segunda-feira, novembro 21, 2011

Produtores rurais do Centro-Oeste diversificam renda com eucalipto

Em dez anos, a área plantada do eucalipto dobrou para 1.400 hectares.
A espécie é cultivada em metade dos 853 municípios de Minas Gerais.

O cultivo do eucalipto tem atraído os produtores mineiros. Em dez anos a área plantada dobrou e o sistema integrado, que une lavoura, pecuária e floresta, garante lucro o ano todo. A árvore do eucalipto é nativa da Austrália e chegou ao Brasil no início do século passado. Era mais utilizada na ornamentação das fazendas e estradas. Mas como o eucalipto se adapta bem em qualquer tipo de solo, foi ganhando cada vez mais espaço na produção de madeira.

Na fazenda “Mata Verde”, no município de São Sebastião do Oeste, no Centro-Oese, são 1.400 hectares. Por mês são colhidos 700 metros aéreos de eucalipto e 300 metros de lenha. Na marcenaria da fazenda a madeira é cortada depois segue para o tratamento.

A produção é vendida para construções rústicas e benfeitorias rurais. A maior procura é para cercas. A peça de 1,6 centímetros com diâmetro de oito centímetros custa R$ 3,50. Já a de 12 metros de comprimento e 50 centímetros de diâmetro, mais usado para postes, sai por R$ 500. Essas árvores são compradas de outros produtores para revender.

“Nossos plantios são praticamente novos, então precisamos comprar madeira mais velha de oito e dez anos. Na nossa região, é muito difícil comprar madeira porque há uma demanda grande para carvão e lenha. Então geralmente as pessoas cortam tudo pra fazer um negócio mais rápido”, explicou o produtor rural, Luiz Norberto Morais.

Em Minas Gerais, de acordo com a Associação de Silvicultura, a espécie é cultivada em metade dos 853 municípios. Juntos eles produzem 18 milhões de metros cúbicos da madeira por ano. A maior parte vira carvão vegetal para o setor siderúrgico e para abastecer, as indústrias de papel e celulose. O estado tem 1.400.000 hectares, o dobro da última década.

Todos os anos no Brasil, segundo o Ministério da Agricultura, surgem 300 mil novos hectares de eucalipto. Dois fatores contribuem para esse crescimento: quem já está na atividade aumenta área plantada, mas é cada vez maior o número de produtores rurais que tem utilizado a madeira para diversificar a renda no campo.

“Oitenta por cento dos pequenos e médios produtores utilizam o sistema de integração e o uso sustentável das propriedades rurais”, contou o engenheiro agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), Welington Lamartine. Nesse sistema de integração lavoura/pecuária/floresta permite que o produtor tenha na mesma área várias atividades e uma receita mais distribuída ao longo do tempo. "No primeiro momento ele tem a lavoura, no segundo momento entra com os animais e no terceiro momento ele vai ta tirando a floresta", explicou o engenheiro.

Na fazenda "Campo Alegre", município de Itapecerica, no Centro-Oeste, o sistema está na primeira fase. No lugar da lavoura de milho, o produtor rural Amilton Naves plantou eucalipto e branquearia. Enquanto as árvores crescem o produtor usa a área como pastagem. “A pecuária de corte e de leite sempre foi a principal atividade por aqui, mas há dois anos o eucalipto vem ganhando espaço”, comentou Amilton.

Hoje, são 25 hectares plantados na fazenda e o objetivo do produtor é plantar dez hectares por ano até chegar aos 100 hectares no sistema agrosilviopastoril. "Se o preço da madeira se mantiver no mercado, já no primeiro corte vou tirar os R$ 35 mil de investimento", finalizou Naves.

Outro motivo para o aumento da área plantada de eucalipto no país são as linhas de crédito que o governo tem oferecido para os produtores de pequeno, médio e grande porte. A meta do governo do Estado é emprestar até o próximo mês R$ 1 bilhão.

FONTE: MEGAMINAS

Plantio de milho transgênico avança no Noroeste e Alto Paranaíba, MG

De cada dez sacas de milho vendida no país, oito são de transgênico.
Sementes modificadas devem ocupar 80% da área cultivada em MG.

O plantio do milho transgênico avança em Minas Gerais. Para essa safra as sementes modificadas geneticamente devem ocupar cerca de 80% da área cultivada no estado.

O agricultor Cláudio Consonni,de Presidente Olegário, no noroeste de Minas Gerais, está começando o plantio de milho da safra de verão. O plantio será feito com sementes transgênicas, é o terceiro ano seguido que ele utiliza essa tecnologia e acredita que mesmo pagando mais caro pela semente os resultados serão positivos.

“A semente sai bem mais cara porque existe uma tecnologia embutida dentro dessa semente. Essa tecnologia reduz o custo de tratos culturais, que a gente vai aplicar menos agrotóxicos na lavoura. Essa tecnologia gera uma receita melhor na área”, afirmou o agricultor.

O milho trangênico que ele está utilizando custou R$ 400 a saca, enquanto que a semente convencional custa cerca de R$ 300. Para o agricultor mesmo recebendo o preço de mercado ainda dá pra fechar a produção no lucro. “ Você tem uma economia de 15% na lavoura e consegue um incremento de produtividade. Além disso, evita o uso de agrotóxicos que causa impacto no meio ambiente.E a produtividade é mais alta, passamos de 150 pra 200 sacos por hectare”, afirmou Cláudio. Para essa safra o agricultor reservou para o plantio do milho mil hectares. Desse total, o milho transgênico vai ocupar 93% da área.

Já o agricultor Adalberto Gonçalves, de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, terminou o plantio de 15 hectares. Ele utilizou o milho convencional, porque para ele o custo é mais barato e mesmo tendo que fazer mais pulverização, acredita que vai lucrar. A empresa que compra o milho dele, paga mais pela saca do produto não-transgênico. “Eu não acabei de fechar as contas. Mas acho que o custo vai ficar em torno de R$ 850 a R$ 1.200 por hectare. Pego o preço básico, que hoje está R$ 26, vendo a R$ 28, como convencional. Esse lucro a mais que eu vou ter, vai compensar a pulverização e vai me sobrar mais dinheiro ainda”, completou o agricultor.

Para o corretor de grãos, Roberto Spíndola, existe uma diferença no preço pago pelo milho convencional. “O milho transgênico hoje, devido a grande aceitação dele, o preço é normal”, completa o corretor. Segundo Roberto, a diferenciação no preço acontece porque a proporção de milho convencional, oferecido ao mercado vem perdendo espaço para o transgênico. A produção de milho transgênico atinge 80% do mercado, de cada dez sacas de milho vendida no país, oito são de milho transgênico.

FONTE: MEGAMINAS

Parceria entre Emater e MDA fortalece agricultura familiar

Nesta semana, de 21 a 25 de novembro, uma comitiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) visitará, no oeste do Pará, os escritórios locais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em três municípios (Novo Progresso, Brasil Novo e Pacajá) e um posto avançado de um distrito (Castelo dos Sonhos, de Altamira) para acompanhar o andamento das ações de duas chamadas públicas da esfera do programa federal Arco Verde Terra Legal.

A iniciativa também visa a aproximar o Ministério das equipes de campo da Emater, facilitando o diálogo sobre a realidade das comunidades. “Também já estamos negociando aditivos de contrato, para estender a vigência das chamadas. Esse prolongamento dos prazos é uma das necessidades percebidas pela Emater, nesses casos”, completa o coordenador técnico da Emater, engenheiro agrônomo Paulo Lobato.

Ao todo, as quatro chamadas públicas compreendem 1,4 mil famílias que desde o começo do ano estão recebendo atendimento direcionado da Emater, a partir de metodologias específicas, cronograma de ações e planejamento participativo. Por ora, em todas as localidades, a execução das chamadas públicas está em fase de diagnóstico rural participativo e diagnóstico das unidades familiares de produção. “Nossas equipes estão mapeando a situação. As etapas seguintes, previstas nos contratos, envolvem reuniões com as comunidades, visitas técnicas, georreferenciamento das propriedades, pesquisa socioeconômica e seminários de avaliação”, resume a supervisora do escritório regional do Tapajós, engenheira agrônoma Inês Guahyba.

De acordo com observações preliminares da Emater, as famílias listadas pelo MDA têm tradição na pecuária de corte e cultivam lavouras de arroz, milho e mandioca. A região inteira é apontada pelo Ministério do Meio Ambiente como de desmatamento crônico, sobretudo por conta da criação de pastos. A proposta da parceria entre governos estadual e federal é justamente reestruturar as cadeias produtivas rurais sob um modelo sustentável, que permita preservação ambiental e geração de renda para as famílias.

“Podemos dizer que essa atuação da Emater é pioneira, porque a maior parte dessas famílias nunca tinha recebido assistência técnica. Essas chamadas públicas são a oportunidade para que a Emater amplie e aperfeiçoe o serviço, abrangendo cada vez mais comunidades. Estamos chegando aonde ninguém chegara”, diz Lobato.

FONTE: ALINE MIRANDA - ASCOM EMATER

Plantio da soja está adiantado

Chuvas chegaram mais cedo e devem favorecer o início da colheita

Em Mato Grosso o plantio da safra 2011/2012 de soja deve ser finalizado já neste mês de novembro. Nas regiões norte e médio-norte, de acordo com a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), o período de semeadura já foi finalizado. Isso porque as chuvas chegaram mais cedo este ano, que possibilitou o adiantamento do plantio. Segundo o diretor administrativo da Aprosoja, Carlos Henrique Fávaro, o ano foi um pouco atípico, com a chegada da chuva mais cedo em algumas regiões, o que irá favorecer, inclusive, o início da colheita de soja e o plantio do milho safrinha.

Os números divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) dão conta que até o dia 10 de novembro, 85,9% da área destinada a oleaginosa havia sido semeada no Estado, o equivalente a 5,825 milhões de hectares (ha) dos 6,782 milhões de ha previstos. Tanto que no comparativo de safras, neste ano a semeadura está se comportando com maior velocidade em relação às duas últimas safras. Isso porque em 09 de outubro, no mesmo período do ano, 67,9% estavam finalizados, ou seja, 18 pontos percentuais inferiores e, no dia 10 de novembro, 14,9 pontos percentuais menores se comparados ao plantio atual.

Segundo do Imea, essa antecipação da safra da soja mato-grossense já foi verificada em outros indicadores do agronegócio, como ocorreu com a comercialização de insumos, também antecipada ante os anos anteriores. E ainda na comercialização dos grãos que, na média histórica, foi a mais adiantada. Esse adiantamento, desde que o clima se mantenha estável e úmido, favorece o desenvolvimento da cultura precocemente.

Fávaro disse também que em algumas regiões a falta de chuvas chegou a preocupar os produtores. Sendo que durante 17 dias a região oeste chegou a ter ausência de chuva, principalmente em Tangará da Serra e Deciolândia. Já na região leste a falta de chuvas variou de 10 a 12 dias, sendo Paranatinga o município mais atingido. O produtor explica que, apesar disso, o plantio ocorreu em seu tempo certo. Agora o que se espera é a regularização das chuvas para uma boa reta final de safra.

Os últimos números do Imea revelam ainda que, analisando a movimentação do mercado, os preços na segunda semana do mês novembro caíram com relação à semana anterior. O preço médio observado em Sapezal foi de R$ 36,80/sc, sendo 4,7% menor que a média da semana anterior. Em Nova Mutum a melhor indicação da semana foi na segunda-feira (7), com preço de R$ 40,00/sc. Já no município de Campo Verde a variação da média de preço caiu R$ 0,85 com relação à média de preço da semana anterior. Esse cenário se deve ao acompanhamento da situação mundial que se encontra em quadro preocupante e que estimula os investidores a deixarem o mercado de commodities, favorecendo o desempenho negativo do grão.

FONTE: GAZETA DIGITAL

Brasil pode superar EUA no consumo de café

Nova York - O Brasil pode ultrapassar os Estados Unidos no consumo de café nos próximos anos. O aumento da riqueza no Brasil está impulsionando o aumento da procura por espressos e cappuccinos, de acordo com a Abic.

"O Brasil, maior produtor de café do mundo, pode consumir mais café do que os Estados Unidos em dois ou três anos", disse Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic.

Falando antes da conferência de café Sintercafé, na Costa Rica, Herszkowicz disse que o consumo de café no Brasil está aumentando em cerca de 4% cada ano. Brasileiros, que tradicionalmente consomem café de qualidade inferior ao que é exportado, estão cada vez mais consumindo grãos finos, disse ele.

"No Brasil a classe média cresceu e tem mais dinheiro hoje em dia. Consumidores estão cada vez mais sofisticados e querem mais qualidade, eles querem a diferenciação", disse ele. "Em 2000, você não poderia encontrar o café gourmet nas prateleiras dos supermercados - agora temos 104 marcas diferentes, que são certificados como cafés gourmet", disse Herszkowicz.

A indústria de café local estima que meio milhão de casas agora têm máquinas de café expresso e monodose.

Em resposta à crescente demanda no país e no exterior, os produtores brasileiros estão realizando práticas agrícolas para melhor ajustar a qualidade e buscar preços mais altos para seus grãos, disse Herszkowicz.

O mundo depende de grandes produtores de café como o Brasil. Suprimentos de graus superiores de grãos têm curto prazo este ano, enquanto a demanda cresce, depois de o mau tempo fazer a Colômbia produzir grãos arábicas para duas temporadas.

FONTE: DCI

segunda-feira, novembro 14, 2011

Produção de tomate integrada com o milho e a soja ganha força em Minas Gerais

Para quem cultiva é tempo de avaliar o mercado

Os produtores de tomate de Minas Gerais produziram 441,8 mil toneladas do fruto em 2011, volume 8,7% superior ao do ano passado, informa a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Boa parte deles faz uma rotação da cultura com o milho e a soja, que estão em fase inicial de plantio. Para quem cultiva tomate, é tempo de avaliar o mercado, sobretudo o comportamento da demanda, para programar o reinício do plantio em janeiro ou fevereiro.

Um novo aumento da produção de tomate poderá ocorrer em 2012, principalmente nas propriedades onde seu cultivo segue alternado com a produção de grãos, o que pode resultar em equilíbrio na administração das contas. Além de ser destinado ao atacado e varejo de diversas regiões de Minas Gerais, o tomate também reforça a participação de Lagoa Formosa no entreposto da CeasaMinas, localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Uma parte do produto é enviada para outros estados, como Goiás, São Paulo e Distrito Federal”, finaliza Nascimento.

FONTE: MEGAMINAS

PIB do Agronegócio de Minas Gerais cresce 2,35% em dois meses

Em fevereiro, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio mineiro estimado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), com o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), cresceu expressivo 1,25%, acumulando nos dois primeiros meses de 2008 variação de 2,35%.

O ritmo acelerado de expansão do agronegócio no início desse ano, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, deve-se especialmente ao bom momento para as atividades dentro da porteira e no segmento de insumos.
Tanto para o agronegócio da pecuária quanto para o da agricultura, o crescimento nos dois primeiros meses de 2008 são superiores aos observados no mesmo período de 2007.

Com o crescimento acumulado de 2,35% do PIB do agronegócio nos dois primeiros meses do ano, o valor estimado passou de R$ 75,4 bilhões para R$ 76,3 bilhões (a preços de 2008). Desse valor, o agronegócio da agricultura responde por 51,6% ou R$ 39,4 bilhões e o agronegócio da pecuária por 48,4% ou R$ 36,9 bilhões.

DESTAQUE PARA INSUMOS E “DENTRO DA PORTEIRA”: O crescimento de 1,29% do agronegócio da agricultura deve-se especialmente ao desempenho do segmento de insumos e das atividades dentro da porteira (segmento básico), que acumularam nos dois primeiros meses do ano crescimento de 9,43% e 4,93%, respectivamente. O segmento de distribuição agrícola também registra expansão de 0,73% no acumulado do ano, enquanto o conjunto das indústrias de base agrícola não apresenta bons resultados (-0,77%).

No agronegócio da pecuária, o crescimento de 1,21% no mês de fevereiro e 3,05% no acumulado do ano é resultado da expansão de todos os segmentos do agronegócio em relação ao mesmo período de 2007, partindo dos insumos até a distribuição. Essa expansão é menor que a apresentada no mês anterior, em janeiro (1,82%), mas maior que a apresentada em fevereiro de 2007. Tomando a dianteira, o segmento de insumos apresentou expansão de 2,04% em fevereiro. O segmento dentro da porteira cresceu 1,22%, seguido pelo segmento distribuição (1,10%) e pelo industrial (0,85%).

BOI E GRÃOS: Apesar da suspensão das compras da carne brasileira por parte da União Européia (para todo o Brasil), anunciada em 30 de janeiro, e da Rússia, em fevereiro, para o Mato Grosso, os preços do boi gordo registraram altas no balanço de fevereiro. Minas Gerais foi um dos estados que mais sentiu oscilação em seus preços, uma vez que mantém fluxos de exportações para os países que suspenderam as compras de outras áreas. Entretanto, passada a primeira reação dos frigoríficos de desconsiderar financeiramente a rastreabilidade dos animais, a baixa oferta de animais (rastreados ou não) fez com que os preços voltassem a subir.

Quanto ao segmento de grãos, estimar o limite de alta de preços, principalmente para soja e derivados, tem sido o principal desafio de agentes do mercado. Desde o último trimestre de 2007, os preços da soja em grão, óleo e farelo continuam batendo seguidos recordes. Entre os fatores de suporte estão a forte demanda mundial pela oleaginosa, principalmente da China, os estoques mundiais apertados e as sucessivas altas do petróleo.

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES: No seu conjunto, a pecuária continua apresentando taxas de crescimento maiores que as da agricultura, porém, o agronegócio da agricultura dá indicações de melhoras. Atividades agrícolas dentro da porteira e industriais apresentam crescimento superior em fevereiro, comparado com janeiro. Crescimento acentuado dos preços para cultura como milho, soja, feijão continuam sendo a sustentação da expansão observada. Por outro lado, o crescimento de atividades como o café ocorreu em função de crescimento da quantidade, já que preços continuam abaixo dos observados no início de 2007.

Na atividade de produção de cana-de-açúcar, embora com quantidades crescentes, os baixo nível de preços continua a reduzir o faturamento do setor.
Com a recuperação das atividades agrícolas, espera-se para 2008 uma menor disparidade de crescimento entre os setores agrícola e pecuário.

No agronegócio da pecuária, observa-se que aumentos de custos, em função do aumento acentuado de preços do setor de insumos, têm sido transmitidos para os segmentos a frente da cadeia. Dessa forma, custos mais elevados ao produtor são acompanhados por preços recebidos também mais elevados. A indústria tem conseguido, de certa forma, repassar tais aumentos ao consumidor.

Já no agronegócio da agricultura, tal dinâmica não se observa em diversas cadeias. Enquanto o produtor enfrenta elevação dos custos e recebe preços mais elevados, as indústrias não conseguem repassar tais elevações de custos ao consumidor final.

FONTE: CEPEA

quarta-feira, novembro 09, 2011

Boa florada do café anima produtores mineiros para a próxima safra

Expectativa é de que colheita nacional ultrapasse os 50 milhões de sacas

Cafeicultores mineiros estão com boa expectativa para a próxima safra. Os sinais para o otimismo estão nas próprias lavouras, que vêm apresentando boa florada. Segundo o assessor especial de café da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Niwton Castro Moraes, a expectativa de boa produção coincide com a safra cheia do próximo ano. “O café é uma cultura que mantém uma bienalidade, caracterizada pela alternância entre um ano de safra boa e outro de safra reduzida. Como a safra de 2011 foi menor, já se espera para o próximo ano um crescimento na produção”, afirma.

A expectativa é de que a safra nacional ultrapasse os 50 milhões de sacas (60 quilos). Neste ano, a safra brasileira, segundo levantamentos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ficou em 43 milhões de sacas. A produção mineira em 2011 foi de aproximadamente 22 milhões de sacas, representando 50,2% da safra nacional.

Mas o assessor da Seapa esclarece que apenas boas floradas não são garantias de uma supersafra em 2012. A floração precisa encontrar condições climáticas favoráveis para que o ciclo se complete. Segundo ele, “mesmo que a estiagem ocorrida em grande parte das regiões produtoras promova uma redução da produção, ela poderá trazer, em contrapartida, um ganho de qualidade, na medida em que promove uma uniformização da florada, possibilitando grande incidência de grãos maduros no período da colheita”, explica.

Mercado

O café vem apresentando bons preços, sustentados pelo aumento do consumo da bebida e pela redução dos estoques mundiais. Segundo o superintendente de Política e Economia Agrícola da Seapa, João Ricardo Albanez, a capacidade de abastecimento dos estoques sofreu redução de 76,4% num período de 11 anos. Na safra 2000/2001, os níveis armazenados eram suficientes para atender a demanda durante 313 dias. Atualmente, os estoques respondem por apenas 74 dias de consumo mundial.

De acordo com levantamentos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o brasileiro consumiu em média 4,81 quilos de café no ano passado. Um crescimento de 3,5% em relação a 2009, e o maior nível em 45 anos. Essa quantidade equivale a quase 81 litros da bebida por pessoa. Ao todo, no ano passado, o consumo chegou a 19,1 milhões de sacas.

Os números de 2010 aproximam o Brasil da Alemanha, cujo consumo é de 5,86 quilos por habitante ao ano. Por outro lado, o consumo brasileiro já é maior que o da Itália e da França - grandes consumidores de café. Os maiores consumidores de café do mundo, no entanto, são os países nórdicos – Finlândia, Noruega, Dinamarca –, cujo volume se aproxima dos 13 quilos por pessoa ao ano.

FONTE: MEGAMINAS

Exportações de café verde do Brasil caem 6,8% em Outubro

Os dados foram divulgados pela Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

As exportações brasileiras de café verde atingiram 2,867 milhões de sacas de 60 quilos em outubro, com queda de 6,8% no comparativo com o mesmo mês do ano passado, quando os embarques foram de 3,078 milhões de sacas. Os dados foram divulgados pela Secretária de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A receita com essas vendas externas foi de US$ 826,1 milhões em outubro de 2011, com média diária de US$ 41,3 milhões nos 20 dias úteis do mês.

Houve, assim, apesar da queda na quantidade embarcada, incremento de 40,9% em receita no comparativo com outubro de 2010, quando a arrecadação foi de US$ 586,1 milhões. Isso ocorreu porque o preço médio nas exportações de café verde em outubro de 2011 foi de US$ 288,10 por saca, com aumento de 51,3% contra o mesmo período de 2010 (US$ 190,40 por saca).

Levantamento mensal de SAFRAS & Mercado mostrou que os preços do café caíram em reais e em dólares no Brasil em outubro, no comparativo com setembro, à exceção do conillon. A principal explicação para isso está na queda média de 9,4% do café arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE Futures), tomando por base o segundo contrato, observa o analista de SAFRAS, Gil Barabach.

As perdas internacionais do arábica foram compensadas internamente em parte pela valorização do dólar e pela resistência dos produtores, avalia Barabach. A postura dos produtores foi fundamental para a sustentação dos preços, dosando as vendas e, com isso, mantendo a oferta reduzida. “Enfim, o preço interno caiu menos do que a queda observada nos referenciais mundiais”, comentou Barabach.

O arábica de bebida dura tipo 6 do Sul de Minas Gerais terminou outubro cotado em média a R$ 501,80 a saca de 60 quilos, com desvalorização de 3,92% em relação a setembro, quando trocava de mãos a R$ 522,29 a saca. O analista destaca que o patamar psicológico de R$ 500 a saca foi perdido nos últimos movimentos do mês. Em divisa norte-americana esse mesmo café recuou 4,71%, com a saca da bebida negociada a US$ 283,54.

O café arábica Rio tipo 7 da Zona da Mata de Minas Gerais sofreu menos com as perdas externas, recuando 0,82% para ser cotado a R$ 314,65 a saca em outubro. Este grão busca aproximação com bebidas melhores, ainda bastante valorizadas em relação aos demais cafés, avalia Barabach. A procura interna e a fidelidade externa deram suporte para esse movimento de valorização interna do Rio, diz. Em dólar, a bebida Rio trocou de mãos na média a US$ 177,79 a saca, caindo 1,63% em comparação a US$ 180,74 a saca do mês anterior.

Já o conillon tipo 7 no Espírito Santo, na contramão dos demais cafés, subiu bastante, acumulando valorização de 4,16% em reais. Encontrou suporte no dólar, na retranca vendedora e na agressividade da demanda interna, descreve Gil Barabach. O conillon avançou apesar da queda de 9% da LIFFE, bechmark internacional para o robusta. O conillon tipo 7 fechou outubro com média de R$ 234,40 a saca. Em divisa estrangeira, foi vendido a US$ 133,58 a saca, alta de 3,31%.

FONTE: SAFRAS E MERCADO

Embrapa apresenta pesquisas voltadas para cana-de-açúcar

O Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento, Guilherme Lafourcade Asmus, participa nessa quarta-feira, 9 de novembro, às 11hs, do Canasul 2011, quando falará sobre a atuação da Embrapa em pesquisas com cana-de-açúcar no Mato Grosso do Sul

Na ocasião, o público participante do evento, que está sendo realizado no salão de eventos da Unigran, poderá conhecer o posicionamento da Embrapa frente a esse novo momento de produção de cana-de-açúcar no Estado, que atualmente é uma importante cultura agrícola regional.

“O grande diferencial positivo da colheita de cana-de-açúcar no Estado é o fato dela ser feita com a cana-de-açúcar crua e praticamente totalmente mecanizada, dispensando o uso de queimadas e contribuindo inclusive com a formação de palhada”, explica Guilherme. Entretanto, segundo ele, a tecnologia utilizada é importada de outras regiões canavieiras, reforçando assim a necessidade de pesquisas que possibilitem a adaptação dessas tecnologias para as características locais de solo, clima, entre outros aspectos. “Temos necessidade de ampliar o aporte técnico científico para essa cultura no Mato Grosso do Sul, agregando valor aos esforços que já vêem sendo feitos por parte das Universidades da região e da Embrapa”, disse.

Guilherme destaca que a Embrapa considera como um objetivo estratégico de atuação as pesquisas voltadas para viabilizar inovações tecnológicas para agroenergia e biocombustível e ressalta que os mesmos estão presentes tanto no Plano Diretor da Embrapa (PDE) quanto no Plano Diretor da Embrapa Agropecuária Oeste (PDU). Dentre as pesquisas que estão sendo conduzidas pela Embrapa, ele enfatiza: a adaptação de cultivares, o impacto da retirada total e parcial da palha, as opções locais para reforma do canavial e o manejo de pragas. Em sua palestra, ele vai apresentar informações mais detalhadas sobre essas pesquisas, além de alguns resultados obtidos.

Finalmente, Guilherme vai destacar o potencial de novas pesquisas a serem desenvolvidas em relação à cultura de cana-de-açúcar, tais como: alternativas de matéria-prima para maximizar o uso da indústria instalada, aprimoramento do zoneamento, fixação biológica de nitrogênio, calibração de nutrientes e manejo do solo.

FONTE: PORTAL DO AGRONEGÓCIO

sexta-feira, novembro 04, 2011

Brasil pode dobrar produção de alimentos e garantir abastecimento mundial

Agricultores mais preparados e biotecnologia são importantes para aumentar produção, segundo Abrasem

O Brasil é capaz de dobrar a produção nacional de alimentos em um curto espaço de tempo e se consolidar como o maior fornecedor para o mundo, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) Narciso Barison Neto. Ele afirma que o País é a esperança para abastecer o resto do planeta, especialmente no momento em que a população mundial atingiu a marca de 7 bilhões de habitantes. E, para isso, basta que os produtores saibam aproveitar o potencial tecnológico que têm à sua disposição.

“Hoje, nossa produção é de aproximadamente 160 milhões de toneladas. Se soubermos aplicar todas as tecnologias disponíveis no campo, e de forma adequada, podemos dobrar esse número para 300 milhões de toneladas”, avalia Barison. Ele explica que o Brasil, atualmente, é o segundo maior fornecedor de alimentos para o mercado internacional, atrás apenas dos EUA, mas a agricultura brasileira tem potencial para tornar o País o maior produtor mundial.

Para o presidente da entidade, o aumento da produção nacional passa, necessariamente, por sementes de qualidade e agricultores preparados. “Não se pode ignorar o fato de que as sementes com biotecnologia, por exemplo, garantem resultados muito melhores para o campo”, comenta. Ele salienta também a importância das pesquisas do setor e a rápida evolução das tecnologias inseridas nas sementes.

Gargalos

Barison acrescenta que o Brasil já consegue abastecer uma população de quase 200 milhões de pessoas, mas que são necessárias algumas melhorias para que as metas de produção consigam ser atingidas. “É importante rever a questão da carga tributária e infraestrutura das rodovias, ferrovias, hidrovias e portos. Além disso, é preciso melhorar o marco regulatório, para que as empresas tenham condições reais de fazer investimentos”. Segundo ele, por outro lado, a necessidade de superar esses gargalos logísticos é sinal de que as dificuldades apareceram, pois o País alcançou produções recordes para as quais não estava devidamente preparado.

FONTE: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SEMENTES E MUDAS (ABRASEM).

Institucional Cia da Terra - Conheça o que move essa empresa!

Cia da Terra- Patrocinadora do Programa MG Rural Uberlandia e Região - TV Globo