segunda-feira, janeiro 09, 2012

MG: Incra contrata assistência técnica para mais de 4,6 mil famílias

O Incra de Minas Gerais firmou três contratos para prestação de Assessoria Técnica à 4.637 famílias de trabalhadores rurais em 73 assentamentos do estado. O soma total dos contratos ultrapassa R$5 milhões. A publicação dos extratos dos contratos foi feita no Diário Oficial da União desta sexta-feira (6).

As três empresas, Emater/MG, Agrolago e CAA foram contratadas por meio de chamada pública realizada no final de 2011. Outras 1.159 famílias já estão sendo atendidas por prestadoras de assistência técnica em outros 26 assentamentos.

O Programa de Assessoria Técnica do Incra tem por objetivo possibilitar às famílias assentadas o desenvolvimento rural sustentável, o fortalecimento da agricultura, a adoção de novos enfoques metodológicos, como a agroecologia, a melhoria da qualidade de vida, a viabilidade econômica, a segurança alimentar e o estímulo à organização social nos assentamentos.

FONTE: PORTAL DO MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

Multiplicação de alhos livres de vírus é a grande novidade do setor

Limpando a semente de alho do vírus, consegue-se um material de alto potencial, podendo aumentar a produtividade em até 50% para alhos nobres roxos.

No Brasil, a cultura do alho se estende por quase todo o território nacional, concentrando-se principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Com uso intensivo de mão de obra, tecnologia e capital, a cultura do alho tem viabilizado a pequena e média propriedade nessas regiões produtoras, sendo, portanto, de grande importância sócio-econômica.

Além da produção nacional, o abastecimento no Brasil é feito majoritariamente com alhos da China e da Argentina. A área colhida e a produção das safras brasileiras mostram que a cultura vem perdendo espaço desde o início da década de 1990, quando o alho chinês desembarcou no Brasil.

A consequência disso, destacada por Renato Luís Vieira, engenheiro agrônomo e pesquisador da EPAGRI - Estação Experimental de Caçador, é a descapitalização de parte dos produtores, inviabilizando dessa forma a permanência na atividade. "Acreditamos que a baixa produtividade, o alto custo de produção, resultando em um baixo poder de concorrência com o produto importado e, sobretudo, a falta de ações efetivas do governo em prol do setor, estão entre as causas que mais contribuem para agravar esta crise", aponta.

Sementes contaminadas

Em termos de capacidade de produção das lavouras, a contaminação tem sido a grande vilã dos produtores, pois o uso de sementes infectadas com virose afeta diretamente a produtividade e, consequentemente, o lucro do produtor.

Isso acontece, segundo Francisco Vilela Resende, doutor em Fitotecnia e pesquisador da Embrapa Hortaliças, porque a maioria dos produtores utiliza alho-semente de suas próprias lavouras comerciais, e muitos selecionam os bulbos e dentes pequenos, que são inviáveis para comercialização, para formar a lavoura do ano seguinte.

Ele avalia que as lavouras desses produtores tem-se apresentado com alto grau de perdas de rendimento ocasionadas por deficiências nutricionais, pragas e principalmente infecções virais. "A degenerescência se deve à propagação exclusivamente vegetativa do alho, que em cultivos sucessivos, tende a perpetuar e agravar os sintomas advindos da infecção viral. Os vírus são considerados o principal agente indutor desta anormalidade A degenerescência tem como principais consequências a redução gradual da produção e a perda da qualidade e da capacidade de conservação do alho no armazenamento", aponta.

Prejuízos

Os prejuízos causados por vírus dependem da cultivar. Nas cultivares de alho nobre Francisco Vilela estima em 30 a 40%. Nas cultivares de alho comum ou tropical, os prejuízos chegam a mais de 50%.

Benefícios

O principal benefício da técnica de limpeza de vírus em laboratório é a obtenção de sementes que irão garantir o desenvolvimento de plantas sadias, livres de doenças, e com maior capacidade para produção de bulbos com melhor qualidade comercial.

Multiplicação de alhos livre de vírus

Segundo Renato Luís, não há diferença de manejo da lavoura em relação ao plantio com o uso de semente convencional. Entretanto, ao plantar uma lavoura de alho utilizando sementes livres de vírus o produtor deverá escolher uma área isolada, longe de lavouras formadas com sementes contaminadas.

É necessário também ter um melhor controle de insetos nas lavouras, principalmente pulgões e ácaros que são os principais transmissores de vírus. "Estas práticas evitam a reinfestação das sementes que, portanto, poderão ser utilizadas com maior segurança nos próximos plantios", afirma.

A tecnologia pode ser aplicada a qualquer tipo de alho, sem restrição. Entretanto, as variedades "nobres" roxas, por terem maior valor de mercado, são os principais alvos dessa técnica.

Na Cooperalho, em Curitibanos (SC), o engenheiro agrônomo Gerson Cecconello conta que a opção foi por comprar semente livre de vírus e reproduzir na propriedade por durante as gerações um, dois e três, ou enquanto for mantido o teto produtivo. "Ao mesmo tempo, todo ano buscamos semente básica, para manter a maior área possível com plantas livres de vírus", relata.

Segundo ele, o custo inicial foi bastante alto, mas se diluiu em dois ou três anos, viabilizando o investimento. Atualmente, a Cooperalho tem alcançado produtividades entre 15 e 17 ton/ha, de acordo com o híbrido plantado.

FONTE: REVISTA CAMPO E NEGOCIO

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