terça-feira, fevereiro 28, 2012

Chuvas e dias de sol à frente favorecem cana do Brasil

Chuvas no centro-sul do Brasil, principal região produtora de cana do país, e um tempo ensolarado e seco nos próximos dez dias devem favorecer canaviais, de acordo com relatório da Somar Meteorologia.

O Brasil é o maior exportador de açúcar do mundo, e o centro-sul é responsável por 90 por cento da safra de cana nacional.

Porém, condições desfavoráveis do clima e baixos investimentos na renovação dos canaviais na temporada 2011/12 levaram à primeira queda de produção da região em mais de uma década.

Embora haja expectativa de que a maioria dos Estados do centro-sul tenham uma boa mistura de sol e chuva nos próximos dias, algumas áreas de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, têm sofrido com lento desenvolvimento, resultado de baixas taxas de radiação solar necessárias para fotossíntese, e isso pode afetar a produtividade, disse a Somar.

"Essas condições são similares às registradas no primeiro semestre de 2011 e acabou em uma forte queda na produção do centro-sul", disse o órgão de metereologia.

As recentes chuvas ajudaram na recuperação parcial dos canaviais no Estado de Mato Grosso do Sul, um dos mais afetados pela seca decorrente do fenômeno climático La Niña, segundo a Somar.

Em São Paulo, os canaviais "devem secar durante o final de semana, e então só chuvas isoladas, tempo ensolarado e ar seco devem permanecer sobre o Estado na primeira e ou até a segunda semana de fevereiro", disse Patrícia Vieira, da Somar metereologia.

Essas condições devem beneficiar a safra, pois vão elevar o intervalo fotossintético e resultar em um crescimento das plantas.

A produção de cana do centro-sul do Brasil em 2012/13 deve subir cerca de um décimo, para entre 540 milhões e 560 milhões de toneladas, ante 492 milhões na colheita de 2011/12, quase encerrada, disse à Reuters na semana passada a consultoria de açúcar e etanol Job Economia.

A colheita 2012/13 vai começar em março no centro-sul.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGOCIO

Soja: preços seguem firmes

O mercado de soja esteve lento na última semana, devido ao feriado de carnaval

Além disso, pesquisadores do Cepea indicam que a soja recém-colhida está sendo entregue para cumprimento de contratos, havendo pouca oferta no mercado disponível. Assim, os preços tiveram poucas oscilações, mantendo-se firmes, ainda que praticamente nominais.

A cada semana, parece que as estimativas da safra de soja no Brasil, especialmente no Sul do País, carecem ser ajustadas para baixo. Apesar das chuvas dos últimos dias, as lavouras não sinalizam melhora e as produtividades vão se confirmando bem menores que as previstas. Porém, em um mesmo município/região, as plantações podem ter condições distintas, dificultando o trabalho dos especialistas que divulgam estimativas de safra.

FONTE: CEPEA

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Perfil do consumo de alimentos passa por mudanças

Os produtos gourmet se caracterizam por serem itens de alta qualidade, usualmente elaborados de forma artesanal ou por meio de métodos únicos, o que lhes confere um caráter de exclusividade, sendo, na maioria das vezes, encontrados em pontos restritos de venda. Tendo isso em mente, para que um produto seja definido como gourmet ele deve apresentar ao menos uma dessas características:

- caráter único;

- origem exótica;

- processamento diferenciado;

- design;

- oferta limitada;

- uso atípico;

- embalagem ou canal de distribuição diferenciado.

Demanda crescente

A demanda por essa categoria de produtos tem sido estimulada, entre outros fatores, por um maior interesse em produtos que traduzam saúde e bem estar (produtos orgânicos, naturais, alimentos funcionais, nutracêuticos, com menores teores de açúcar, sódio, gordura, etc.), que sejam percebidos como mais frescos (com menores índices de processamento ou conservantes) e produtos de maior conveniência (comercializados em embalagens menores, mais práticos, etc.).

A seguir, Emanuel Figueira, analista de Gestão e Negócios da Apex Brasil, instituição que promove exportações e investimentos, assinala cada um desses pontos:

→ Alimentos frescos: a indústria de alimentos começa a perceber que os consumidores querem mercadorias que promovam a saúde, incluindo alimentos fortificados e com aditivos, que previnam o envelhecimento (por exemplo, produtos com adição de cálcio, para prevenção de osteoporose, alimentos que melhorem a memória ou a performance em atividades físicas). Em resposta às manifestações de ativistas, algumas empresas têm diminuído as embalagens, com vistas a não ultrapassar determinado limite de calorias.

→ Alimentos étnicos: além do movimento em direção aos alimentos frescos e naturais, os consumidores têm intensificado a preferência por alimentos étnicos. Inclusive, com a globalização, produtos classificados como étnicos ou exóticos por consumidores mais idosos hoje são comuns para as gerações mais jovens (denominada geração Y). É o caso dos doces japoneses e dos sushis.

"O grande desafio dos produtores é aliar esse frescor e apelo natural à facilidade de preparo e consumo", ressalta Emanuel Figueira.

→ Alimentos processados e embalados: os estilos de alimentação variam de acordo com o estilo de vida. Muitas pessoas têm cozinhado menos, em parte porque donas de casa têm ingressado no mercado de trabalho. Como os pais agora trabalham fora, cada vez fica menos difundido o hábito de reunir a família para uma refeição. Neste sentido, a palavra de ordem é conveniência.

As lojas passam a vender mais que comida: comercializam soluções alimentares. Por exemplo, cereais matinais antigamente eram considerados uma conveniência. Os especialistas associam a popularidade dessas soluções ao número crescente de lares habitados por solteiros.

Segundo o Instituto de Ciências Exatas da UFMG (ICEX), a tendência de "gratificação instantânea" - produtos em pequenas porções e fáceis de se preparar, iniciada nos anos 70, leva ao aumento no consumo de produtos fáceis de consumir, cômodos e de alta qualidade.

Comer pode continuar a ser um prazer compartilhado, mas sem o desgaste da preparação e lavagem da louça. A definição de "cozinhar" tem deixado de ser "fazer comida" e se tornado "misturar ingredientes preparados". Os alimentos congelados, com soluções a cada dia mais variadas e saudáveis, aumentam seu potencial de venda.

A qualidade dos produtos embalados tem crescido, de acordo com o Euromonitor (acervo on-line de informações e estatísticas), graças à combinação de sabor, novas tecnologias, fórmulas mais saudáveis (baixos níveis de gorduras, sódio e carboidratos, baixa caloria, refeições vegetarianas) e a capacidade das embalagens em preservar o sabor e o frescor.

"Apelos como "caseiro", "natural", "orgânico" e "saudável" ganham cada vez mais a preferência de famílias em que os pais correm contra o tempo. Porções individuais e reduzidas foram introduzidas para atender às necessidades dos estadunidenses. Embalagens portáteis vêm obtendo sucesso junto ao público que usa uma mão para consumir o alimento e a outra para manejar o mouse, falar ao celular ou manobrar o carro", avalia Emanuel Figueira.

→ Bebidas: a tendência de conveniência, mencionada anteriormente, faz com que os formatos individuais e portáteis ganhem cada vez mais popularidade, no caso das bebidas não alcoólicas. A preocupação com a saúde, também já comentada, tem direcionado os consumidores a alternativas mais saudáveis, beneficiando as vendas de água engarrafada (o consumo de água saborizada tem crescido muito), chá e café prontos para beber e bebidas funcionais.

A preocupação com a obesidade e campanhas contra os refrigerantes têm levado as escolas a restringir a disponibilidade desses produtos aos estudantes. Embalagens de sucos para consumo individual têm obtido sucesso, com alternativas saudáveis para refrigerantes no mesmo formato. O analista de Gestão da Apex relata que, nos últimos anos, o consumo de suco de laranja tem sido afetado pela popularidade das dietas de baixo índice de carboidratos, o que levou a um decréscimo de 8% nas vendas no varejo.

Em se tratando de bebidas alcoólicas, cervejas light ou com calorias reduzidas (em sua maioria lagers) têm experimentado um crescimento significativo em vendas.

Food Trends 2020

Com base nos fatores de demanda, como crescimento e envelhecimento da população no Brasil e no mundo, o aumento do poder de compra, a redução do número de filhos por família, a participação das mulheres no mercado de trabalho e maior acesso à informação, entre outros, chegou-se a cinco grupos de tendências, validadas por estudos elaborados por centros de referência internacionais. No centro desses estudos está o projeto Brasil Food Trends 2020, constituído por três etapas principais. São elas:

1. Sensorialidade e Prazer: alimentos premium, étnicos, gourmet, etc.

2. Saudabilidade e Bem-estar: produtos light/diet, energéticos, fortificados, etc.

3. Conveniência e Praticidade: pratos prontos, produtos para micro-ondas, etc.

4. Confiabilidade e Qualidade: garantia de origem, selos de qualidade, etc.

5. Sustentabilidade e Ética: embalagens recicláveis, selos ambientais, etc.

No escopo deste projeto será constituído um grupo, formado por empresas, executivos, entidades que representam o setor, governos e consumidores, entre outros, para discussão e monitoramento de tendências, no âmbito da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e do ITAL (Instituto de Tecnologia de Alimentos).

"No Brasil Food Trends 2020 pesquisamos as diferentes tendências mundiais da alimentação com base na análise de relatórios estratégicos produzidos por institutos de referência. Constatamos que existia uma convergência destas tendências em cinco categorias, que denominamos de macro tendências, citadas logo acima", explica Raul Amaral Rego, coordenador Técnico do projeto Brasil Food Trends 2020 e da Plataforma de Inovação Tecnológica do ITAL.

A pesquisa, de âmbito nacional, foi encomendada pela Fiesp para o projeto BFT 2020, e demonstrou que o Brasil tem uma forte aderência às tendências atitudinais de consumo de alimentos encontradas em outros países mais desenvolvidos.

FONTE: REVISTA CAMPO E NEGOCIOS

Produtividade + Rentabilidade = Sustentabilidade

A boa rentabilidade e produtividade já estão inseridas no conceito de sustentabilidade. Quando se trabalha a agricultura sustentável deve-se levar em conta o conceito de que, dentro de um processo de desenvolvimento sustentável, a produção agrícola deverá ser ecologicamente equilibrada, economicamente viável, socialmente justa, humana e adaptativa.

Essa agricultura deve permitir uma produção que atinja bons níveis de produtividade, com tecnologias que possibilitem ganhos de produção sem comprometer a capacidade futura de produção, por meio da manutenção dos recursos naturais.

A sustentabilidade

A sustentabilidade baseia-se na utilização de técnicas agronômicas capazes de se aproximarem cada vez mais do potencial genético produtivo da planta ou animal. Segundo Thomé Luiz Freire Guth, engenheiro agrônomo da Gerência de Oleaginosas e Produtos Pecuários (Geole) da Conab, a sustentabilidade garante uma média produtiva cada vez maior, sem prejudicar o meio ambiente, além de permitir que o produtor gaste menos com a utilização correta dos insumos. "Evita, desta forma, usos desnecessários e desperdícios, tornando a atividade produtiva mais rentável, de maneira que os agentes da cadeia produtiva, bem como as comunidades em torno da área de produção, também sejam beneficiados", pontua.

Produtividade como solução

O aumento da produtividade é a grande saída da agricultura, por duas razões. "Primeira: nos Estados das regiões Sul e Sudeste a área destinada ao cultivo de lavouras já está saturada, ou seja, não existem novas áreas para a expansão, a não ser pela ocupação de pastagens, sobretudo as degradadas. Na região Centro-Oeste, o desmatamento para novas áreas está limitado e fiscalizado pelo governo. Nos Estados do Nordeste, na região de Cerrados, ainda há áreas livres para a implantação de novas culturas. Portanto, com a redução gradativa de novas áreas para a expansão de lavouras, o produtor necessita aprimorar cada vez mais a utilização de tecnologias para aumentar sua produção. A segunda razão é que, para competir com o mercado, o produtor necessita aumentar a produtividade. Caso contrário, será eliminado pela concorrência", delimita Thomé Luiz.

Índices produtivos

Na última safra, relembra Eledon Pereira de Oliveira, técnico de planejamento da Gerência de Levantamento e Avaliação de Safra-Geasa da Conab, as culturas do arroz, milho e soja mantiveram o índice de crescimento elevado que vem se observando no decorrer dos anos.

"Em relação à safra 2009/10, a produtividade do arroz cresceu 14,4%, a da soja 6,4% e a do milho primeira safra 2,9%. O milho segunda safra, devido à estiagem nos Estados da região Centro-Oeste e às baixas temperaturas nos Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, apresentou redução de 12,4%", enumera Eledon.

As maiores produtividades foram observadas nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e nos Cerrados dos Estados do Piauí, Maranhão e Bahia, além de Tocantins (região denominada Matopiba).

Novo perfil do produtor brasileiro

A agricultura moderna, assim como qualquer atividade econômica atual, está cada vez mais competitiva. Cada vez mais o produtor deve estar atento para um bom gerenciamento de sua atividade, desde a produção até a comercialização.

Para isso, Eledon Pereira diz que é necessário acompanhar as tecnologias recentes. "Isso serve tanto para a agricultura convencional quanto para a orgânica, ou seja, conhecer e gerenciar os custos de produção, para que o seu uso seja eficiente. Também é interessante conhecer as empresas que fornecem esses produtos, vez que estas deverão disponibilizar mais que preços baixos, serviços de assistência técnica e pós-venda. Enfim, e sobretudo, deve-se estar atento quanto ao como e quando comercializar a produção, visando aumentar sua rentabilidade", ensina o profissional.

Assim, a orientação de profissionais como engenheiros agrônomos, médicos veterinários, administradores, economistas, analistas de mercado, entre outros que estão ligados à produção agropecuária, é fundamental. Por isso, empresas de consultoria em diversas áreas ligadas ao setor rural devem ser consultadas/contratadas, como forma de tornar este agricultor cada vez mais um gestor da sua produção.

Muitos agricultores brasileiros já assimilaram este processo e estão trabalhando dentro desta gestão de forma organizada, com orientação e acompanhamento de profissionais competentes. "Mas, ainda há um longo caminho para que o setor agropecuário brasileiro atinja este patamar", visualiza o gerente da Conab, Thomé Luiz.

Rentável, e também produtivo

Para Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócios da FGV e professor de Economia Rural da UNESP Jaboticabal, a produtividade não é consequência da sorte. "É sempre aliada à adoção de tecnologia e de processos sustentáveis. Já a sustentabilidade é produzir usando, de forma adequada, todos os recursos disponíveis, inclusive os naturais, de forma que as gerações futuras não sejam penalizadas", esclarece ele, tomando a rentabilidade como consequência de todo esse processo.

A rentabilidade é um ponto fundamental para o agricultor, sem a qual a atividade se tornaria inviável. Entretanto, ela não deve ser vista somente do ponto de vista ambiental, mas como um tripé, com as vertentes: ambiental, social (legislação) e, por fim, econômica (rentabilidade da produção como um todo).

De acordo com Décio Luiz Gazzoni, pesquisador da Embrapa e conselheiro fiscal do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), o conceito da sustentabilidade vem ganhando força à medida que o produtor tem mudado sua mentalidade. "Para se manter no mercado, ele precisa, então, seguir as exigências do mercado consumidor, que não quer só qualidade, mas também saber de todo o processo que está por trás daquele produto", analisa.

Além disso, o aumento da produtividade é tão importante quanto os outros fatores, e envolve uma produção maior utilizando-se, para tal, a mesma quantidade de insumos, ou seja, sendo sustentável.

FONTE: REVISTA CAMPO E NEGOCIOS

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

A produção de cana do CS deve crescer 41 milhões de toneladas em 2012

O IDEA concluiu pesquisas nas principais regiões canavieiras do Centro Sul do Brasil e apresenta a sua primeira previsão de safra para 2012/13

A produção canavieira deverá crescer 41 milhões de toneladas, devendo atingir 533 milhões de toneladas disponiveis para colheita.

Levantou-se que no ano passado os canaviais se expandiram apenas 347 mil hectares,porém as reformas de áreas devem superar 1,2 milhões de hectares, demonstrando que o setor está iniciando a sua recuperação, após praticamente tres anos de baixo crescimento por falta de recursos para reformar os canaviais declinantes.

Segundo a UNICA, orgão cujas pesquisas são apoiadas pelo CTC, o CS moeu 492 milhoes de toneladas até 31 de dezembro de 2011.Os numeros do IDEA na primeira quinzena de dezembro apontavam 484 milhões de toneladas de cana industrializadas. A área de produção de cana no CS deverá atingir ao final desta safra 7,4 milhões de hectares, sendo 4,4 milhões de hectares somente no Estado de São Paulo.Segundo esta pesquisa, ao final da safra 2012/13, a área dos canaviais deverá atingir 7,9 milhões de hectares em produção, devendo se expandir 495 mil hectares principalmente nas novas regiões.

No ano de 2011, o plantio de cana de 12 meses bateu todos os recordes, alcançando 762 mil hectares, devendo até o fim da presente safra, formar mais 782 mil hectares como cana de ano e meio, as quais serão colhidas somente em 2013.O aumento de 41 milhões de toneladas esperado de cana para moagem em 2012, ainda será insuficiente para atender as demandas do mercado interno de etanol. A oferta de etanol será maior em em quase 2 bilhões de litros no CS, se o mix de produção industrial não se alterar.Espera-se que a Petrobras desta feita, se prepare para o consumo de gasolina e não divulgue depois que foi surpreendida por uma nova quebra na produção de cana.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGOCIO

Colheita de soja do Brasil está adiantada ante 2010/11

Quase 20 por cento da colheita de soja do Brasil na temporada 2011/12 já foi concluída, informaram consultorias agrícolas nesta quarta-feira (22), apontando que os trabalhos estão cerca de 10 pontos percentuais à frente do índice verificado na mesma época do ano passado

"A colheita de soja na região centro-sul do Brasil (principal produtora) avançou 6 pontos percentuais na semana de 11 a 17 de fevereiro, totalizando assim 18,6 por cento... mostra-se 10,2 pontos percentuais acima do mesmo período do ano passado", informou relatório da consultoria Clarivi.

Considerando também a colheita no Nordeste, onde os trabalhos estão mais lentos em relação ao Sul e ao Centro-Oeste, a colheita no Brasil atingiu 17 por cento da área até a última sexta-feira, segundo a AgRural, outra de empresa de análise de mercado agrícola.

"O índice representa avanço de seis pontos percentuais em relação aos 11 por cento da sexta passada (10 de fevereiro), supera os 9 por cento de um ano atrás (quando os trabalhos estavam atrasados) e fica acima também dos 13 por cento da média de cinco anos", disse a AgRural em relatório divulgado nesta semana.

Em Mato Grosso (maior produtor brasileiro de soja), que conseguiu plantar mais cedo na safra 2011/12, mais de um terço da safra já foi colhida. No Paraná, segundo Estado para a oleaginosa do Brasil, quase 20 por cento da área já foi colhida.

No Paraná, há certa preocupação com a falta de chuva para as lavouras plantadas mais tarde, que tinham escapado dos problemas da estiagem que quebraram fortemente a safra paranaense, notou a AgRural.

"A preocupação, agora, é com as áreas que plantam mais tarde, cujas lavouras estão na fase decisiva de enchimento de grãos. Embora não se fale ainda em quebra de safra, já há relatos de perdas na região de Ponta Grossa. Guarapuava também tem sentido a irregularidade das chuvas, mas ainda espera uma boa safra", acrescentou a AgRural.

O Brasil é segundo produtor global de soja. Devido à seca, colherá uma safra inferior ao recorde de mais de 75 milhões de toneladas na temporada passada.

Apesar do avanço da colheita, os preços se mantêm firmes no país, com os ganhos no mercado internacional, sustentados recentemente por grandes compras da China de soja norte-americana , e também por preocupações em relação à safra da América do Sul.

Segundo relatório recente da consultoria Informa Economics FNP, os preços têm atraído interesse na ponta vendedora.

BOM VOLUME PARA COLHEITA

Levantamento da consultoria Céleres também aponta que cerca de 20 por cento da área de soja já foi colhida, e acrescenta que "pouco mais da metade das lavouras (51 por cento) tenham passado pela fase de maturação, contra 45 por cento registrado na mesma época do ano anterior".

"Dessa forma, o produtor brasileiro já tem à disposição um representativo volume da safra praticamente pronto para ser colhido...", disse.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIOS

O percentual comercializado também avançou na semana passada. A Céleres estima que 53 por cento da produção já foi comercializada, estável ante o mesmo período do ano anterior, mas acima da média de cinco anos de 43 por cento.

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Investimento na lavoura faz produção de café crescer

Cooperativa estima que a região da Alta Mogiana colha 1,5 milhão de sacas em 2012

Na fazenda de Ismar de Oliveira, em Cristais Paulista, o cultivo de café é tradição há mais de um século. A lavoura se estende por 112 hectares e continua crescendo. O produtor insistiu no café arábica, mesmo quando o preço da saca estava baixo. “Eu investi primeira em qualidade de muda, depois em mecanização. A tecnologia máxima foi a irrigação, para a produção sair dos problemas de seca”, conta.

A aposta deu resultado. Em 2011, a lavoura rendeu 5,6 mil sacas e o lucro já foi investido novamente. “Na safra boa você vai às entidades financeiras e consegue um bom financiamento. No ano passado, financiei um trator e uma colheitadeira”, diz Oliveira.

Nos últimos dez anos, a área plantada de café arábica na Alta Mogiana aumentou 5 mil hectares, cerca de 10%. Mas a produtividade dobrou. Atualmente são colhidas entre 25 e 30 sacas por hectare, consequência do investimento no trato da lavoura. Em 2002, a saca do arábica era vendida por cerca de R$ 100. Hoje, o produto está valorizado e cada saca sai por até R$ 550.

“Ao longo destes dez anos, mesmo com o preço defasado, o produtor fez a lição de casa. Ele renovou o parque cafeeiro, colocou variedades mais produtivas e a mudança estrutural mais significativa foi na questão da mecanização, seja na condução das lavouras, como a questão da colheita, seja na colheita do café da árvore, como também do café que fica no chão, que a gente chama de café de varreção”, afirma Anselmo Magno de Paula, gerente da Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas).

A cooperativa estima que os produtores da Alta Mogiana colham 1,5 mil sacas em 2012. “A gente continua investindo na lavoura para poder ofertar ao mundo esse café. Para que com todo o crescimento que as cafeterias, formas de preparo diferenciadas que o café vem passando nesses últimos anos, os países produtores consigam suprir esta demanda no mercado nacional e internacional”, diz Magno de Paula.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGOCIO

Café: indicador de arábica recua fortes 5%

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 427,51/saca de 60 kg nessa quarta-feira, 15, com forte queda de 5,2% em relação ao dia anterior

O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 427,51/saca de 60 kg nessa quarta-feira, 15, com forte queda de 5,2% em relação ao dia anterior. Este é o menor valor, em termos nominais, desde o dia 11 de janeiro do ano passado, quando o Indicador fechou a R$ 425,42/saca.

Segundo pesquisadores do Cepea, a expressiva baixa interna está atrelada às recentes quedas nas cotações internacionais do arábica. Na Bolsa de Nova York (ICE Futures), o contrato de arábica com vencimento em março fechou a 200,40 centavos de dólar por libra peso nessa quarta-feira, expressivo recuo de 380 pontos em relação ao dia anterior – ontem, esse contrato chegou a ser negociado abaixo dos 200 centavos de dólar por libra peso, menor valor desde novembro de 2010.

FONTE: CEPEA/ ESALQ

terça-feira, fevereiro 14, 2012

As melhores opções para plantio da safrinha

As culturas exploradas na safrinha são: o milho, em maior predominância, o sorgo granífero, o sorgo forrageiro, o sorgo duplo propósito, o girassol, o feijão, a canola, o amendoim, o arroz e o milheto, variando de região para região a percentagem de área ocupada por cada uma.

O milho "safrinha" é definido como milho de sequeiro cultivado extemporaneamente, de janeiro a abril, quase sempre depois da soja precoce, na região centro-sul brasileira, envolvendo basicamente os estados de PR, SP, GO, MT, MS e, mais recentemente, MG. Também já existem alguns resultados bem sucedidos do plantio de milho safrinha em Tocantins, Maranhão e Piauí.

Os pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, José Carlos Cruz e Israel Alexandre Pereira Filho, informam que o plantio da safrinha apresenta como vantagens a possibilidade do uso mais racional dos fatores de produção (terra, máquinas, equipamentos e mão de obra) em período ocioso do ano; preço geralmente maior do cereal na safrinha do que na safra normal; menor custo de produção, além de falta de alternativas mais seguras e rentáveis para a época.

Contudo, em relação ao último plantio de safrinha no País, "os produtores tinham a expectativa que as chuvas se estendessem na mesma proporção do atraso do período chuvoso. Com isso, as lavouras semeadas fora da janela, após o final de fevereiro, enfrentaram as adversidades climáticas para a cultura, embora normais para a época do ano", avaliam os especialistas da Embrapa.

Fatores que afetam a produção e a produtividade da safrinha

Basicamente, apontam José Carlos e Israel Filho, os fatores de clima e solo que afetam o rendimento da safrinha são:

Ocorrência de geada: quanto mais ao sul do Brasil, maior o risco de perdas por geadas a partir do final de maio, principalmente nas regiões de maior altitude, em que o milho safrinha deve ser semeado primeiro (até janeiro ou primeira quinzena de fevereiro). Ressalte-se que em semeaduras realizadas muito cedo (dezembro e janeiro), em decorrência de temperaturas muito elevadas e/ou veranicos frequentes em abril/maio, podem aumentar os riscos de frustração de safra.

Seca: nas regiões mais ao norte (Goiás e Mato Grosso, por exemplo), o fator mais crítico é a disponibilidade de água no solo nos estádios finais de desenvolvimento devido ao inverno mais seco, sendo o efeito da altitude inverso ao relatado anteriormente: quanto mais alto, mais amenas as temperaturas e, consequentemente, menores as perdas de água por evapotranspiração, permitindo semeaduras um pouco mais tardias (geralmente até o final de fevereiro).

Características do solo: como um dos fatores mais críticos para a safrinha é a disponibilidade de água no solo nos estádios finais de desenvolvimento devido ao inverno seco, a época de semeadura é menos flexível nos solos arenosos em comparação aos argilosos, devido à menor capacidade de água disponível.

Acrescenta-se que os solos argilosos geralmente têm melhor fertilidade natural, permitindo o desenvolvimento mais vigoroso das raízes. Obviamente, sistemas de manejo de solo como o plantio direto, que promove maior disponibilidade de água para as plantas, favorecem o plantio de milho safrinha.

O efeito das geadas é proporcional à época de ocorrência, ou seja, o estádio de desenvolvimento em que se encontra a cultura. Depende também da intensidade (temperatura mínima) e duração do frio (número de horas com temperatura abaixo de 1 a 2ºC no abrigo meteorológico).

"Obviamente que dentro da mesma microrregião, o efeito das geadas pode ser mais intenso nas baixadas e/ou proximidades de córregos devido ao acúmulo de ar frio, exceto em áreas adjacentes às represas, porque a água fornece calor para o ar ambiente", avaliam os pesquisadores.

Sementes - por onde tudo começa

A escolha das sementes é uma das principais etapas para o sucesso da lavoura. Por isso, Glauber Silveira da Silva, presidente da Aprosoja Brasil, atenta para os seguintes itens:

· Procedência da sementeira: verificar se as sementes advêm de empresas credenciadas para a venda - fator esse tido como primordial.

· Qualidade da semente: observar os resultados dos testes de qualidade fornecidos pelo sementeiro, presentes no Atestado de Garantia de Semente.

· Armazenamento das sementes: verificar como as sementes estão armazenadas e se o local apresenta perfeitas condições de umidade e temperatura.

"Ao chegar à propriedade, o produtor deve manter as sementes nas mesmas condições adequadas para manter a qualidade e, claro, realizar testes de qualidade. O produtor deverá analisar as sementes antes de plantá-las, podendo encaminhar a um laboratório de análises ou fazer o simples teste do canteiro, plantando algumas fileiras a campo para verificar a emergência", ensina o presidente da Aprosoja.

Opções variadas

Segundo os pesquisadores da Embrapa, José Carlos e Israel Filho, todas as cultivares de milho safrinha, com raríssimas exceções, também são cultivadas em condições de verão. "Mas, apenas parte das cultivares presentes do mercado é adaptada às condições ambientais de safrinha. O ciclo é uma característica importante a ser considerada na escolha das cultivares", pontuam.

Aliadas ao ciclo, características fundamentais a serem também consideradas são: maior estabilidade produtiva e resistência às principais doenças prevalecentes na região, maior tolerância ao acamamento e quebramento de plantas e maior sanidade de grãos.

Obviamente que todos esses fatores devem estar atrelados ao potencial produtivo. De acordo com dados levantados pela Embrapa Milho e Sorgo, há predomínio da utilização de híbridos simples de alto potencial genético que representam cerca de 60% das sementes, plantadas tanto na safra como na safrinha. No entanto, é fundamental utilizar um sistema de produção com nível tecnológico adequado para que essas sementes possam mostrar o seu potencial produtivo e o agricultor obtenha maior lucro.

Geralmente, à medida que a semeadura é atrasada, menor será o potencial produtivo e maior o risco de perdas, devendo-se reduzir os investimentos em cultivares, optando-se pelos híbridos triplos e duplos de menor custo.

FONTE: REVISTA CAMPO E NEGOCIOS

Soja: Comercialização antecipada da safra 2011/12 atinge 43%

"De forma diferente do que observamos no relatório passado, tivemos a reaceleração no ritmo dos negócios, tanto na safra velha, como especialmente na safra nova, considerando o comparativo com o relatório anterior", avalia o analista sênior da Consultoria Safras & Mercado, Flávio França Júnior.

Os produtores brasileiros de soja negociaram 43% da safra 2011/12 de forma antecipada, segundo levantamento divulgado por SAFRAS & Mercado, com base em dados recolhidos até 10 de fevereiro. Em igual período do ano passado, a comercialização envolvia 43% e a média para o período é de 35%. No levantamento anterior, divulgado em 2 de dezembro, o número era de 33%. Levando-se em conta uma safra estimada em 70,273 milhões de toneladas, o volume de soja já comprometido chega a 29,88 milhões de toneladas.

Em relação à safra 2010/11, SAFRAS indica que os produtores negociaram 94%. Em igual período do ano passado, a comercialização envolvia 96% e a média para o período é de 98%. No relatório anterior, o total negociado era de 90%.Com uma safra projetada em 74,380 milhões de toneladas, o volume de soja já comprometido chega a 70,180 milhões de toneladas.

"De forma diferente do que observamos no relatório passado, tivemos a reaceleração no ritmo dos negócios, tanto na safra velha, como especialmente na safra nova, considerando o comparativo com o relatório anterior", avalia o analista sênior da Consultoria SAFRAS & Mercado, Flávio França Júnior.

Em termos absolutos a motivação para o retorno ao mercado aconteceu pelo lado dos vendedores, influenciados pela recuperação parcial ocorrida nos preços do mercado de futuros da Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT na sigla em inglês) desde o final do ano passado. Neste caso, depois passar boa parte do ano oscilando entre US$ 13.00 e US$ 14.00/bushel, tendo chegado a atingir US$ 14.50, os preços recuaram no final de 2011 para o intervalo de US$ 11.00 a US$ 11.50 combinando agravamento da crise financeira internacional e forte retração na demanda por produto dos EUA.

E neste mês de janeiro voltaram a ultrapassar a barreira dos US$ 12.00 em função da melhora do ambiente financeiro e das perdas na safra da América do Sul. Mas em termos relativos (%) a relação também subiu por conta da revisão para baixo na estimativa de produção, em função das perdas com a estiagem de dezembro e parte de janeiro que atingiu boa parte da região Centro-Sul.

FONTE: AGÊNCIA SAFRAS E MERCADOS

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Field Tour 2012

O terceiro e último Field Tour deste ciclo foi realizado no dia 31/01/2012 na região de Uberlândia.
Com a participação dos nossos consultores e aproximadamente 25 agricultores o Field Tour foi um $uce$$o.

Confira as fotos:

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