quarta-feira, outubro 28, 2015

Produtividade do milho pode crescer de 30% a 40% no país

Terceiro maior produtor e vice­líder nas exportações globais de milho, o Brasil tem potencial para elevar seu nível de produtividade em pelo menos 30% a 40% (duas a três toneladas por hectare), o que traria uma oferta adicional de 30 milhões a 45 milhões de toneladas. Seria como acrescentar à safra do país quase o mesmo volume colhido atualmente em Mato Grosso e no Paraná, os dois principais produtores nacionais do grão, e tudo isso nos mesmos 15 milhões de hectares que a cultura já ocupa, sugere estudo da consultoria McKinsey.

"Sempre falamos que o gargalo está lá na frente, em logística, mas não quer dizer que não tenhamos potencial a capturar no campo. Então, fomos verificar o tamanho da aspiração que podemos ter", disse ao Valor Nelson Russo Ferreira, sócio da McKinsey e líder de agribusiness da consultoria na América Latina.

De fato, o protagonismo do Brasil no mercado de milho destoa de seus índices de produtividade. A média do país é de 5,3 toneladas (88 sacas de 60 quilos) por hectare, praticamente a metade das pouco mais de 10,5 toneladas (175 sacas) dos EUA, que têm a seu favor vantagens de clima e solo que se refletem em custos menores. Com tamanha diferença nos volumes de milho saídos do campo aqui e lá, seria mesmo de se supor que temos muito a avançar ­ o desafio é saber quanto.

Tendo isso em vista, a McKinsey, em parceira com a também americana ConScience Analytics, desenvolveu uma ferramenta (já testada nos EUA e na Europa) capaz de mensurar de forma "granular" a produtividade que está no limbo em áreas agrícolas. No Brasil, Mato Grosso foi eleito o primeiro caso de estudo.

Segundo Lígia Azevedo, agrônoma e consultora da ConScience, um modelo matemático estima a produtividade com base em uma série de processos e informações iniciais. "A partir de uma análise geoespacial, usamos dados climáticos detalhados, além das características físicas e químicas do solo e da planta que se está modelando", explicou.

Ainda que seja necessário um salto na mecanização no uso de novas tecnologias transgênicas, investimentos em infraestrutura e oferta de financiamentos acessíveis aos agricultores, a McKinsey concluiu que seria "realista" a meta de Mato Grosso ganhar de 1,9 a 2,2 toneladas de milho por hectare na segunda safra (a safrinha) ­ a primeira safra do grão é inexpressiva no Estado. E no curto prazo. "Depende de quão duro isso for tentado, mas seria possível em três a cinco anos", previu Ryan McCullough, gerente da ferramenta na McKinsey. A produtividade esperada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra 2015/16 mato­grossense é de 5,9 toneladas, aquém das 6,06 toneladas da safra anterior em consequência da redução do uso de fertilizantes, que encareceram devido à disparada do dólar.

Mas os potenciais de aumento de produtividade variam muito mesmo em Mato Grosso. O estudo indicou oportunidades de elevação de uma a cinco toneladas por hectare no Estado, tendo mais a conquistar cidades no médionorte, como Nova Maringá, Porto dos Gaúchos e São José do Rio Claro. Municípios do noroeste onde ainda predominam pastagens, como Colniza e Aripuanã, também podem evoluir mas no longo prazo. Já no sudeste há localidades já próximas de seu potencial inato, como Alto Garças e Poxoréu, que têm menos de uma tonelada a ganhar, conforme a McKinsey.

Esses incrementos de produtividade provocariam um impacto financeiro significativo, de acordo com a consultoria, na medida em que trariam US$ 350 mil a mais de receita para uma propriedade de cerca de 1,5 mil hectares. "Haveria ainda um impacto ambiental [positivo] e uma melhoria da competitividade de custo do Brasil no mercado internacional, importante num cenário de preços mais baixos e maior concorrência com outros países", disse Ferreira.

A cadeia de insumos também se beneficiaria. Com mais milho sendo colhido, seria criado um mercado adicional de US$ 700 milhões para fabricantes e distribuidores de fertilizantes (especialmente para vendas de nitrogênio e fósforo) e de US$ 100 milhões para defensivos agrícolas. 

"Também os fornecedores de máquinas e de tecnologias de agricultura de precisão seriam mais demandados nesse cenário. E sabendo onde há mais oportunidades de avanço [na produtividade], melhora­se a estratégia de investimento", avalia o sócio da McKinsey, que tem a expectativa de ampliar essas análises para outras culturas e regiões do país.

FONTE: http://www.valor.com.br//agro/4289646/produtividade-do-milho-pode-crescer-de-30-40-no-pais-diz-consultoria

segunda-feira, outubro 12, 2015

Rebanho bovino cresceu 0,3% em 2014, para 212,3 milhões de cabeças

­ 08/10/2015 às 13h21 Rebanho bovino cresceu 0,3% em 2014, para 212,3 milhões de cabeças O rebanho bovino brasileiro registrou leve crescimento de 0,3% em 2014, somando 212,3 milhões de cabeças, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na “Pequisa Pecuária Municipal” elaborada anual pelo instituto.

"De modo geral, a pecuária, em 2014, registrou melhor desempenho do que em 2013, mesmo diante dos cenários nacional e internacional mais restritivos", afirmou o IBGE no texto da pesquisa.
De acordo com o instituto, cinco Estados do país concentravam no ano passado mais da metade do rebanho bovino nacional. Conforme o IBGE, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Pará tinham 54% das 212,3 milhões de cabeças. O Centro­Oeste é a região com maior número de bovinos, cerca de um terço da participação nacional.

Ainda segundo o IBGE, entre 2013 e 2014, houve crescimento do efetivo de bovinos no Norte (2,5%), Nordeste (1,4%) e Centro­Oeste (0,2%). Em contrapartida, as regiões Sudeste (­2,1) — impactada pela baixa em Minas Gerais e São Paulo — e Sul (­0,8%) tiveram perda do rebanho.

Entre os municípios, São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Ribas do Rio Preto (MS) são as cidades com os maiores efetivos bovinos do país.

Ainda de acordo com o IBGE, a produção de leite foi de 35,1 bilhões de litros em 2014, alta de 2,7% em relação ao ano anterior. Minas Gerais continuou com o título de maior produtor de leite: foram 9,37 bilhões de litros em 2014, o que representa 26,6% de toda a produção nacional.

A pesquisa ainda calculou o preço médio do produto, que foi de R$ 0,96 por litro, gerando um valor de produção de R$ 33,78 bilhões no ano passado. A produtividade média da produção de leite no país foi de 1.525 litros por vaca, crescimento de 2,2% na comparação com o ano anterior.

FONTE: http://www.valor.com.br/agro/4262824/rebanho-bovino-cresceu-03-em-2014-para-2123-milhoes-de-cabecas

terça-feira, outubro 06, 2015

Produção brasileira de soja deverá crescer para 97,8 milhões de ton

Produção brasileira de soja deverá crescer para 97,8 milhões de ton A produção de soja em grão do país deverá alcançar 97,8 milhões de toneladas no ciclo 2015/16, conforme as primeiras estimativas da Associação Brasileiras das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) para a safra que está em fase de plantio. Se confirmado, o volume será 3,2% superior ao da temporada 2014/15, calculado pela entidade em 94,8 milhões de toneladas, e representará um novo recorde histórico.

Segundo a Abiove, o total destinado a processamento recuará 100 mil toneladas em igual comparação, para 40 milhões de toneladas, e o volume exportado aumentará em 400 mil toneladas, para 52,8 milhões. Com isso, os estoques finais da matéria­prima foram projetados pela associação em 4,4 milhões de toneladas, ante 2,1 milhões em 2014/15.

Com a leve queda prevista para o processamento, a produção de farelo de soja foi projetada em 30,3 milhões de toneladas em 2015/16, também 100 mil a menos que no ciclo passado. O consumo doméstico do derivado deverá crescer 400 mil toneladas, para 15,5 milhões, e as exportações deverão ser 600 mil toneladas menores, da ordem de 14,8 milhões de toneladas.

No caso do óleo de soja, as projeções da Abiove indicaram a manutenção da produção em 7,95 milhões de toneladas e da demanda doméstica em 6,6 milhões de toneladas. Já as exportações deverão registrar leve queda, para 1,37 milhão de toneladas. 

Fonte: VALOR ECONÔMICO: http://www.valor.com.br/agro/4255988/producao-brasileira-de-soja-devera-crescer-para-978-milhoes-de-ton

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