segunda-feira, junho 29, 2015

Roberto Rodrigues faz gestões pela revisão do programa ABC

O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues entregou a representantes do governo brasileiro um documento propondo uma revisão urgente do Plano Agricultura de Baixo Carbono, conhecido como ABC. De acordo com Rodrigues, que lidera a coordenação do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (GV Agro), o programa é "de longe o melhor modelo de agricultura tropical do mundo", mas faltam números e governança para fazê-lo avançar. Criado em outubro de 2013, o plano deve ser revisto a cada dois anos para eventuais ajustes de rota. Por isso, especialistas defendem que o governo faça essa revisão o mais rapidamente possível, de forma a apresentar o programa, com alguns resultados, já na CoP 21, no fim do ano, em Paris - o mais esperado encontro global para discutir as mudanças climáticas. Segundo Rodrigues, o plano ABC é um "baita trunfo" para ser apresentado pelo governo brasileiro em Paris já que prevê o financiamento para a agricultura sustentável, capaz de reduzir as emissões de dióxido de carbono. O documento que foi entregue à ministra da Agricultura, Kátia Abreu, e ainda aos ministros Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário), Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos) e Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), chama a atenção para três pontos: transparência, monitoramento e capacitação técnica. Segundo a GV Agro, ainda é impossível averiguar o impacto dos recursos contratados na redução das emissões de gasesestufa por falta de monitoramento. "O programa é maravilhoso e sabemos que há uma redução das emissões em decorrência dele. Mas não temos os números", disse Rodrigues ao Valor. "É simplesmente falta de governança". O grupo defende também maior transparência nos dados fornecidos pelos diversos financiadores e pelo governo federal - muitas vezes, os números não são correspondentes. A GV Agro diz ser necessário destrinchar o financiamento, o que hoje não ocorre. A capacitação técnica também precisa ser desenvolvida para dar escala aos projetos. Hoje, os recursos estão concentrados em Estados com agricultura mais desenvolvida, em grande parte porque contam com técnicos capacitados. Por esse motivo, as regiões Norte e Nordeste ainda são marginalizadas no programa. "Outra crítica é que o ABC está indo só para os grandes produtores. Há uma queixa generalizada de que o Ministério do Desenvolvimento Agrário precisa se envolver mais e incluir os agricultores familiares nesses processo", afirmou Roberto Rodrigues.

O Ministério da Agricultura estima que as contratações de crédito pelo ABC devam alcançar R$ 3,2 bilhões até o fim da safra 2014/15, que se encerra em junho. Entre julho do ano passado e abril deste ano já foram liberados R$ 2,9 bilhões. O total ofertado para o ABC em todo o ano-safra, porém, foi de R$ 4,5 bilhões, indicando que as linhas do programa não devem ser integralmente desembolsadas. 

Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, junho 08, 2015

Agronegócio tem participação recorde de 51,5% nas exportações brasileiras em maio

08/06/15 - 16:17 

Em maio de 2015, a participação do agronegócio foi recorde nas exportações brasileiras, alcançando 51,5%. O valor atingido foi de US$ 8,64 bilhões, o que representa uma queda de 10,5% em relação a maio de 2014. Já as importações somaram US$ 1,03 bilhão no período.

Os números constam da balança comercial do agronegócio, divulgada nesta segunda-feira (8) pela Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

“Na composição do superávit obtido na balança comercial do Brasil no mês, que foi de US$ 2,76 bilhões, o setor agropecuário contribuiu com US$ 7,61 bilhões de saldo positivo, enquanto os demais setores da economia apresentaram mais de US$ 4,85 bilhões de déficit. Ou seja, o agronegócio foi o responsável pelo superávit da balança comercial brasileira”, afirmou a secretária de Relações Internacionais do Agronegócio, Tatiana Palermo.

Os setores que mais contribuíram para a retração nas exportações foram: complexo soja (menos US$ 384,59 milhões); carnes (menos US$ 300,47 milhões) e produtos florestais (menos US$ 127,81 milhões). Já os setores de sucos e bebidas foram os que amenizaram a redução, com crescimento de US$ 37,8 milhões e US$ 11,79 milhões, respectivamente.

Destaques
Mesmo com a retração, o complexo soja foi o principal setor em termos de valor exportado. Suas exportações apresentaram crescimento de 20,9% em quantidade em relação a maio do ano passado. “Em maio de 2015, houve queda, em valor, nas exportações do agronegócio, porém, em quantidade, a queda foi menor em alguns produtos. A soja em grão, por sua vez, apresentou aumento significativo, registrando o montante recorde de 9,34 milhões de toneladas. O produto foi destaque não apenas na balança do agronegócio, mas também na balança como um todo”, assinalou a secretária.

Na segunda posição no ranking de exportação está o setor de carnes, com US$ 1,2 bilhão. As vendas de carnes de frango foram responsáveis por 48,1% desse montante, somando US$ 574,92 milhões. O segundo produto do setor foi a carne bovina, com exportações de US$ 453,42 milhões. Ainda que com menor participação em valor exportado, o desempenho da carne suína merece destaque, com crescimento de 17,9% na quantidade embarcada em relação ao mesmo período no ano passado.

Os produtos florestais ficaram na terceira posição, com embarques de US$ 773,53 milhões em maio deste ano. No setor, o papel e celulose alcançaram o montante de US$ 540,70 milhões.

Na quarta posição está o complexo sucroalcooleiro, que somou US$ 664,5 milhões mês passado. O valor apresentou queda de 3%, devido à retração nas exportações de álcool (de US$ 98,67 milhões para US$ 46,61 milhões). Já o açúcar apresentou crescimento tanto em valor (de US$ 585,77 milhões em maio de 2014 para US$ 617,25 milhões em maio de 2015) quanto em quantidade embarcada (de 1,47 milhão para 1,83 milhão de toneladas).

Em quinto está o café, que somou US$ 483,86 milhões. As vendas externas do grão foram 13,7% inferiores, em função da retração na quantidade (161,56 para 157,83 mil toneladas) e do preço médio (US$ 3.118 para US$ 2.753 por tonelada). Já o café solúvel apresentou crescimento de 1,6% em valor, em decorrência da ampliação do preço.
Em conjunto, os cinco setores destacados somaram US$ 7,46 bilhões e foram responsáveis por 86,3% das vendas externas do agronegócio brasileiro.

12 meses
Entre junho de 2014 e maio de 2015, as exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 91,38 bilhões, o que significou decréscimo de 7,8% em comparação aos US$ 99,08 bilhões comercializados nos doze meses anteriores.
Nas importações, a queda foi de 9,6%, somando US$ 15,50 bilhões no período. Dessa forma, o saldo da balança comercial do agronegócio brasileiro foi superavitário em US$ 75,89 bilhões (-7,4%).

segunda-feira, junho 01, 2015

CONHEÇA OS PRINCIPAIS TIPOS DE TOMATE PRODUZIDOS NO BRASIL



CAQUI
Como é: não é adocicado, apresenta acidez e frescor intermediários. É firme e tem boa conservação
Vai bem em: saladas, pizzas e vinagrete

CARMEN
Como é: firme, tem boa conservação. Não é tão apreciado por chefs, pois tem sabor pouco acentuado
Vai bem em: saladas e com recheio, feito ao forno

DÉBORA
Como é: levemente achatado nas extremidades; é menos carnudo do que o italiano, tem mais semente e água
Vai bem em: molhos, principalmente, mas também como tomate seco

ITALIANO
Como é: alongado, oval, tem polpa sólida, adocicada, com pouca semente. É bastante sensível
Vai bem em: molhos, purê de tomate e como tomate seco

HOLANDÊS
Como é: menor do que variações como caqui e Débora, vem em ramos, como é colhido. Tem baixa acidez e doçura acentuada
Vai bem em: saladas, pratos preparados ao forno e molhos

CEREJA
Como é: minitomate com intenso sabor adocicado e alto teor de água
Vai bem em: canapés, saladas e para decorar e finalizar receitas

SWEET GRAPE
Como é: pequeno, como o cereja, mas em formato alongado. Tem sabor doce e intenso
Vai bem em: saladas e também na companhia de peixes e queijos azedos

TOMATES ITALIANOS

SAN MARZANO
Como é: conhecido como o "rei dos tomates", uma das variações mais desejadas pelos chefs. É completo: tem doçura natural, persistência e acidez baixa. Tem muita polpa e pouca água
Vai bem em: molhos, pizzas e saladas

LIGÚRIA
Como é: com muitos gomos, tem acidez e açúcar balanceados
Vai bem em: saladas, gaspacho, sanduíche


Fontes: Juscelino Pereira, do Piselli; Jefferson Rueda, do Attimo; Leonardo Boiteux, pesquisador de melhoramento genético de hortaliças do Embrapa; Paulo César Tavares de Melo, agrônomo da Esalq - USP; "Culinária Italia"; "O Grande Livro dos Ingredientes"; "400g - Técnicas de Cozinha"

Institucional Cia da Terra - Conheça o que move essa empresa!

Cia da Terra- Patrocinadora do Programa MG Rural Uberlandia e Região - TV Globo