quarta-feira, novembro 25, 2015

Argentina pode ter aumento radical na produção de grãos após vitória da oposição

Estimativa é que exportação de trigo poderá dobrar ao fim do mandato do novo presidente e que embarques de milho também tenham forte crescimento.

FOTO REUTERS

BUENOS AIRES - Ao final do mandato de quatro anos do presidente eleito Mauricio Macri, a Argentina deverá ter dobrado as exportações de trigo e ampliado fortemente seus embarques de milho, segundo algumas estimativas, conforme o prometido abandono de restrições ao comércio vigentes há anos abrirá as portas para todo o potencial do cinturão agrícola nos Pampas do país.

O líder de oposição Macri venceu o candidato governista Daniel Scioli na eleição de domingo, efetivamente encerrando uma briga de oito anos entre fazendeiros e a presidente Cristina Kirchner, que minava a produção e que apertou o cerco contra embarques de grãos em uma tentativa de segurar a inflação de dois dígitos.

Macri, que venceu com o apoio do lobby de fazendeiros e com uma plataforma de amplo apoio ao livre mercado, prometeu eliminar taxas de exportação de milho e trigo, e abrir o sistema de cotas que controla os embarques internacionais dos dois produtos. Ele também quer uma taxa de câmbio mais competitiva.

O milho deve ter o mais rápido crescimento na área plantada devido a uma previsão de maior lucratividade sob as políticas de Macri, disse o agrônomo Pablo Adreano, que tem analisado o setor de grãos da Argentina por mais de três décadas.

Ele projeta que os produtores vão ampliar a área plantada de 3 milhões de hectares para 4 milhões de hectares no ano safra de 2016/2017. As exportações de milho da Argentina poderiam crescer em 44 por cento nos próximos três anos para 23 milhões de toneladas.

Já as exportações de trigo poderiam subir de 4,3 milhões de toneladas neste temporada para 11 milhões de toneladas em 2018/2019, o que seria equivalente a cerca de 6,8 por cento do comércio global de trigo, disse Adreani.

Mesmo os embarques de soja e seus derivados poderiam subir de 45 milhões de toneladas para 52 milhões de toneladas em 2018/2019, ele disse.

(Por Hugh Bronstein)

FONTE: Reuters 23/11/2015 - 09h54 | Atualizado em 23/11/2015 - 10h27

segunda-feira, novembro 23, 2015

Importação de soja do Brasil pela China cresce quase 50% em outubro

Oferta de soja do Brasil está menor; país já escoou maior parte da safra.
China é o maior importador global, enquanto Brasil é o maior exportador.
As importações de soja brasileira pela China cresceram 47,2% em outubro ante o mesmo mês de 2014, para 3,88 milhões de toneladas, mas recuaram ante o volume de setembro, segundo dados recentes da alfândega chinesa.
Em setembro, as importações chinesas do produto brasileiro tinham somado 5,1 milhões de toneladas. A disponibilidade de soja do Brasil está menor, após o país já ter escoado a maior parte de sua safra recorde.
No acumulado do ano até outubro, as importações de soja do Brasil pelos chineses aumentaram 18%, para 36,9 milhões de toneladas.
Foto: Reprodução/TV Mirante

A China é o maior importador global de soja, enquanto o Brasil é o maior exportador da oleaginosa.
Os embarques da Argentina também avançaram em outubro na comparação anual, para 919 mil toneladas, alta de cerca de 30%.
A desvalorização do real e do peso argentino ante o dólar tem melhorado a competitividade dos grãos da América do Sul no mercado internacional, especialmente ante o produto dos Estados Unidos.
As importações de soja dos EUA, que acabam de finalizar a colheita, tendem a avançar nos próximos meses, à medida que a oferta na América do Sul fica mais escassa.
Em outubro, as chegadas do grão norte-americano na China cresceram mais de 100%, para 512 mil toneladas, mas ainda ficaram em volumes relativamente baixos frente ao produto de outras origens.
As importações de soja pela China de todos os destinos somaram 5,5 milhões de toneladas em outubro (alta de 34,8%), enquanto no acumulado do ano avançaram 14,6%, para 65,2 milhões de toneladas.

FONTE: REUTERS 23/11/2015 13h35 - Atualizado em 23/11/2015 13h35

terça-feira, novembro 17, 2015

Abag projeta crescimento de 80% no agronegócio brasileiro

O presidente da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, encerrou o Fórum “Protagonismo do Agronegócio Brasileiro”, nesta segunda-feira (16), em Porto Alegre, destacando a importância estratégica do agronegócio. “Buscamos manter a lógica de aliar competência com produtividade”, observou Carvalho, lembrando que o agronegócio brasileiro responde atualmente por 24% do PIB nacional, por 40% das exportações e por 30% dos empregos do país. Carvalho mirou no futuro e projetou mais crescimento em função da mudança do padrão de consumo e crescimento da população interna e mundial. “A produção de alimentos deve crescer 80% nos próximos anos. E o Brasil será o maior protagonismo global”, disse.
Outra concorrida participação no Fórum, realizado pela Abag, foi do sócio do Demarest Advogados, Renato Buranello, que apresentou o conceito atual do setor que se inicia pelo fornecimento de insumos, passa pela produção, processamento e armazenamento até chegar à distribuição. “Cerca de 65% do PIB do agro está fora da porteira. O grande desafio do setor é conseguir agregar mais valor a produção”, destacou.
Para isso é necessário maior investimento e, por consequência, novas fontes de financiamento. “Já temos os instrumentos e agora é preciso aperfeiçoá-los”, concluiu ao defender a emissão direta de títulos para os mercados de capitais para que seja mantida a relação direta com os investidores. “O setor precisa de maior prazo, menor custo e maior previsibilidade”, insistiu o palestrante ao pedir melhor planejamento do Estado para o agronegócio.
No painel conduzido pelo analista da MB Associados, Sérgio Vale, o palestrante não foi nada otimista ao pontuar que a expectativa é de que o cenário de recessão no Brasil se prolongue pelos próximos anos se nada for mudado na política econômica do país.
Vale argumentou que a queda na atividade produtiva não tem relação com o agronegócio que vem crescendo de forma expressiva. “Para esse resultado se refletir na economia de uma forma geral, precisamos de reformas, caso contrário, no curto prazo, o grau de deteriorização vai acontecer em ritmo acelerado”, avaliou Vale, acrescentando que só a longo prazo, após esse período de incertezas políticas, a perspectiva pode voltar a ser positiva.
FONTE: AMÉRICA ECONOMIA - http://goo.gl/fuLzle 

quarta-feira, novembro 11, 2015

Clima colabora e plantio de soja avança em MT

O retorno do clima mais úmido permitiu que o plantio da safra 2015/16 de soja em Mato Grosso evoluísse consideravelmente nos últimos dias, embora as previsões para esta semana sejam menos prósperas em termos de chuvas no Estado.
Levantamento divulgado pelo Instituto Mato­Grossense de Economia Agropecuária (Imea) indicou que a semeadura avançou 23 pontos percentuais na semana encerrada na última quinta­feira, para 61% da área total prevista. O ritmo está ligeiramente atrasado em relação aos 66,9% do mesmo período do ano passado.
Os agricultores locais enfrentam problemas com o tempo seco desde meados de setembro, quando começou o período oficial de plantio em Mato Grosso. Entretanto, as precipitações aos poucos têm voltado ao Estado ­ e, ainda que essas chuvas sejam irregulares, têm contribuído para acelerar as atividades no campo.
Mas as previsões para os próximos dias sinalizam a tendência de tempo mais firme e chuvas apenas na forma de pancadas localizadas, de acordo com a Somar Meteorologia. "Dessa forma, o plantio da soja e das demais culturas de grãos deverá continuar sendo realizado com muita cautela, já que essas pancadas não são garantia de que venham a ocorrer chuvas sobre as áreas desejadas", afirma Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Somar, em boletim.
Por ora, o Imea permanece com uma projeção de colheita de 29,07 milhões de toneladas de soja na atual safra 2015/16, alta de 3,5% na comparação com a temporada passada. O Estado é o maior produtor de grãos do país.
Mas a consultoria FCStone já refez seus cálculos, com base na expectativa de que o déficit hídrico observado não apenas em Mato Grosso, mas também em Goiás, Bahia, Piauí e São Paulo, possa reduzir a produtividade da oleaginosa nesta temporada.
A consultoria reduziu para 29,01 milhões sua estimativa para a colheita de soja mato­grossense, ante as 29,30 milhões apontadas no mês passado. Para a safra brasileira, a FCStone diminuiu a previsão de 101,08 milhões para 100,45 milhões de toneladas ­ ainda um recorde.
Os preços da saca de soja no mercado interno também continuam sustentados pela firmeza do dólar em relação ao real, que ajuda a compensar os baixos preços da commodity na bolsa de Chicago. O indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos no Paraná acumula alta de 22% em um ano, sendo negociada atualmente na casa de R$ 76.

Fonte: http://www.valor.com.br/agro/4306564/clima-colabora-e-plantio-de-soja-avanca-em-mt

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