sexta-feira, janeiro 20, 2012

Excesso de chuva compromete plantações de soja em MG

O excesso de chuva está comprometendo as plantações de soja em algumas propriedades de Minas Gerais. A umidade favoreceu o ataque de fungos, como o mofo branco, em lavouras do sudoeste do estado.
A soja plantada há dois meses e meio pelo agricultor João Martins em Lagoa Formosa, no Alto Paranaíba, está na fase de enchimento dos grãos. O produtor, que ficou surpreso com a quantidade de vagens por planta, esperava colher cerca de 60 sacas por hectare. Mas, por causa do excesso de chuva nos últimos dias, a plantação está sofrendo com o ataque do mofo branco, o que deve provocar queda na produtividade.
De acordo com o agrônomo Bruno Fernandes, a praga causa mais prejuízos na etapa de enchimento dos grãos. “Esse excesso de chuva tem prejudicado a gente a entrar na lavoura para fazer o controle químico. O excesso de umidade no chão é favorável para a presença do mofo branco, que começa no caule e vai estendendo na vagem. Como a gente tem uma presença muito grande de vagens, isso está causando um dano muito grande”, explica.
O agrônomo diz ainda que as lavouras também estão sofrendo com a falta de sol. “Em um mês choveu mais de 600 milímetros. O que a gente precisava em todo o ciclo da soja choveu praticamente em um mês. Esse excesso de chuva reflete na falta de luminosidade, que é muito importante para a cultura da soja”, completa Fernandes.
A situação ocorre nos 170 hectares que o produtor Henrique Borges, plantou há pouco mais de um mês. A falta de luminosidade deixa as folhas amarelas e a planta não se desenvolve bem.
O excesso de chuva causa problemas às lavouras de soja do Mato Grosso. A colheita atrasou porque, com o solo encharcado, as máquinas ficam paradas.
A colheita começou no inicio de janeiro na fazenda em Primavera do Leste, mas como o tempo não ajudou muito as máquinas ficaram pelo menos duas semanas paradas. Apenas 80 dos 500 hectares foram colhidos. Apesar do atraso, a expectativa é de um bom resultado da lavoura, em torno de 55 sacas por hectare.
A soja da propriedade de Frankie Martagnari já foi dessecada e o maquinário entrou em campo com atraso de uma semana. O produtor espera retirar 45 mil sacas dos 750 hectares cultivados. “A gente pegou um preço na faixa de R$ 40 e foi comercializado 30% da safra”, diz.
O início do ano foi de muitas chuvas na região sul do estado. Os produtores esperam que o sol apareça para que a colheita prossiga. A região da Grande Primavera, da qual fazem parte sete municípios, deve produzir cerca de 70 mil toneladas nesta safra dos 587 mil hectares plantados.

FONTE: NOTICIA DO DIA

Brasil pode se tornar líder mundial na produção de alimentos, dizem especialistas

A Agência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) afirma que pode faltar alimento no mundo em 2050, a menos que a produção de grãos aumente em um bilhão de toneladas e a de carne em 200 milhões de toneladas. Especialistas apontam que o Brasil tem potencial para suprir parte da demanda e, caso amplie os investimentos em áreas estratégicas, poderá se tornar líder na produção mundial de alimentos. A estimativa do governo federal é de crescimento de 23% na produção de grãos e 26% na de carnes no país até 2050, conforme o coordenador de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasquez.

"Os agricultores estão fazendo a parte deles, fazendo grandes investimentos. Aquilo que depende deles, então fazendo, em termos de conservação de estradas. Mas o governo vai ter que fazer a parte dele também", aponta.

Em 2011, o mundo alcançou sete bilhões de habitantes. Até 2050, a estimativa é chegar a nove bilhões. De acordo com o economista Newton Marques, a falta de uma política concreta de preços mínimos é um dos entraves para o crescimento da produção.

"É preciso ter uma política que leve em conta a questão dos estoques reguladores. Sai muito caro para o governo fazer estoques e mais caro para a sociedade, se não fizer", explica.

O sociólogo Sérgio Sauer lembra ainda que a alta na produção depende de um melhor aproveitamento das terras disponíveis.

"O Brasil tem uma extensão enorme e metade das terras é usada para a pecuária, com nível baixo de utilização ou de produtividade. Seria fundamental repensar a pecuária como atividade e a liberação de parte destas terras para a produção de alimentos", diz.

No campo, a escassez pode virar oportunidade. O produtor rural Derci Cenci afirma ter visto a safra de grãos crescer 15% em sua propriedade no último ano. Os lucros, no entanto, poderiam ser maiores, segundo ele.

"Por não termos estrada de melhor qualidade, a produção chega a ficar até 10 dias nos armazéns. Ou você vai colher um produto perecível. Ficando três ou quatro dias na roça com essa quantidade de chuvas que temos aqui, o produto é prejudicado e você acaba perdendo na quantidade da produção e na qualidade", salienta.

FONTE: NOTICIA DO DIA

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