quarta-feira, janeiro 11, 2012

Café: número de propriedades certificadas em Minas aumenta 19%

A cafeicultura mineira teve mais um ano de resultados positivos, principalmente com as vendas externas, e o setor procura se fortalecer para exportar mais e atender ao mercado interno com produtos de qualidade. O número de propriedades cafeeiras aprovadas para certificação no Estado subiu para 1.438, um aumento de 19% em relação ao ano anterior, informa a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Conforme explica o assessor especial de Café da Seapa, Níwton Castro Moraes, a certificação de propriedades cafeeiras é realizada por meio do Certifica Minas Café. “Trata-se de um Programa Estruturador do governo estadual, executado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e pela Emater-MG, instituições vinculadas à Secretaria, com o objetivo de possibilitar o crescimento da participação da produção nos mercados nacional e internacional”, diz Moraes.

A certificação atesta a conformidade das fazendas produtoras com as exigências do comércio mundial, possibilitando ao café mineiro consolidar sua posição e conquistar novos mercados. De acordo com o assessor, “a crescente adesão ao programa confirma o interesse dos produtores em introduzir nas lavouras as boas práticas recomendadas pelos técnicos, que resultam em safras maiores, de alta qualidade e, por isso, mais valorizadas, dentro de um processo produtivo com sustentabilidade ambiental, social e econômica.”

Moraes explica que a Emater, em suas unidades que cobrem praticamente todo o Estado, faz o registro das propriedades interessadas e dá as orientações para a adequação às boas práticas. O IMA realiza as auditorias preliminares para checar os ajustes de acordo com os padrões internacionais. Concluindo o processo, uma certificadora de reconhecimento internacional faz a auditoria final e concede a certificação às propriedades aprovadas.

Qualidade comprovada

Para Marco Vale, gerente de Certificação do IMA, o sistema desenvolvido pelo Certifica Minas Café representa um diferencial de grande importância. " Com a certificação é possível comprovar a qualidade de todo o processo produtivo", observa. "as propriedades integradas ao programa adotam práticas de produção que, além de possibilitar safras maiores e melhores, atendem às normas ambientais e trabalhistas", enfatiza o gerente.

Atualmente, há propriedades certificadas em 211 municípios mineiros, ou seja, a cobertura é de 25% do mapa do Estado, acrescenta. As lavouras incluídas no programa estão localizadas em regiões tradicionais de café como a Zona da Mata, Cerrado, Sul e agora também na Chapada de Minas com a inclusão de Capelinha, além da região Norte, com propriedades em Rio Pardo e Taiobeiras.

“As propriedades certificadas passam a integrar um cenário novo, pois aumenta o compromisso com a utilização de boas práticas de produção e de aperfeiçoamento da gestão do negócio”, acrescenta o gerente. “O conjunto de ações necessárias para obter e manter a certificação, além de melhorar a qualidade do produto, leva à redução de custos. Aumenta a aceitação do café de Minas no mercado interno e externo”, finaliza.
No quadro das exportações totais do Estado, o café fica atrás apenas do minério de ferro, posição confirmada em 2011. Entre janeiro e novembro deste ano, a receita das exportações mineiras de café alcançou US$ 5,2 bilhões, cifra 44,9% superior à registrada em idêntico período de 2010. Foi de 58,4% a participação do produto nas exportações totais do agronegócio nos onze meses, que atingiram US$ 8,9 bilhões.

Os negócios com café procedente de Minas Gerais, realizados exclusivamente em novembro de 2011, responderam por 61,7% da cifra total de US$ 1,0 bilhão obtida no mês pelos produtos agrícolas e pecuários do Estado. A cotação média do produto foi de U$ 5,1 mil a tonelada, valor 48,9% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.

Liderança na produção

Minas Gerais é o maior produtor de café do Brasil. O Estado responde por 50,2% da safra nacional, pois a produção mineira prevista para este ano deve alcançar 22,1 milhões de sacas, segundo o IBGE. Os dez municípios que apresentam maior produção de café em Minas Gerais, segundo o IBGE, somam colheitas de 3,7 milhões de sacas, ou 16,9% da safra mineira de café. Esta é a relação: Patrocínio (alto Paranaíba), 523,9 mil sacas; Três Pontas (Sul de Minas), 444,0 mil sacas; Manhuaçu (Zona da Mata), 435,6 mil sacas; Monte Carmelo (Alto Paranaíba), 412,5 mil sacas; Nepomuceno, Carmo da Cachoeira e Boa Esperança (Sul de Minas), respectivamente 367,9 mil sacas, 360,0 mil sacas, e 320,0 mil sacas; Rio Paranaíba (Alto Paranaíba), 291,9 mil sacas; Nova Resende (Sul de Minas), 290,2 mil sacas; e Araguari (Triângulo), 288,4 mil sacas.

Uma das características do Certifica Minas Café é a crescente inserção depequenas propriedades. "A agricultura familiar já responde por 90% das fazendas de café no Estado e aquelas que ainda não obtiveram a certificação têm a oportunidade de aderir e assim ampliar as condições de comercialização do produto no mercado interno, além de participar das exportações", explica Vale.

FONTE: SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

Convênio reforça sistemas de vigilância sanitária animal e vegetal em Minas

As ações do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) receberam um importante reforço nesta sexta-feira (23). É que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), liberou, através da Superintendência Federal de Agricultura de Minas Gerais, recurso de R$ 8.224.366,00 referente a dois convênios assinados com o órgão. O objetivo destes convênios é fortalecer os sistemas de vigilância sanitária animal e vegetal.

Essas ações têm reflexo sobre todos os municípios mineiros, garantem a condição sanitária dos rebanhos e o acesso das cadeias pecuárias aos mercados. O valor citado é o recurso para ser utilizado no ano de 2011, com a com a compra de veículos, computadores, capacitação dos servidores, custeio das ações de fiscalização, dentre outras atividades. Os convênios são plurianuais, com duração de cinco anos, ou seja, de 2011 a 2015. Além disso, preveem metas obrigatórias, estabelecidas pelo MAPA.

O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, ressaltou a importância da parceria do Instituto com a Superintendência Federal de Agricultura de Minas. “A defesa agropecuária mineira possui grande importância e reconhecimento no cenário nacional. Prova disso, são os convênios firmados, que não deixam a defesa sanitária mineira desassistida”, informa.

O primeiro convênio de R$23.385.166,32 mais a contrapartida do IMA de R$6.271.217,68 será para a manutenção do sistema unificado de atenção à sanidade animal, visando à prevenção, o controle e a erradicação de doenças animais. Serão combatidas enfermidades como febre aftosa, peste suína clássica, brucelose e tuberculose, influenza aviária e raiva dos herbívoros, entre outras.

Já o segundo, no valor de R$6.293.999,00 mais R$2.188.725,00 de contrapartida do Instituto será destinado para estruturar e manter o sistema unificado de atenção à sanidade vegetal para a prevenção e controle de pragas, tendo em vista a vigilância e fiscalização do trânsito interestadual de vegetais.

Para o diretor-geral do IMA a formalização desse convênio representa um esforço especial do MAPA em relação a Minas Gerais. “É muito difícil conseguir um convênio com esse valor, mas o superintendente Federal de Agricultura de Minas Gerais, Antônio do Vale, foi sensível à necessidade de equipar a defesa agropecuária no Estado. Esses recursos também darão sequência ao fortalecimento da sanidade animal e vegetal em Minas”, afirma.

O IMA é responsável pela manutenção da sanidade animal e vegetal, inspeção animal e vegetal do Estado, desenvolvendo ações na área de vigilância, fiscalização, inspeção, normatização e educação sanitária. Está presente nos 853 municípios de Minas Gerais, com 212 Escritórios Seccionais de atendimento às comunidades, 20 coordenadorias regionais e 16 barreiras sanitárias. Atualmente, a frota do Instituto conta com 649 veículos.

FONTE: MINAS SUSTENTÁVEL

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