segunda-feira, setembro 19, 2011

Mudas de tomate enxertadas são a solução para ralstonia

A presença da bactéria Ralstonia solanacearum resulta na redução do transporte de água com consequente murcha das folhas, sem alteração na coloração da planta, semelhantemente ao que ocorre na deficiência hídrica, progredindo para a morte da planta. Após corte transversal do caule, observa-se o escurecimento do sistema vascular e quando o teste do copo é realizado, revela a exsudação do pus bacteriano.
Entre os dados está a perda quase total da produção.

Condições propícias

De acordo com a literatura, a bactéria é tolerante a sais e cresce em temperatura entre 25 a 35°C, variando em função dos isolados, bem como áreas de clima úmido, com altitudes baixa a média como em regiões tropicais e subtropicais, condições estas que favorecem a doença.

O manejo correto envolve:

- Rotação de cultura com gramíneas;
- Plantio em áreas novas;
- Evitar receber água de outras áreas de cultivo;
- Erradicar focos e aplicar cal virgem;
- Solo seco e pouco resto de cultura favorece o controle da bactéria;
- Limpeza.

Resistência

Não há cultivares e/ou híbridos comerciais de tomateiro resistentes, porém, existem porta-enxertos bastante tolerantes. Isto faz com que se obtenha mudas enxertadas com alta tolerância a este patógeno.

Incidência do patógeno

Em áreas com incidência muito elevada, tem se observado passagem do patógeno pelo porta-enxerto, chegando ao enxerto, causando murcha e ocorrendo até morte de plantas. Em alguns destes casos afeta a produção. Já em áreas com baixa incidência da doença, as plantas enxertadas resistem e elevam a produção.

Enxertia

A enxertia em hortaliças, tanto em tomateiro quanto em pepineiro e pimenteiro, ajudam na resistência a doenças e na salinização do solo, principalmente em áreas de cultivo intensivo. Dessa forma, a enxertia aumenta a produtividade em consequência do aumento de ciclo e também melhora a qualidade dos frutos destas culturas.

Custo

O custo de uma muda enxertada não poderá ser analisado somente no valor da muda, mas é necessário entender os benefícios que esta poderá dar de retorno ao produtor, principalmente em áreas com presença de patógenos de solo e alta concentração salina.
O preço de uma muda enxertada varia de acordo com os viveiros e dos híbridos utilizados. Nos viveiros mais tecnificados, idôneos, o custo chega a ser três vezes mais que uma muda pé-franco (muda não enxertada).
Chamamos a atenção neste aspecto ao adquirir mudas enxertadas. Por ser uma muda mais cara e utilizar duas sementes de híbridos, o custo naturalmente já é maior, incorporando a tecnologia da enxertia, mais o ambiente que as mudas enxertadas são colocadas e o tempo que levam a mais no viveiro, em torno de 15 a 20 dias. Todos estes aspectos têm que ser levados em conta.

FONTE:REVISTA CAMPO & NEGÓCIOS

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