sexta-feira, janeiro 27, 2012

Quebra na safra de verão chega a R$ 2,89 bi no RS

Perdas do milho são irreversíveis, mas ainda há esperança para soja

Na tarde dessa quinta-feira (26), o presidente da Emater/RS, Lino de David, e o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do RS (SRD), Ivar Pavan, divulgaram a estimativa de safra das principais culturas de verão no Estado. Segundo os dados levantados pela Gerência de Planejamento da entidade, os produtores de feijão, milho, arroz e soja contabilizaram perdas de R$ 2.892.889.801,03 em relação à estimativa inicial, e R$ 4.559.355.890,67 em relação à safra passada.

As estimativas se baseiam em dados coletados entre os dias 16 e 25 de janeiro, em um universo que abrange 97% da área cultivada com milho e soja no Estado, 87% da área de arroz e 75% de feijão. Pavan destacou que a abrangência da pesquisa - 411 municípios -, somada à experiência da Emater no levantamento de informações, procedimento realizado quinzenalmente desde a década de 70, reforça a precisão dos números divulgados. “Estes são os dados oficiais do governo”, disse.

Milho
Como a estiagem começou no mês de novembro, quando as espigas estão se desenvolvendo, as lavouras de milho foram as mais atingidas. A produção não deve ultrapassar 3,08 milhões de toneladas, o que representa queda de 46,63% em relação à safra passada (5,78 milhões t). Com quebra de até 69% na região administrativa de Ijuí (10,64% da produção do RS) e 59% na região administrativa de Passo Fundo (25,97% da produção estadual), o grão contabilizou um prejuízo R$ 988.305.344,50 em relação à estimativa anterior. Para Pavan e David, as perdas são irreversíveis.
Hoje, 20% das lavouras de milho estão em desenvolvimento vegetativo, 16% em floração, 29% em enchimento de grãos, 18% maduras e 17% já colhidas.
Uma das alternativas encontradas pelos produtores para a cultura é aproveitar as sementes e os insumos que ainda têm para plantar o grão e usar na alimentação animal.

Soja
Já a situação da oleaginosa pode melhorar. Diferente da estiagem de 2005, quando ocorreu durante os meses do desenvolvimento da soja, este ano ela atingiu o Estado antes desta fase. As precipitações das próximas semanas determinarão a produtividade final da cultura, já que 13% da área cultivada está em fase de enchimento de grãos e 47% em floração. “As maiores perdas estão nas variedades precoces, que já estão aflorando”, avalia o presidente da Emater/RS.
Na soja, a quebra é de 22,33% em relação à estimativa inicial. A produtividade média, até o momento, é de 1.948 kg/ha, e a produção não vai ultrapassar oito milhões de toneladas. A região administrativa de Ijuí (23,3% da produção estadual) teve quebra de 26,4%, e Santa Maria (18,96% da produção do RS) contabilizou -32,7%. O impacto econômico foi de R$ 1.627.452.878,33 em relação à estimativa inicial.

Feijão 1a safra
O feijão da primeira safra registrou uma queda de 6,47% em relação à estimativa inicial, e não deve passar de 76.357 toneladas. De acordo com os técnicos, essa diferença poderia ser maior se não fosse a alta de 65,21% esperada na região administrativa de Caxias do Sul (19,73% da produção estadual). Atualmente, 62% da área já foi colhida, tendo ainda 28% já maduras e por colher.
A região administrativa de Santa Maria (15,45% da produção estadual) teve 39,77% de quebra, além de Lajeado e Porto Alegre (8,82% e 8,88% da produção do RS respectivamente), que perderam 41,49% e 48,37%. O impacto econômico foi de R$ 7.450.261,00.

Arroz
A cultura menos impactada pelo clima é a do arroz, que, devido à irrigação, mantém a produtividade média em 6.861 kg/ha, rendimento que projeta uma produção total de 7,53 milhões de toneladas para esta safra, marcando uma diferença de –6,62% em relação à estimativa inicial. O secretário adjunto de Agricultura, Pesca e Cooperativismo, Cláudio Fioreze, destaca que a redução na produção em 2012 ocorre basicamente nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Bagé e Santa Maria (8,94% e 9,01% respectivamente). “Em Bagé houve uma redução na área plantada, e, em Santa Maria, a estiagem provocou queda na reserva de água em algumas bacias”, pondera.

Ações
Entre as ações do governo para reduzir os prejuízos está o repasse de R$ 51 mil a todos os municípios que decretaram situação de emergência, para ações emergenciais de abastecimento de água para as comunidades, através de caminhões pipa, revitalização de poços e cestas básicas para as famílias em situação de insegurança alimentar.

FONTE: AGROLINK

CMN autoriza renegociação de crédito rural para custeio

Regras ampliam prazos para agricultores afetados pela seca nos estados do Sul

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira, 26 de janeiro, durante reunião ordinária, a renegociação de operações de crédito rural de custeio e a ampliação de prazos para quitação de parcelas de investimentos. Os beneficiados com as novas regras são os produtores dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, atingidos pela estiagem.

Foi autorizada a renegociação de operações de crédito rural de custeio e investimento para produtores rurais que tiveram prejuízos em decorrência da estiagem no Sul. Assim, os produtores rurais situados nos municípios com decretação de situação de emergência ou calamidade pública, reconhecida pelo governo federal e cuja renda, preponderantemente, de milho, soja e feijão seria utilizada para pagar dívidas de crédito rural, terão postergado o prazo de pagamento para 31 de julho de 2012. Isso apenas será possível para as parcelas com vencimento entre 1º de janeiro e 30 de julho deste ano, referentes a operações de custeio da safra 2011/2012, de custeios prorrogados de safras anteriores, desde que não cobertos por seguro agropecuário, e parcelas de investimentos. Para os produtores com perdas acima de 30%, o prazo será definido em função do percentual de perdas efetivas apresentadas por cada produtor.

O segundo voto instituiu a linha emergencial de crédito, no valor de R$ 200 milhões, para as cooperativas refinanciarem as dívidas de produtores rurais. A medida vale para aqueles que estão situados nos municípios com decretação de situação de emergência ou calamidade pública reconhecida pelo governo federal em decorrência da estiagem e cuja renda preponderantemente de milho, soja e feijão seria utilizada para pagamento de insumos. Isso será feito por meio do Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro), utilizando recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O crédito terá prazo de até cinco anos, com taxas de juros de 6,75% ao ano e limitado a R$ 10 milhões para cooperativas, não podendo ultrapassar R$ 40 milhões por associado ativo.

Outra medida importante do pacote antisseca que foi aprovada diz respeito ao reembolso do financiamento destinado à aquisição de implementos agrícolas isolados novos, de quatro anos para oito anos, previsto no Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota). Para o diretor do departamento de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wilson Vaz de Araújo, as medidas são importantes porque dão tranqüilidade aos produtores na condução das suas atividades. “Ameniza o problema do produtor, evitando decisões precipitadas ao melhorar a sua liquidez para o cultivo das safras futuras”, enfatizou o diretor.

FONTE: MINISTERIO DA AGRONEGOCIO

Field Tour 2012

O segundo Field Tour 2012 foi realizado ontem (dia 26/01/2012) na região de Araguari/MG. Agradeçemos a filial de Araguari pelo desempenho, aos 15 produtores de auto nível que compareceram e ao Alan Pagnoncelli (marketing soja da Syngenta) que esteve presente.

Segue abaixo as fotos.

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