alguns casos, apenas 15 dias. O intervalo de redução é devido à fortes chuvas que lavam as plantas retirando o fungicida. Se o agricultor não pode aplicar o fungicida no tempo correto devido ao solo molhado, a doença pode ficar fora de controle, resultando em perdas de produtividade.

No momento atual, a ferrugem não é uma grande preocupação no Brasil com apenas 15 casos da doença sendo relatados em todo território.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGOCIO

Café: alta externa não impulsiona negociações no Brasil

Com a proximidade do final do ano, o ritmo de negociações no físico brasileiro segue calmo.

Mesmo com a alta nas cotações externas, colaboradores do Cepea comentam que agentes têm preferido aguardar 2012 para voltar à ativa.

Neste cenário, o Indicador CEPEA/ESALQ tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 492,44/saca de 60 kg na quarta-feira, 28, alta de 1,2% entre 21 e 28 de dezembro. Em relação ao robusta, o Indicador CEPE/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 298,95/saca de 60 kg, avanço de 1,34% no mesmo período – a retirar no Espírito Santo.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGOCIO

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